Trump e apoiadores já foram banidos de mais de 10 redes; entenda
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Após as invasões ao Capitólio executadas por apoiadores do presidente dos EUA, Donald Trump, tanto ele quanto grupos que continuaram demonstrando apoio aos ataques foram banidos de diversas redes sociais e plataformas.
Não é de hoje que o Trump utiliza as redes para fazer declarações incendiárias contra outras autoridades, sendo o último alvo de suas agressões Joe Biden, próximo presidente dos EUA, eleito no ano passado - e que deve tomar posse no próximo dia 20.
As declarações não agradaram as principais redes sociais - de maioria estadunidense - que enxergaram o risco às instituições dos EUA após o último protesto, que foi marcado por extrema violência e resultou na morte de cinco pessoas.
Além de infringir as regras mais básicas contra discurso de ódio, disponíveis nos termos de uso de redes como o Facebook e Twitter, os posts de Trump e de seus apoiadores incentivam manifestações antidemocráticas. Entenda mais sobre o caso.
Invasão ao Capitólio
A invasão ao Capitólio, registrada no último dia 6 de janeiro, ocorreu após um discurso do atual presidente que, desde a vitória de Joe Biden, alega fraude nas urnas estadunidenses - no entanto, sem nenhuma prova.
Durante o discurso, Trump se mostrou favorável a manifestações contra a posse de Biden, chegando até mesmo a se colocar à disposição para caminhar com manifestantes. Embora em momento algum o presidente tenha incentivado diretamente a invasão ao Capitólio ou qualquer depredação do patrimônio público, os ânimos de seus apoiadores se exaltaram, resultando nas cenas que pudemos ver nos noticiários ao longo da última semana.
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Atualmente, promotores dos EUA avaliam se Trump pode ser responsabilizado diretamente pela invasão. No último dia 7, um dia após os ataques, seu discurso mudou radicalmente, após ser pressionado por assessores e parlamentares. Em uma gravação transmitida pelo Twitter, o atual presidente afirmou que seu foco estaria em uma "transição de poder suave, ordeira e imperceptível". "Este momento pede por cura e reconciliação. 2020 foi uma ano desafiador para o nosso povo", afirmou ele.
No entanto, a mudança em seu discurso não parece ter apaziguado os ânimos de alguns apoiadores, que vêm organizando atos durante a posse de Joe Biden. Por isso, algumas redes sociais optaram por banir quaisquer grupos pró-Trump que viessem a manifestar discursos de ódio e fazer apologia a invasões ou atos que pudessem colocar a população em risco.
Redes sociais banem Trump e seus apoiadores
As redes sociais ou plataformas de compras que baniram postagens de Trump ou relacionadas a ele, até o momento, são:
-
Facebook;
- Twitter;
- Instagram;
- Google (Parler);
- Shopify;
- Snapchat;
- Reddit;
- YouTube;
- Twitch;
- TikTok;
- Pinterest;
- Discord.
No Facebook e Instagram, o acesso do presidente foi banido na última quinta-feira (7). O acesso parece estar suspenso até a posse de Biden, mas pode prosseguir por tempo indeterminado.
Quem se pronunciou a respeito do banimento de Trump foi o próprio CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, segundo quem Trump busca "minar a transição pacífica e lícita de poder" para o presidente eleito, Joe Biden.
Já o perfil de Trump no Twitter - principal rede social usada por ele - foi banido na sexta-feira (8). A declaração da rede social foi parecida com a de Zuckerberg, e mostrou procupação com o "risco de incitação à violência".
Em seguida, o Google decidiu remover a rede social Parler da Play Store, uma vez que Trump e seus apoiadores haviam decidido usá-la devido à sua fraca política contra discurso de ódio - o que, segundo o presidente, significa falta de "censura".
O Parler também foi banido pela Apple e Amazon.
O Snapchat decidiu banir a conta de Trump na quarta-feira (6), mas os posts do presidente já não apareciam na seção "Discover" há algum tempo.
As demais redes sociais se comprometeram a excluir qualquer tipo de conteúdo que incite à violência, seja na forma de vídeos, imagens, posts, itens para venda (como camisetas e bonés) ou grupos.
Fonte: Poder 360 (1), Poder 360 (2), CNN
Eita, exageraram né