A Nintendo começou com o pé esquerdo no mundo mobile. Ela pode corrigir a rota?
Lançado em março desse ano, o Miitomo foi o primeiro jogo da Nintendo a ingressar no mundo mobile. Mistura de game com redes sociais, o game utilizaria a popularidade que a criadora do Mário e cia. tem entre o público para “bombar” nos smartphones. Ou seja, não tinha como errar, certo? Errado.
Dados coletados pela SurveyMonkey, companhia especializada em pesquisas online, apontam uma séria discrepância entre o número de pessoas que baixaram o jogo e a quantidade de usuários que rodam o game frequentemente.
Segundo a empresa, mesmo com mais de 10 milhões de downloads, apenas metade deles continua a jogar o game. O número pode não ser baixo para alguns apps, mas para jogos como o Miitomo, que são projetados para uso frequente, isso significa um declínio bem rápido.
E pior: comparado com peso-pesados do mundo mobile, como Candy Crush e Clash Royale, a quantidade de usuários médios semanais é de 2,5 milhões. Ou seja, se considerarmos os 10 milhões de downloads do jogo, 75% dos usuários do Miitomo simplesmente o abandonaram.
Jogar uma partida de Miitomo é tão divertido quanto uma ida ao dentista
Em resumo: o titulo corre um sério risco de virar uma “cidade fantasma”, no melhor estilo Second Life (alguém lembra dele?). E a Nintendo provou que não basta ter um número gigante de downloads para aferir o sucesso de um jogo. E que o universo mobile não aceita qualquer porcaria. Mesmo que ela tenha grife.
A incapacidade de olhar para além do próprio umbigo
Em Miitomo, você precisa criar um personagem (Mii), personaliza-lo em um processo semelhante aos avatares do Wii e incomodar adicionar seus amigos pelo Facebook ou Twitter. A partir daí, é responder perguntas e completar missões para ganhar moedas, pontos, doces e uma infinidade de itens. Como é de se esperar, também dá para comprar moedas com dinheiro real.
Ou seja, algo tão divertido quanto uma ida ao dentista.
Dona de franquias fortíssimas dentro do mundo dos games, como Mario, Zelda e Pokemon, fica difícil entender por que diabos a Nintendo resolve estrear no disputado mundo mobile com um misto de jogo e redes sociais que só faz algum sentido se você tiver 10 anos de idade. Ou for do Japão, onde esse estilo de game é apreciado.
Mas o fato é que faltou à Nintendo fazer o básico: uma pesquisa para entender as preferências de quem gosta de rodar games no smartphone. A impressão que fica é que a companhia se baseou apenas no gosto do público japonês – que muitas vezes difere do Ocidental - para desenvolver o título e deixou o resto do mundo para lá. Aliás, essa prática é recorrente na Big N já faz tempo.
No final, saiu o Miitomo, um misto de game com redes sociais que não agrada em nenhum dos dois gêneros. E que, merecidamente, cairá no ostracismo.
Mas dá para corrigir a rota?
A resposta é simples: sim! A Nintendo precisa apenas focar no que tem de melhor em termos de jogos e desenvolver versões competentes deles para smartphones e tablets. Que tal, por exemplo, uma versão freemium de Super Mario Kart para Android, onde o jogador precisa comprar personagens e acessórios para evoluir nas pistas, seja no modo offline, seja no multiplayer? Já imaginaram o quanto a empresa japonesa poderia faturar?
Ou um episódio de Zelda onde você precisa comprar poderes para que Link, o protagonista do jogo, derrote seus adversários?
O game Pokemon Go - que pode ser apresentado na E3 2016 - já dá uma bela dimensão do potencial da Big N, conforme você pode ver no vídeo abaixo:
Enfim, a Nintendo tem tudo para ser uma gigante também no mundo mobile. E a solução está dentro de casa. Só precisa escutar o que o seu público – no mundo inteiro – quer.
Por favor, pra mim não começou em mundo mobile nenhum. Lançar uma ferramenta ridícula para ultra nerds que gostam de perder tempo com isso não é mais do que explorar um nicho específico, muito específico.
Fico pensando se a Microsoft tivesse o mesmo com um editor de avatar.
tá na hora da nintendo voltar a fazer baralho e deixar os jogos para quem entende.
Sem dúvida as matérias do Rui são as melhores, mais sensatas e imparciais. Parabéns.
RUI Parabéns pelas suas matérias. A Maioria são interessantes e cativantes. Gosto de matérias meio Nerd/Geeks.
A Big N sempre gostou de fazer as coisas à sua maneira. Algumas vezes deu certo, outras não.
Jogo idiota.
nintendo faz o que quer pq pode XD, fim de papo hasudhuashduh
Todos podem arriscar, mas nem todos acertam o tempo todo.
Tem muita diferença jogar num Smartphone e em um 3DS. Não acho que se mataria. Mesmo porque com as limitações dos Smarts, não teriamos jogos tão tops como nos portáteis.
A Nintendo tá é bem esperta, pq se ela se lançar de cabeça no Android e no IOS ela mata com os seus consoles, é só usar a cabeça e analisar...
Pokémon GO não conta como sendo propriamente um game da Nintendo Mobile, já que vem por outro estúdio. A mão da Nintendo, aí, é só nos direitos dos personagens.
Além de que, com as novidades mais recentes, o game já mostrou não ser nada do que aparentava em seu primeiro trailer, infelizmente.
Quanto ao "pé esquerdo" da Nintendo, não sei. Esse Miitomo é algo bem de nicho. Nem todos vão baixar/jogar, nem todos vão gostar. Mas esse foi apenas o primeiro passo dela no mercado Mobile. Logo logo não me surpreenderia em ver "corridas infinitas" com personagens típicos (talvez), e mais jogos do tipo.
A Nintendo não pode em hipótese nenhuma parar de focar nos seus hardwares e dar preferência ao mobile. Ela pode ter errado no Miitomo, no sentido de que o app é chato e monótono, mas a filosofia está certa.
Não quero continuações dos seus jogos em smartphones, e sim nos seus consoles. Jogar Zelda, Mario, Metroid, etc sem botões é a pior coisa que existe. Os jogos que lançarem para smartphones devem ser simples e servirem de forma a levar os usuários para os seus consoles.
Quem é fã da marca, compra seus hardwares e joga seus jogos, não quer ter de passar a jogar em smartphone.
Se passarem a produzir continuações de grandes franquias, que seriam jogos de console, para smartphones, não só não fariam sucesso no mundo mobile como perderiam uma parcela significativa dos seus seguidores.
O problema da Nintendo sempre foi dura sua arrogância. Por isso ela perdeu muito espaço para Sony e Microsoft, mas, nem mesmo assim aprendeu que não deve ignorar as tendências.
Adapta um Super Mario World ou um Zelda da vida para uma jogabilidade legal no android, com gráficos aprimorados e controles adaptados às telas touch, bota na playstore a 2,99 dólares cada um, e espera a chuva de dinheiros chegar. Que dificuldade há nisso?
Não dá pra entender. É só fazer o simples e o óbvio. Não tem que ficar inventando muito, invistam nos títulos conhecidos pra ganhar share de mercado e dps, aos poucos, tragam novos jogos.
A Nintendo esta começando no mobile, e querem milagres logo de cara hahaha
pra quem quer jogos das franquias principais, compre um 3DS, ou espera por seu sucessor portátil, ou o novo console de mesa NX.. Se sair um game do Mario ou Zelda para smartphones, será diferente desses que conhecemos nos consoles.
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O Miitomo foi uma iniciativa estranha.....pelo menos para o publico ocidental. No Japão parece-me que ele tem mais popularidade.
Pokemon Go parece bem legal, e ela já anunciou que vai levar Fire Emblem e Animal Crossing para os celulares. Duas franquias que se encaixam bem na plataforma
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Pokémon Go só foi uma boa surpresa com o trailer.
Depois, tudo que saiu/vazou matou as expectativas.