10% dos aparelhos estão no Pie, e isso é muito preocupante
Depois de seis meses em completo silêncio, a página do Google para desenvolvedores que mostra a situação de uso de cada versão do Android foi atualizada. Nunca essa página havia ficado tanto tempo sem informações atualizadas. Enquanto isso, várias discussões e expectativas foram postas na mesa.
Qual seria o verdadeiro alcance da atual versão oficial do Android, a 9 Pie? No momento da última atualização, em Novembro de 2018, ela contava com apenas 0,1% de penetração entre os aparelhos que acessam a Play Store (método que o Google usa para contabilizar isso). Como o Pie havia acabar de ser lançado, era algo bem aceitável.
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Mas aí tivemos esse silêncio por meses e meses. Meio ano é uma eternidade para a tecnologia, e se tornou algo preocupante não termos qualquer retorno por parte da criadora do sistema. Afinal, estava indo tudo bem ou tudo ruim?
Nesses meses eu mantive atualizado o artigo que temos aqui no site que traz uma lista de quais aparelhos seriam atualizados para o Android Pie e em que passo isso estava ocorrendo. Estava considerando um bom passo, pois toda semana eu tinha novos modelos para colocar na lista, que conta atualmente com mais de 70 aparelhos no Brasil e outros 100 internacionais.
Nesse passo, eu estava bem otimista quanto aos números, embora acreditasse que manter a página do Google sem updates não era um bom presságio. Aparelhos da Xiaomi, Samsung, Huawei, Motorola, estavam sendo atualizados, não haveria porquê não termos bons números se as maiores fabricantes do mundo estavam caminhando.
Entretanto, a realidade não parece tão boa quanto a que eu estava esperando. Os números saíram no dia da abertura do Google I/O 2019: apenas 10,4%. Sim, estamos prestes ao lançamento do Android Q, que chega agora no segundo semestre, e a versão anterior só atingiu 1 a cada 10 aparelhos Android que estão na ativa.
Esse número é só 3% maior do que a penetração do KitKat, o Android 4.4, nos aparelhos. E é menor do que os 13,5% totais do Lollipop (5.0), e menor ainda do que o Marshmallow (6.0) e Nougat (7.0).
A mídia internacional está otimista. Consideram esse número bem aceitável em comparação com outras versões, e na média as versões passadas não foram muito melhor ou muito pior no mesmo período. Após anunciar tantas mudanças como o Treble, com tanta esperança em melhores resultados... parece que estamos na mesma.
O que o Google pode fazer para ter uma adoção mais rápida de suas versões?
Fonte: Google Developers
Acho que ainda chega no Z2 play...Mas as fabricantes e as operadoras estão cada vez mais enroladas nesse processo.
Quase não tenho dormido com essa preocupação...
Meu S7 hoje só roda o Android 9 porque um desenvolvedor teve a boa vontade de portar o Android do Galaxy Note FE, que tem praticamente o mesmo hardware do S7 e que recebeu o 9.0 oficialmente, para este aparelho, que ainda me atende muito bem e que não penso em trocar em pelo menos um ano e meio/ dois anos. Não gosto do design bezel-less, não preciso de mais de 4Gb de RAM e a câmera do S7 continua ótima, então pra quê iria querer um outro celular? Acho que essa mentalidade de somente dois updates oficiais de plataforma já deveria ter morrido há tempos!
Tenho um LG G4 e quando comprei era o top da fabricante! Havia a promessa de haver ao menos duas atualizações!
Mas a LG só fez para para o 6.0. O celular ainda me atende perfeitamente e hoje uso uma versão Beta do 7.0 criada por desenvolvedores de fora da LG...
Se o fabricante não valoriza seus flagships imagina os intermediários e os de entrada!
Enquanto os aparelhos forem caros, isso nunca vai mudar
A Google deveria colocar prazos para que as empresas (samsung, LG, xaiomi, etc.) atualizem seus aparelhos, e, ainda, exigir que os mais antigos até 4 anos sejam atualizados, senão vai ser daí pra pior.
É o sempre a mesma coisa!
Versão após versão, isso nunca vai mudar .
A questão é que o advento do Project Treble trouxe esperanças para o usuário, de que finalmente as atualizações chegariam mais rápido e tal, mas não para as fabricantes, já que o tempo de troca de aparelho entre os usuários acabaria sendo maior. Não houve obrigatoriedade na adoção dele por parte dos fabricantes, então coloca quem quer, logo, ao contrário do que eu e acredito que a maioria também esperava, os celulares não passaram a receber essas atualizações reais.
Quando o Google obrigar a adoção do Treble, essa fatia vai começar a crescer, pelo menos em teoria, porque na prática, aí são outros 500.
O mercado como um todo já está trocando com menor frequencia de aparelho, daí a necessidade de inovação (telas flexiveis, 120MHz, versões gamer, etc)
De um jeito ou de outro, as atualizações vão acabar virando prioridade para os fabricantes também, só espero que até lá nao seja tarde demais
Mas o ponto X é que não são todos que podem pagar por essas inovações e gostariam de ter o smartphone com sistema atualizado, e seria esse um dos principais benefícios do Project Treble, diminuir a gigantesca fragmentação do Android, o problema é que nem nos tops de linha as fabricantes estão inserindo essa funcionalidade que já deveria ter sido obrigada pelo Google para ser colocada nos aparelhos delas.
Cara na verdade o Treble foi obrigatório para qualquer aparelho que saia de fábrica com o Android 8.0 ou superior. O fato é que a pequena fatia de mercado que o único aparelho que recebe as atualizações rapidamente (Pixel) tem, demonstra que o usuário médio não liga para atualizações. Por isso as demais empresas também não atualizam. Se o Pixel começasse a ganhar o mercado dos outros aparelhos só por causa das atualizações rápidas, aí sim o mercado iria se mexer a respeito disso.
Sempre critiquei a política de lançamento de novas versões do Android. Todo ano sai uma versão nova do sistema, não tem como não haver fragmentação substancial num sistema com alto grau de modificações por parte das OEM. Cada novo lançamento vemos que não existem mudanças significativas que justifiquem uma mudança de versão. Deveriam lançar apenas atualizações de segurança, correção de bug e otimização, até que houvesse um amadurecimento e adesão significativas para, aí sim, lançar uma versão nova com mudanças importantes.
Nesse ponto, entendo a Xiaomi. Utilizam uma versão mais estável do Android com suas próprias modificações e adição de recursos.
iOS tem versão todo ano
Windows 10 tem também, as vezes duas
Problema do Google é querer ditar a política de atualização sem ser ditador. Ou senta com os 5 ou 10 maiores fabricantes e definem juntos uma política cabível e indolor, que nao prejudique vendas, nao freie a inovação e principalmente não puna os consumidores, ou então mudem de postura e enfiem as atualizações goela abaixo!
Os fabricantes desenvolvem os drivers para que o sistema interaja com cada hardware, disso nao tem como fugir. Mas já que a versão X funciona bem, que a versão seguinte ofereça suporte aos mesmos drivers, assim o sistema atualiza (forçadamente se for o caso) mas continua trabalhando com os drivers originais em "modo de compatibilidade". Qualquer coisa que exija hardware novo já demandaria uma nova compra mesmo, mas ao menos o SO estaria atualizado e com seus recursos de software rodando
Sinceramente minha preocupação com isso é ZERO. Eu só me preocupo quando algum aplicativo deixa de funcionar na versão que eu uso, aí eu procuro uma rom mais atualizada. Agora que tô com um s10+, mas já cheguei a ficar muito tempo com um coolpad que era jellybean ou lollipop (4-5),um dos dois e só atualizei pra uma rom do lineage (não lembro como chamava antes) pq um jogo que eu jogava e se não me engano o ever note não tava funcionando mais. E só por isso.
Acho que está falando da antiga cianogen mod
Eu tou triste porque o meu Samsung galaxy A7 2018 estava na lista e receberia no mês passado ou seja em abril deste ano mas já é maio e até agora não atualizou afs afs eu tou muito ansioso e triste no mesmo tempo mas o meu telemóvel é de Portugal!
É muito complicado querer pressa no que diz respeito a distribuição de pacotes de atualização para a nova versão do Android, visto que, se trata de muitas fabricantes com suas peculiaridades, o que faz distinguir uma das outras. Mesmo com certo grau de padrão no sistema, há esse pequeno hiato, o que dificulta a distribuição em alta velocidade para os diversos smartphones Android, com suas respectivas empresas.
Por isso sempre crítico quando o Google cria uma nova versão Android num espaço de tempo muito curto. Devia ser OBRIGATÓRIO uma nova versão só quando a versão atual atingisse pelo menos 50% de atualização nos celulares no mundo todo. Meu celular não saiu ainda do 7.0 e só farei questão de ter um Android Q ou R só quando meu celular não me servir mais. Essas melhorias de cada novo Android não me seduz em nada.
É verdade. Deveriam parar a evolução dos sistemas operacionais só pq as empresas não tão acompanhando. Acho até que deveriam dar umas férias pros programadores sabe...
Morro de preocupação.