A recuperação da Blackberry estaria nos smartphones intermediários?
Há duas semanas, a Blackberry lançou o DTEK 50, um smartphone com configurações intermediárias e que a sua criadora batizou como “o telefone mais seguro do mundo”. E, analisando as especificações do aparelho e seus diferenciais de segurança, cabe a pergunta: a salvação da fabricante canadense pode estar nos telefones mid-range?
- Review do BlackBerry DTEK50
- Como o Android pode salvar a Blackberry?
Pensei nisso com base no que observei no DTEK50: um dispositivo com processador Snapdragon 617, octa-core (1,5GHz), 3 GB de memória RAM, tela Full HD, 16 GB de capacidade de armazenamento (expansível via microSD), câmeras de 13 megapixels (traseira) e 8 megapixels (frontal) e bateria de 2610 mAh. Ou seja, um smartphone com especificações bem honestas para um intermediário.
Some isso a um design sóbrio (baseado no Idol 4, da Alcatel, que também fabricou o DTEK50) e seus diferenciais de segurança e temos aqui um smartphone bem decente para o público que busca um aparelho focado mais em produtividade do que multimídia (não que um exclua o outro, claro).
Claro que o DTEK50 tem seus defeitos. Segundo o review feito pelo meu colega Scott Gordon, do AndroidPIT.com, a autonomia da bateria deixa a desejar e a capacidade de armazenamento também se esgotou com certa rapidez. Mas são problemas que podem ser solucionados em futuras versões ou administrados pelo usuário com um cartão microSD e um PowerBank.
O conjunto de softwares pode ser o diferencial
Como explica o subtítulo acima, a Blackberry sempre se destacou por trazer boas ferramentas de segurança e produtividade. E achei que foi uma boa sacada dela inserir esses recursos em seu primeiro modelo intermediário.
No quesito proteção, a empresa diz a que veio no DTEK50: ele traz um kernel mais "forte", bootloader verificado, proteção de memória aperfeiçoada, criptografia completa de disco, proteção para cartão microSD, autenticação avançada de Wi-Fi e ainda promete que os patches de segurança Android serão atualizados no mesmo dia da linha Nexus. Ou seja, o smartphone é praticamente uma caixa forte e pode ser, de fato, o “telefone mais seguro do mundo”.
A Blackberry também investiu bem no quesito produtividade. Ele traz uma barra deslizante para acesso a contatos, calendário, lista de tarefas e apps de mensagens. E ainda tem o Blackberry Hub, um app que também aglutina essas mesmas funções, com a ajuda de ícones e cores de identificação.
O custo-benefício de um Blackberry pode compensar
Meu colega Hans-George Kluge, do AndroidPIT da Alemanha, me disse que a Blackberry não está necessariamente focada no usuário final. Segundo ele, uma fonte da empresa afirmou que a fabricante está concentrada em vender serviços baseados em software, além de smartphones para usuários corporativos.
No entanto, eu vejo a situação de outra forma: se um dia a Blackberry lançar essa linha de intermediários no Brasil, eu compraria tranquilamente um smartphone como o DTEK50, desde que seu preço não ultrapasse os R$ 1,5 mil (a associação com a Alcatel, por exemplo, pode ajudar a diminuir os custos de produção).
O aparelho tem uma boa configuração para um mid-range, a última versão do Android 6.0 (o que significa que ele pode ganhar o Nougat em breve) e diferenciais de segurança e produtividade que podem agradar não somente usuários corporativos, mas também aqueles que buscam um meio termo entre trabalho e lazer no telefone.
Admito que um DTEK50 me fez olhar a Blackberry com outros olhos.
E você toparia ter um Blackberry como seu smartphone no dia-a-dia?
A Blackberry é uma marca de sucesso, foi no passado, e se ela fizer a coisa certa, visar os usuários, trazendo aparelhos competitivos e acessíveis (valores) vai conseguir sim agradar. Vamos ver.
Se ela descer do seu pedestal até consegue ter resultados financeiros positivos. O aparelho é bom, bonito, e tem como verdadeiro diferencial o software, porém pelo preço errado esse diferencial se torna nada em meio a tantas opções excelentes que temos no mercado. iPhone também tem um sistema seguro e com criptografia pelo hardware, o caso do FBI deixou claro o quão difícil foi conseguir as informações, sendo que aquele grupo ja tinha desbloqueado Blackberry ate com BBOS com mais facilidade. Também vale notar o fato de que aparelhos com W10M, mesmo que sem criptografia ligada, não são tão fáceis de se conseguir algo, somente dados de navegação web, mas sem senhas nem nada. Ou seja, quem quer segurança não pensa mais em Blackberry, e depois da morte do BBOS 10 e da adoção do Android esse pensamento está mais longínquo, então pra ela conquistar esses coraçõeszinhos novamente ela vai ter de praticar preços mais competitivos, mais ou menos o preço do Idol 4 aqui, R$1700, e não R$2500 como é de costume dela.
A Blackberry, assim como a Nokia, já teve seus dias de glória. Focada no software de segurança em conjunto com um Android "semi-puro" é algo que realmente chama a atenção.
"Semi-puro" pois a interface possui poucas modificações, diferente de muitas fabricantes, se assemelhando ao Android utilizado no Nexus. E o que vem agregado a ele, como o próprio BB Hub, pode ser muito útil.
Um ponto negativo seria a memória interna, que não são exatamente esses 16GB, pois o sistema utiliza uma porcentagem desse armazenamento. Sendo assim uma memória interna com 32GB seria interessante, mas temos a entrada SD que é melhor que apenas os 16GB.
A proposta do aparelho é segurança, e corporativo, e isso já vale a compra. Relacionado ao preço, ele pode vim acima de 1500,ate 1800 reais, pois está valendo, ele é mais smartphone que o moto g plus, que veio por 1500 reais e ninguém reclamou.
E o Brasil? Receberá essa belezinha?
Ainda prefiro esperar p ver o que a Nokia terceirizada terá a oferecer.
Quando não se existia iPhone, era essa a marca que tinha sinônimo de luxo, foi uma grande concorrente da Nokia, porém como a Nokia, se perdeu na sua soberba.
Em relação ao aparelho, tem grandes chances de ser uma boa aposta, devido ao nome forte da fabricante.
Sim. Com certeza. Venha BlackBerry
Um dos melhores Blackberry que tive foi o Passaport, a ergonomia e tamanho do ecrã são perfeitos ... Para ficar melhor deveria vir com Android.
O BB10 também foi um belo OS
Seria uma possibilidade, caso não tivesse comprado o meu Moto Maxx.
BlackBerry... Compraria na boa... O foco dela pode ir muito mais além do mercado corporativo... É hora dela se jogar no mundo, dos flagship's e intermediários...
Se os preços praticados pela Blackberry fossem atrativos e se a empresa possuísse uma assistência técnica autorizada digna deste nome, certamente não estaria nesta situação. Produto tem!
ele parece ser bom
Esse smart e bem interresante mas a bateria e o ponto fraco dele na minha opinião
Se vir pra cá, e com preço atrativo, não penso duas vezes! Pego na hora!
Eu também
Tamo junto brother!
eu gostei , eu toparia pegar ele , esse smartphone tem cara de ser bom... a BlackBerry ta entrando no Android e parece que ta conseguindo voltar ao mercado basta eles começarem a revender barato e vender em outros países...
Espero que ela volte a ser grande novamente!