Review do ZTE Blade A510: novos ares para o segmento de entrada nacional
As grandes fabricantes sempre dominaram o segmento de entrada nacional, oferecendo opções com configurações questionáveis. É verdade, contudo, que novas marcas estão investindo nessa fatia que é consideravelmente popular no país, como a Lenovo e, agora, a ZTE. O Blade A510 é a nova aposta chinesa voltada para usuários que não exigem muito de um smartphone. Saiba o que eu achei do dispositivo a seguir.
Prós
- Tela
- Bateria
- Software
Contras
- Armazenamento
- Tempo de carregamento
Blade A510 – Data de lançamento e preço
O ZTE Blade A510 ainda não está disponível para compra, mas sua fabricante pretende colocá-lo à venda ainda durante o mês de dezembro. O dispositivo será vendido numa única versão de 8GB e custará o preço sugerido de R$ 699,00 no varejo físico e online.
Blade A510 – Desenho & Qualidade de Construção
O design do Blade A510 não é feito em alumínio ou vidro, mas nem por isso desagrada no toque. Temos aqui uma variação de policarbonato em tons e texturas diferentes que, em sua maioria, imitam o aspecto de alumínio. Pessoalmente, gostei bastante da construção do aparelho e, mesmo tendo a tampa traseira removível, não aparenta ser frágil ou mal construído.
Os únicos botões físicos que o Blade tem estão posicionados no lado direito, energia e volumes, enquanto a entrada para fones de ouvido está na parte superior. Na parte inferior temos a conexão USB, que vem acompanhada por uma grade de som mono e outra para resfriamento do dispositivo.
O que me chamou atenção aqui foram os botões capacitivos, que possuem um desenho bem diferente daquilo que estamos acostumados. O home é representado por um círculo maior ao centro, enquanto o de multitarefa e o "voltar" sao representados por dois pontos. Felizmente, a ZTE não inverteu a ordem dos botões como a Samsung faz, o que pode causar uma confusão em usuários de outras marcas.
Utilizei o A510 por duas semanas e, até o momento, não notei nenhum destacamento ou desgaste na traseira do aparelho, que geralmente é algo normal em smartphones que tem esse aspecto metalizado esmaltado na traseira. A ergonomia é boa, assim como as proporções do dispositivo.
Embora eu seja conta o uso de botões capacitivos, é incontestável que os mesmos conferem aspecto melhor para a parte frontal dos smartphones, que parecem ser melhor aproveitada.
Blade A510 – Tela
O Blade A510 tem uma tela de 5 polegadas com resolução HD, que está dentro da média de seus concorrentes. Contudo, numa comparação direta com o Vibe C2, modelo de entrada da Lenovo que testei há alguns meses, posso dizer que o painel do dispositivo da ZTE é superior. O Blade tem cores mais pronunciadas, melhor nitidez e brilho, que são proporcionados pela tecnologia TFT IPS.
Não notei qualquer problema no ângulo de visão da tela ou durante o uso do dispositivo em ambientes com forte iluminação. Pelo fato do modelo ser embalado por um processador da MediaTek, temos em suas configurações de tela o assistente calibrador MiraVision. O nível de nitidez é bom, a proporção da tela e resolução é totalmente aceitável.
Blade A510 – Software
Confesso que eu ainda não havia tido uma experiência com o software da ZTE até o momento. É claro que o Blade A510 roda com uma versão modesta da interface MiFavor UI, até porque este é um dispositivo de entrada. Essa versão é mais simples do que aquela que embala o Axon 7, por exemplo. No entanto, tive uma primeira impressão positiva sobre essa skin. O sistema aqui é o Android 6.0.1 Marshmallow.
Primeiramente, a fabricante adaptou os recursos da interface para que a mesma pudesse rodar melhor em baixas especificações, o que é um ponto positivo, pois caso o contrário teríamos um "elefante dentro de um fusca". O segundo ponto é que, ao menos neste dispositivo, a ZTE procurou alterar minimamente os aspectos visuais do Android, incluindo os aplicativos pré-instalados. Como resultado disso temos um software próximo do puro, quase sem bloatwares e bem familiar para os usuários que podem migrar de marca.
Minha única ressalva aqui é a presença de um segundo navegador de internet além do Chrome, que é desnecessário, até porque esses browsers não são atualizados com a mesma frequência dos navegadores mais populares. Além disso, temos um gerenciador de arquivos, um rádio FM, um gravador de áudio e uma loja com apps de terceiros (essa pode ser removida). No mais, o pacote do Google completo.
Com relação aos recursos do sistema, duas opções me chamaram atenção. A primeira delas é a possibilidade de configurar os botões capacitivos, invertendo a posição do multitarefa com o voltar. Isso pode ser útil para usuários que vão pretendem migrar de um Samsung Galaxy para o Blade A510, por exemplo. A segunda opção é um movimento de gesto, que silencia o dispositivo quando o mesmo é virado para baixo durante alguma chamada telefônica.
Blade A510 – Performance
Por dentro temos um conjunto de especificações suficientes para rodar jogos casuais, como Crossy Road, ou dar conta de redes sociais. O chipset do modelo é o MT6735P, semelhante ao presente no Quantum GO, mas com CPU quad-core de 1,0GHz. A memória RAM é de 1GB, enquanto o armazenamento é de 8GB, o que considero como abaixo da média. Pouco menos de 4GB estão acessíveis ao usuário, o que será reduzido consideravelmente após a instalação de alguns apps.
O desempenho do Blad A510 é voltado para uso casual de redes sociais e jogos simples
Acredito que uma capacidade um pouco maior, de 16GB, poderia tornar a parte de especificações do Blade A510 mais aceitável. O processador e a memória RAM trabalham bem, mas a performance do sistema caiu um pouco depois de alguns apps são instalados ou fotos são feitas e armazenadas pela câmera. É possível contornar parcialmente esse problema usando um cartão microSD no dispositivo.
Mesmo com a performance mais básica, não presenciei nenhum tipo de tratamento neste período, mesmo usando o multitarefa para alternar entre o YouTube e o Facebook.
Blade A510 – Áudio
Como mencionei acima, o Blade tem uma saída de som mono, que emite um som relativamente alto e que tende mais para os agudos. Não tive qualquer problema com o speaker ou o microfone durante as ligações, com som limpo e bem pronunciado.
Blade A510 – Câmera
Usuários que procuram por um dispositivo básico sabem que estes modelos são equipados com câmeras apenas "ok". Nesse sentido, temos no Blade A510 um conjunto de lentes básicas, que são interessantes para registrar momentos corriqueiros do cotidiano, para compartilhar com amigos em redes sociais ou mensageiros. O sensor traseiro é 13MP, conta com HDR, foco por toque e outros recursos, como anti-vibração e efeitos coloridos.
A câmera frontal é de 8MP e também captura imagens minimamente satisfatórias, contando com os mesmos efeitos de cores e HDR. O software de câmera é bem simples, com recursos semelhantes ao que temos no Quantum GO, por sinal, visto que se trata de um software com a mesma interface.
O software é bem ágil, o modo automático ajusta rapidamente bem a exposição e o foco
O foco funciona bem, enquanto o flash de LED não é muito recomendado. Existe uma perda de nitidez nas imagens bem perceptível quando as olhamos pelo computador, mas, para uso em redes sociais elas podem ficar melhores com alguns ajustes. O software é bem ágil, o modo automático ajusta rapidamente bem a exposição e o foco.
Blade A510 – Bateria
Com 2.200mAh, o ZTE Blade A510 tem autonomia para um dia completo de uso moderado. Basicamente, acessei redes sociais, como Instagram e Twitter, casualmente, além de fazer alguns testes com a câmera. O que me deixou um pouco frustado foi o tempo de carregamento do dispositivo, algo que aconteceu também quando testamos o LG K4.
Se você chegar ao final do dia com um resto de carga, então opte por carregar o A510 pela madrugada, ou então vicie precisará de duas horas e meia do seu dia para isso. O que agilizou o processo foi deixá-lo no 3G durante o carregamento, e não apenas no 4G. Achei estranho esse tempo longo de carga, visto que o dispositivo tem especificações básicas.
O 4G não aqueceu o dispositivo nesse período, mas quando utilizado por muito tempo, a autonomia de uso da bateria cai para aproximadamente 6 horas.
Blade A510 – Especificações Técnicas
Veredito Final
É bom saber que o segmento de entrada está se moldando, opções como o Galaxy J3, o LG K4, o Vibe B e o Vibe C2 estão fazendo com que os usuários olhem mais para essa faixa. É claro que nenhum desses smartphones contam com as melhores configurações do mercado, mas, de fato, estamos numa situação melhor do que estivemos há dois anos, quando não tínhamos basicamente nada interessante entre R$ 400,00 e R$ 600,00.
A ZTE trouxe ao mercado um forte concorrente para os modelos básicos da Lenovo. Não supera o Redmi 2, mas ao menos temos uma marca que não deverá sair de cena nos próximos meses (assim espero). Quem procura por um modelo de entrada está ciente das condições técnicas desses dispositivo, mas nem por isso o usuário é obrigado a levar pra casa algo ruim. Vejo que o Blade A510 segue esse caminho, entregando ao usuário um conjunto justo pelo seu preço, embora não impecável.
Minhas ressalvas negativas ficam em torno do armazenamento e do tempo de carregamento. Acredito que a ZTE optou em voltar para o Brasil afim de aquecer ainda mais o mercado. O Blade A510 pode ser só a ponta daquilo que a empresa pode estar pensando em oferecer e, se a marca chinesa continuar nesse ritmo, podemos começar a ter esperançar de ver os modelos Axon por aqui.
O que você achou do Blade A510?
ZTE, traz o Axon!!! E com preço justo.
Muito caro pra pouco celular. Devia vir por 499 ou no máximo uns 549.
Comprar celular com 1GB de Ram por 699 melhor pegar um de 2GB por 100,00 a mais como o K5 ou LG X Power, por exemplo! Além de terem mais memória interna também!
matéria paga lógico....
Parece ser um bom dispositivo.
Mas, será que vem junto o 'espiãozinho'. hehe!
Acho que está acontecendo algum problema com as instalações elétricas de onde o pessoal do Androidpit carrega os celulares, porque em vários celulares tem aparecido o ponto contra de "demora no carregamento" sendo em que alguns eu pude conferir e não há nada de anormal com o tempo de carga...
Esse smart e desnecessário e bem fraco e custa caro , ele deveria ser
16 GB de armazenamento
2 de RAM
Tela HD mesmo
Bateria : 3000mha
Preço no maximo 600
Ai sim seria um custo benefício .
Aqui é Brasil fera, custo de produção + lucro do fabricante + Impostos + Lucro do revendedor, etc...
Achei muito fraco, e de cara não me interessou.
Mais do mesmo, alô ZTE, será que custa colocar 16 GB de memória e 2 GB de ram e uma bateria melhorzinha?
É duro falar, mas, são tantas porcarias no mercado, se torna totalmente irrelevante. Falta objetividade as empresas, trazer algo melhor, mais inovador, se for pra comprar esse Blade, melhor optar pelas '' bombas '' vendidas aqui, aliás, o Alcatel Pixi 4 Colors, mandou um abraço e dá para comprar 2 e sobra troco.
Verdade, também achei mais interessante o Alcatel...
esse aparelhos de entrada tem Android 6.0, e o Vibe k5 ainda na lollipop rsrs, isso virou novela...
Nem me diga cara, meu LG G Pro parou no Kitkat... sei que ele não é novo, mas é chato ver essas coisas. Além disso ainda tem bugs no kitkat dele.
fraquinho hein
Bruno, uma coisa, o Made in China na bateria é só pra ela, ou ele é importado todo? -- Não sei se tem algo a mais que fale na caixa, etc.. -- (o que explicaria esse valor, rsrs).
Aparelho bem simples, mas bem caro, no máximo uns R$:499,00, mas a câmera é interessante, visto que são 13MP e 8MP (Resolução melhor do que meu celular), mas isso é significativo de qualidade, espero que essa empresa traga melhores produtos com preço mais acessíveis, já que não vejo muitas opções no Brasil atualmente
Desnecessário...
Redmi Note 3 Pro oferece muito mais por esse mesmo valor.
E pensar que lá fora smartphones com essas mesmas especificações custam 190 reais.
Ainda acho caro, e aqui cobrar R$ 700,00 é um disparate.