Vacina tríplice viral pode amenizar efeitos da COVID-19, segundo estudo
Enquanto o mundo inteiro espera pela vacina contra a COVID-19, pode haver uma aliada até então não percebida, mas com potencial de proteger contra danos maiores causados pela doença, que podem levar à internação e morte.
Essa aliada é a vacina da tríplice viral. Segundo um estudo divulgado na American Society for Microbiology (Sociedade Americana de Microbiologia), a vacina pode induzir uma menor gravidade da COVID-19 em pessoas que tenham sido expostas ao vírus.
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O imunizante presente nas observações do artigo é o MMR II, fabricado pela alemã Merck e presente em vacinas da tríplice viral (caxumba, rubéola e sarampo). "Encontramos uma correlação inversa significativa entre os níveis de titulação da caxumba e a gravidade da COVID-19 em pessoas com menos de 42 anos vacinadas com a MMR II", diz Jeffrey E. Gold, pesquisador responsável pelo estudo.
Gold também afirma que a presença do imunizante contra a tríplice viral "pode explicar porque as crianças têm uma taxa de casos de COVID-19 muito menor que os adultos, bem como uma taxa de mortalidade muito menor."
A maioria das crianças costuma receber a primeira dose da vacina ainda nos primeiros meses de vida. A segunda, por volta dos 5 anos.
Como funcionou o estudo
O método utilizado pelos pesquisadores foi a divisão dos participantes (80, no total), em dois grupos: um com 50 integrantes e o outro com 30.
O primeiro grupo possuía anticorpos induzidos pela MMR II, enquanto o segundo, mesmo sem ter tomado a vacina, teria anticorpos por conta de infecções prévias com sarampo, caxumba ou rubéola.
Foi observado que os pacientes imunizados, quando infectados com a COVID-19, apresentaram sintomas mais leves. Vale lembrar, porém, que isso não significa que as pessoas imunizadas contra a tríplice viral sejam imunes ao COVID-19. Também é cedo para afirmar com certeza que não podem desenvolver sintomas graves.
"A vacina MMR II e considerada segura, com poucos efeitos colaterais. Se tiver o benefício final de prevenir a infecção de COVID-19 e reduzir a gravidade da doença, é uma intervenção de taxa de risco com ótima recompensa", finalizou David J. Hurley, PhD em microbiologia na Universidade da Geórgia.
Os resultados são, sem dúvida, satisfatórios, mas a melhor prevenção contra a COVID-19 continua sendo a higienização das mãos, o uso de máscara e, sempre que possível, o distanciamento social.
Fonte: EurekAlert!
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