Saiba como funciona o scanner de íris do Galaxy Note 7
Para além da configuração poderosa e do belo design, talvez o grande destaque do recém-lançado Galaxy Note 7 seja o seu scanner de íris, um novo recurso de segurança biométrico, em que o phablet é desbloqueado com um olhar. Mas você sabe como esse recurso funciona na prática?
O segredo dos seus olhos
O reconhecimento de íris é um método automatizado de identificação biométrica que utiliza o reconhecimento de um padrão matemático de imagens da íris de um indivíduo, a partir de um ou de ambos os olhos.
Para obter tais imagens, um dispositivo de autenticação escaneia a íris, que é o anel fino e colorido do olho e que abre e fecha a pupila, como um obturador de câmera, regulando assim a quantidade de luz que atinge a retina.
Cada indivíduo possui um padrão diferente da íris em cada olho, e se mantém inalterado ao longo da vida. Essa característica, combinada ao fato de que os padrões de uma íris são quase impossíveis de serem replicados, torna a leitura da mesma uma das mais seguras e confiáveis técnicas de autenticação biométricas disponíveis.
Como resultado, o escaneamento da íris vem sendo amplamente utilizado para controles de acesso, controle das fronteiras e segurança em aeroportos. E, desde o ano passado, ele também passou a ser utilizado em smartphones, ainda que de forma tímida.
O Lumia 950 XL (lançado em outubro de 2015), por exemplo, trazia uma câmera espetacular, incluindo ainda um sensor que desbloqueava o telefone escaneando a íris. No entanto, ele não conseguia ser tão rápido quanto o Note 7, mas conseguia reconhecer a íris do usuário mesmo quando ele usava óculos de grau e até mesmo óculos de sol.
Também em 2015, mas um pouco antes do Lumia 950 XL, a japonesa Fujitsu trazia o Arrows NX F-04G, com Android Lollipop e que foi o pioneiro em trazer um scanner de íris. No entanto, esse dispositivo nunca foi vendido para além do mercado nipônico.
O scanner de retina do Galaxy Note 7
Uma vez que o usuário registra as informações da sua íris em um Galaxy Note 7, um código criptografado é armazenado em uma área segura do smartphone. Quando ele tenta acessar o aparelho - ou um aplicativo protegido - o LED infravermelho (IR) e a câmera da íris trabalham em conjunto para capturar o padrão da íris do indivíduo para o reconhecimento e armazenamento, digitalizando o padrão, e comparando-o com o código criptografado para garantir o acesso.
Para não sacrificar o design do Note 7, a Samsung afirma que criou dois componentes para permitir o reconhecimento da íris. O primeiro é uma câmera dedicada para o reconhecimento da íris, que utiliza um filtro de imagem especial para receber e reconhecer as imagens refletidas da íris, com uma luz LED infravermelha (IR).
Essa luz infravermelha permite um melhor alcance para a leitura da íris. Além disso, diferente das imagens tradicionais visíveis (RGB) - que podem ser afetadas pela cor da íris ou luz ambiente - as imagens infravermelhas exibem padrões nítidos e têm baixo reflexo de luz.
O segundo componente é uma tecnologia proprietária da Samsung, que faz uso da luz emitida pelo visor do Galaxy Note7, para que o scanner receba dados mesmo em ambientes pouco iluminados.
Dessa forma, a fabricante afirma que o trabalho conjunto desses componentes garante que a leitura da íris seja mais precisa e rápida do que os dispositivos lançados anteriormente pela concorrência.
Importante: a Samsung afirma que o LED infravermelho do Galaxy Note7 também é seguro para uso, sem risco à saúde por conta da sua tecnologia, tendo recebido o International Electrotechnical Commission (IEC) 62471 (fotoestabilidade biológica), considerado o mais alto nível de certificação do setor. Além disso, o dispositivo desliga automaticamente caso detecte que o olho humano está muito próximo ou exposto há muito tempo ao sensor de LED infravermelho.
O Knox entra em ação
Vamos do começo: para quem não conhece, o Knox é um sistema de segurança para os dispositivos da Samsung, que protegeria desde o hardware até a camada de aplicação dos smartphones da marca.
Isso funciona graças a um Container, que cria um espaço de execução e armazenamento seguro de dados. Em outras palavras, ele funciona dividindo o sistema operacional em dois ambientes distintos, como uma espécie de partição virtual no HD.
E o que o escaneamento da íris no Galaxy Note 7 tem a ver com o Knox? Bom, a Samsung afirma que informações da íris são criptografadas e armazenadas com segurança - em nível de hardware - na plataforma em questão, da mesma forma que os dados das impressões digitais eram armazenados no passado.
Além disso, a fabricante sul-coreana afirma que apenas uma pessoa pode registrar as informações da sua íris. Isso significa que, mesmo se o dispositivo for perdido ou roubado e alguém tiver acesso ao smartphone, as informações da íris do usuário não serão comprometidas ou utilizadas.
E o que o scanner de íris do Note 7 pode desbloquear além do próprio aparelho?
Além do desbloqueio do Galaxy Note 7 em si, o scanner de íris do phablet permite também manter a segurança de dados confidenciais no aparelho em locais específicos.
O principal deles é o Pasta Segura, uma pasta separada que permite aos usuários proteger e gerenciar aplicativos e arquivos particulares meio do reconhecimento de íris, (impressão digital e senhas tipo padrão ou PIN também pode ser usadas).
De acordo com a Samsung, os usuários podem aproveitar o serviço para manter os dados privados e pessoais - como informações bancárias - completamente separados em seus smartphones. A partir dela, os pais também podem bloquear o acesso a jogos ou conteúdos específicos de seus filhos.
O escaneamento da íris também funciona no Samsung Pass, ferramenta que permite aos usuários acessar sites a partir do navegador proprietário da Samsung, usando os olhos como “login e senha”.
E você apostará a segurança do seu smartphone no scanner de íris?
"Vejo" integrais de superficie em coordenadas polares hehehehehe
Legal no quesito "acessibilidade", para pessoas com digitais fracas ou até mesmo sem digitais. Mas não acredito que seja mais prático que o desbloqueio por digitais.
Só faltou o principal: é infinitamente mais seguro!
Gostei muito da matéria falando sobre a funcionalidade e achei interessante demais a forma de desbloquear o smartphone.
O do Lumia tem a mesma velocidade e o mesmo problema de distancia, porem nele as animações do Windows Hello são mais demoradas. No entanto o scanner, o infravermelho e a tecnologia RealSense nele, juntos, são melhores que no Note 7, e graças ao RealSense que a cada att a Microsoft melhora o leitor, já que a profundidade pode ser melhor detectada e assim a distancia aumentada.
Não amigo... não tem NEM DE PERTO a mesma velocidade.
Achei bem interessante a função, mas não seria o caso de às vezes desbloquear o aparelho mesmo sem eu estar querendo desbloquear?
vc tem de ligar a tela primeiro, deslizar para aparecer o scanner
Excelentes informações a respeito do scanner de iris.
Muito top essa função. Matéria bastante interessante e capaz de sanar todas as dúvidas. E os Motoboys que dizem que ñ usariam a função é tão somente pq ainda ñ foi lançado em um aparelho Lenovorola. A partir do momento em que ela adicionar esse recurso, eles mudam de opinião rapidinho, chamarão até de inovação rs
Pois é Andreu, com a tela 4k no s8 será a mesma coisa. Fútil em jan/2016, mais importante que água potável em 2017.
Povo nunca se decide.
Ótima matéria, deixou bem claro como funciona a tecnologia para quem não entendia ainda. Mas não sei se usaria, ainda prefiro a biometria....
Mas isso também é biometria.
Post interessante, caso faça sucesso , talvez em breve ate os midle end virão com esta feature.
eu acho que não usaria essa função
Somos dois.
Acho a biometria ainda mais comoda de usar....
sim cara é melhor pra usar
Isso também é biometria.
Biometria é a leitura de algum tipo de característica do corpo humano, leitura da digital é um tipo de biometria e leitura da íris é outro.