O que o Zenfone 3 traz de tão diferente do Zenfone 2?

Zenfone 3 vs. Zenfone 2: Acabamento e construção

É inegável que a Asus fez um ótimo trabalho no visual do Zenfone 3. O policarbonato em excesso dá espaço ao vidro e alumínio, numa combinação super leve, que chega a estranhar em um primeiro contato. Quem já teve a oportunidade de manusear o Quantum Go não estranhará a pegada do Zenfone 3. O modelo brasileiro, embora seja construído em vidro na parte frontal e traseira, é extremamente leve.

Do Zenfone 2 restaram apenas os botões capacitivos, que permanecem sem retroiluminação, mas estão dispostos na posição padrão do sistema. As linhas curvas, a traseira côncava e os diferentes tipos de texturas também ficaram no passado. O novo dispositivo possui um ar mais elegante e, certamente, irá agradar aqueles que buscam por um design mais refinado.

Outro ponto que a Asus melhorou no Zenfone 3 foram nas bordas laterais, que estão mais estreitas em comparação com o Zenfone 2. O campo superior e inferior frontal não receberam essa mesma otimização. Contudo, nenhuma empresa vem trabalhando esses aspectos atualmente com êxito. 

Zenfone 3 vs. Zenfone 2: Tela

A Asus, aparentemente, está indo na mesma direção da Sony no quesito tela, visto que ambas as marcas mantiveram seus modelos mais tops na resolução Full HD. Isso não é necessariamente um problema, até porque, como nós sabemos, a bateria do aparelho rende mais nesse padrão de resolução do que em um display Quad-HD. Contudo, a marca taiwanesa não trouxe nenhuma novidade no que diz respeito ao painel do Zenfone 3.

Nesse caso, temos a mesma qualidade de reprodução do Zenfone 2, incluindo o mesmo nível de contraste, de cores e de brilho. Geralmente, telas LCD não oferecem a mesma qualidade de imersão dos painéis AMOLED, mesmo quando a fabricante realiza otimizações através de um calibrador de imagens ou algo do tipo. Logo, com relação ao display não temos nenhuma surpresa no novo modelo.

Zenfone 3 vs. Zenfone 2: Desempenho e software

Antes do Zenfone 3 ser oficialmente lançado, a Asus já tinha adiantado que o dispositivo viria equipado com tudo o que existe de mais moderno no mercado. De fato, ele não fica para trás nos quesitos de especificações e conectividade, em relação aos top de linhas de linha de outras marcas apresentados neste ano. USB Type-C e leitor biométrico, por exemplo, marcam presença no Zenfone 3. 

Outro aspecto que o novo dispositivo herdou de seu predecessor foi o poder de fogo. A Asus manteve os 4 GB de RAM que fora introduzido pelo Zenfone 2, o primeiro aparelho com essa quantidade de memória a chegar no mercado. Existe uma outra versão do Zenfone 3 com 3 GB de memória RAM, que pode ser considerado por alguns como um downgrade.

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O ganho mais visível no novo aparelho é o processador Snapdragon 625, deixando de lado o chipset da Intel que embalava o modelo anterior. Esse chip é o mesmo presente no LG G5 SE. Acredito que com esse componente da Qualcomm, a Asus poderá distribuir as atualizações do Android mais rapidamente. Não sabemos ao certo se é devido a algum problema nesse sentido, mas, mesmo com 4GB de RAM, foram mais de 9 meses para  que o Zenfone 2 recebesse o Android Marshmallow.

O Zenfone 3 é um modelo em meio a uma série de dispositivos que levam o mesmo nome, logo, estamos falando aqui de uma versão mais "básica". O Zenfone 3 Deluxe e o Ultra entregam um nível de experiência superior, mas, claro, têm preços mais elevados. Ainda sobre o desempenho do aparelho não posso deixar de falar sobre a interface do usuário da Asus, a Zen UI.

A interface melhorou bastante desde a primeira versão que tivemos acesso por aqui, que rodava no Zenfone 5. O software não conta com partes mal traduzidas ou recursos inúteis. Pelo contrário, temos no Zenfone 3 uma versão mais madura da interface do usuário. Contudo, ainda podemos ver um excesso de aplicativos e de duplicidades (dois players de música, dois navegadores de internet, etc...) que são impossíveis de se remover.

É claro que não queremos que todas as fabricantes passem a oferecer o Android puro, mas, se o usuário ganha recursos e apps de brinde, também deveria existir a opção de removê-los ou desativá-los por completo. Como disse a Camila Rinaldi no hands-on do Zenfone 3, a Zen UI ainda tem muita gordura pra queimar.

Zenfone 3 vs. Zenfone 2: Especificações técnicas

O Zenfone 3 traz inúmeras características novas, contudo, as especificações do modelo não são muito diferentes de seu predecessor. Confira:

Zenfone 3 vs. Zenfone 2: Conclusão

É válido dizer que o Zenfone 3 é uma atualização do Zenfone 2? Pessoalmente, acredito que não. Como disse no decorrer do artigo, existem mudanças na linha de design, na interface e funções inéditas que estão presentes no novo dispositivo. Você encontrará algumas semelhanças, mas isso é algo que acontece bastante quando um modelo faz parte de uma linha de aparelhos com o mesmo nome.

Quem acompanha os lançamentos da Asus consegue notar que a empresa investiu bastante no Zenfone 3. De modo geral, os usuários terão acesso aos mesmos recursos, independente da versão do dispositivo comprado. Sensor biométrico e USB Type-C estão presentes em todos os modelos. O mais básico tem especificações de top de linha, principalmente quando olhamos para os modelos de outras marcas.

Logo, posso dizer que Zenfone 3 é uma clara evolução do Zenfone 2. O novo aparelho oferece um conjunto de recursos e ferramentas que não está disponível no modelo anterior. Mais do que oferecer memória RAM adicional, o Zenfone 3 permitirá que recursos atuais estejam acessíveis em diversas camadas de preços. Ainda estamos avaliando a câmera e a bateria do novo modelo e, assim que possível, atualizaremos este artigo com um veredito final sobre ambos.

O que você achou do Zenfone 3? Acha que o modelo é uma evolução do Zenfone 2?