Bot patenteado pela Microsoft poderá imitar pessoas mortas; entenda
A Microsoft tem expandido cada vez mais seus horizontes - e, agora, quer ser capaz de driblar até mesmo questões tão humanas quanto o luto.
Recentemente, a empresa estadunidense adquiriu uma patente que permite simular conversas com qualquer pessoa, até mesmo (e principalmente) um ente querido já falecido.
A tecnologia usa informações pessoais de um ente já falecido ou até mesmo de pessoas próximas para simular uma conversa em tempo real:
"A pessoa específica que o chatbot representa pode ser alguém que já se foi ou que ainda está presente, como um amigo, um parente, um conhecido, uma celebridade, um personagem fictício, uma figura história, etc. A pessoa também pode corresponder a si mesmo, por exemplo, com o próprio usuário do bot criando e o treinando. Isso também significa que usuários vivos podem treinar um substituto digital em caso de morte".
É o que declara a patente comprada pela Microsoft. Projetos do tipo já estavam sendo cogitados pelas empresas de tecnologia há muito tempo - e incluem a possibilidade de, em um futuro próximo, construir robôs que operariam com base em trejeitos do ente querido falecido, "adotando" parte de sua personalidade.
Questões éticas e psicológicas a parte, a tecnologia foi muito comparada com um episódio da série de TV "Black Mirror" ("Be Right Back") e, fora do âmbito da ficção, com o primeiro episódio da série "A História de Deus", que aborda questões a respeito da vida após a morte - e traz cenas de um robô parte de um projeto científico, que visa a implementação da identidade e até as memórias de pessoas já falecidas.
A Microsoft adianta que o bot poderá, futuramente, ser transformado em um modelo 2D ou 3D de uma pessoa simulada.
Doideira