O que eu preciso ver nos futuros smartphones para voltar a me animar?

Hoje eles estão tão bons que fica difícil se animar

Esse é o chamado “problema bom”. Com a popularização dos smartphones, as grandes fabricantes se viram obrigadas a produzir modelos realmente eficientes e quem tentar escapar dessa regra fica fora do mercado em milissegundos. A exigência do público cresceu de tal forma, que até as empresas chinesas tiveram de se ajustar. 

Hoje, você encontra modelos com processadores que deixariam diversos PCs comendo poeira, com telas em altíssima, 4GB de memória RAM e gigas e mais gigas de armazenamento (expansíveis). Muitos rodando jogos e gráficos pesados sem suar a camisa, tirando belas fotos como se fosse uma câmera dedicada e executando músicas como se fossem um iPod. 

Ok, a duração da bateria ainda é um problema, mas já temos vários métodos para contornar isso. 

Logo, o que se vê hoje é um leque de bons smartphones, com bom custo / benefício. Asus, Xiaomi, Motorola, Samsung, Lenovo, Quantum... todas têm algum modelo que atinge o equilíbrio em oferecer o que o consumidor precisa a um preço que ele pode pagar. O que antes era acessível apenas em topos de linha, hoje está às mãos da maioria das pessoas. 

E isso é ótimo! Mas há tempos isso não desperta mais aquele brilho nos olhos de quem realmente quer ver mais inovação nesse mercado. 

Falta um outro “iPhone” para gerar buzz 

A Samsung apresentou o Galaxy S7, que é um “avião” em forma de smartphone (além de ser muito bonito); a LG trouxe o conceito modular para o G5, que até é interessante, mas ainda não sabemos se, de fato, os módulos vão cair no gosto do público. A Xiaomi lançou o Mi 5, um smartphone com ótimas configurações e design, além de bom custo-benefício. Mas a gente vê isso no mercado todo santo ano.

Mas o fato é que desde o iPhone, em 2007, não temos um smartphone que crie uma ruptura no mercado, algo que encha os nossos olhos e que possamos pensar ao olhar para ele: “Eu preciso disso”.  Claro, temos modelos cada vez mais poderosos e bonitos, com alguns recursos bacanas, como o leitor biométrico ou a carteira eletrônica. Mas nada que cause maior impacto. 

Projeto Ara é a resposta?

A customização dos smartphones pode ser a ruptura que estamos buscando. Mas não estamos de capinhas ou uma traseira com cor uma estampa exótica. Estamos falando da possibilidade de trocarmos peças fundamentais do aparelho, para maximizar seu desempenho. E isso atende pelo nome de Projeto Ara. 

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O Projeto Ara foi apresentado pelo Google em 2014, e que envolve a criação de um smartphone realmente modular.  O aparelho tinha apenas uma pequena “espinha dorsal” e podia receber speakers, bateria, câmera e outros componentes. Feito isso, ele podia ser ligado,  rodando o Android Lollipop e funcionando perfeitamente.

O Ara chegou a ter uma demonstração pública durante o Google I/O (conferência de desenvolvedores da empresa) do ano passado, mas o projeto acabou adiado por tempo indefinido. Agora, segundo rumores, o anúncio da sua retomada pode ser feito no I/O deste ano.

O Ara pode ser justamente aquela novidade que estamos buscando há anos. A possibilidade de montarmos nosso smartphone como se fosse um brinquedo Lego salta aos olhos e é o conceito de customização elevado à enésima potência, algo que está sintonizado diretamente com os desejos do público. Agora é torcer para que o Google finalmente toque o projeto em frente. 

Smartphones altamente customizáveis podem ser o futuro do mercado de telefonia móvel

Os ansiosos por novidades agradecem. 

E você acha que o mercado de smartphones está na mesmice? Ou você está satisfeito com o que vê?