Vai vender seu smartphone? Siga essas dicas para ganhar mais
Com o preço dos smartphones cada vez mais alto, o melhor jeito de conseguir juntar o dinheiro para um modelo novo é vendendo o seu aparelho antigo. Mas antes, há alguns cuidados que você deve tomar para se certificar de que está fazendo o melhor negócio. Veja nossas dicas.
Antes de prosseguir, aviso que nenhuma das dicas abaixo é uma verdade absoluta. São técnicas que eu uso, mas cada um tem seus métodos para definir o preço de um smartphone. No final, o que conta é quanto você quer receber.
Defina o quanto vale
A primeira coisa que você deve fazer antes de anunciar seu smartphone é saber o quanto ele está valendo. Para isso você pode usar dois índices: o valor atual de um aparelho novo no mercado, e o valor médio pedido em sites como o Mercado Livre ou OLX.
Para saber o valor do aparelho novo, eu costumo fazer uma busca em comparadores de preços como o Zoom e Buscapé. Eu diria que um smartphone usado, com um ano de uso, em perfeitas condições e com todos os acessórios, vale 80% do valor atual de um novo. Ênfase no “perfeitas condições”: nenhum risco, arranhão ou defeito significativo.
Agora dê uma olhada no Mercado Livre, e veja quando está sendo pedido por aparelhos com configuração e condições similares ao seu. Faça uma média dos primeiros 10 ou 15 resultados, descartando aqueles com valor alto demais. Não é porque alguém está pedindo R$ 3.000 num Galaxy S6 que o seu também vale isso. Se quero vender rápido, pego essa média como base e tiro uns 10%.
Uma dica importante é incluir no preço anunciado uma “margem de negociação” (por exemplo, 10 ou 15%). Assim, se o comprador pedir um desconto eu posso atender a ele sem receber menos do que esperava.
Pra quem vender?
Antes de anunciar seu smartphone em um site como o MercadoLivre ou OLX, faça uma visita a um quiosque da fabricante de seu próximo aparelho e veja se eles aceitam o antigo como parte do pagamento. Muitas fabricantes tem parcerias com empresas como a Trocafone e fazem esse tipo de negócio. Mas antes, descubra o valor de mercado de seu aparelho para não fazer um mau negócio, porque o valor oferecido, mesmo por modelos recentes e em bom estado, costuma ser baixo.
Por exemplo, no site da Trocafone um Galaxy S8 de 64 GB na cor prata em bom estado vale R$ 645. Mas no Mercado Livre o preço médio desse modelo é de cerca de R$ 1.500. Nesse caso, anunciar o aparelho é mais vantajoso. Mas empresas como a Samsung às vezes oferecem um bônus, além do valor de troca, em certos modelos. Nesses casos, usado o aparelho antigo como parte do pagamento pode ser vantajoso.
Sobe ou desce?
Há algumas coisas que podem fazer o valor de revenda de um smartphone subir ou descer. Dê uma olhada nas mais importantes:
▲Sobe: Caixa e acessórios
Um smartphone “na caixa, com acessórios” vale mais do que um aparelho solto. Eu sempre guardo a embalagem de todos os eletrônicos que compro (vocês deveriam ver o armário nos fundos da minha casa), incluindo manuais, guias rápidos, saquinhos plásticos, cartões de garantia e até os “araminhos” usados para amarrar cabos e fones. Assim, se o aparelho for bem cuidado você poderá vender “como novo”.
▲Sobe: Garantia
Um aparelho na garantia é uma segurança extra para o comprador de que, se houver algum defeito, ele estará coberto e seu investimento protegido. Sempre mencione na descrição do anúncio quanto tempo de garantia resta.
É importantíssimo guardar a nota fiscal original e entregá-la ao comprador, porque sem ela muitas fabricantes se recusam a reparar um aparelho (mesmo fora da garantia). E se você estiver comprando: nunca compre um smartphone sem nota fiscal. Na melhor das hipóteses, você vai ficar sem assistência técnica se precisar. Na pior, pode acabar comprando um aparelho roubado e se meter em uma enrascada.
▲Sobe: Software atualizado
Sempre faço todas as atualizações de software possíveis antes de revender um aparelho, e faço questão de mencionar a versão do sistema na descrição. Sim, eu sei que o comprador pode fazer a atualização por conta própria, mas muita gente não sabe como fazer isso, ou sequer sabe que existe uma atualização disponível. E mencionar a versão mais recente do sistema na descrição ajuda a chamar a atenção dos compradores. O que é mais atraente “Galaxy S8 64 GB” ou “Galaxy S8 64 GB com Android 9”?
▲Sobe: Bom estado de conservação
Assim que comprar seu smartphone, coloque uma capa e película na tela. Assim, o aparelho ficará mais protegido contra danos acidentais, e na hora de revender você pode remover estes acessórios e apresentar o aparelho em ótimo estado. É um investimento pequeno, que compensa a longo prazo.
▲Sobe: Acessórios extras
Acessórios extras sempre valorizam um aparelho, especialmente os mais caros. Não vou pagar R$ 50 a mais porque você colocou no pacote uma capinha de R$ 20, mas posso pagar R$ 70 a mais por um carregador turbo. Consulte o valor dos acessórios separadamente e adicione ele ao preço do aparelho.
▼Desce: Defeitos cosméticos
Arranhões visíveis, cantos descascados, plástico trincado, tudo isso diminui o valor do aparelho. Seja honesto e liste todos os possíveis defeitinhos do aparelho, com fotos. Assim o comprador não será pego de surpresa, e você não terá de lidar com um cliente insatisfeito e um reembolso depois.
▼Desce: Tela trincada, bateria ruim, mau-contato
Não preciso nem dizer, né? Uma tela trincada ou bateria estufada tira ao menos 50% do valor de revenda do aparelho, se não mais, de acordo com o custo de reposição da peça. Eu descontaria do preço-base que você calculou lá em cima o custo da troca de tela (pesquise em uma autorizada ou oficinas na sua região), mais 15% pelo “incômodo” que o comprador terá em levar o aparelho para a oficina, esperar o reparo, etc.
A mesma coisa vale para aparelhos com uma bateria ruim (que não segura mais a carga por muito tempo) ou mal-contato na porta USB: desconte o custo médio do reparo + 15%. E nunca, jamais, em hipótese alguma mande um aparelho com bateria estufada pelos correios. Existe o risco dela entrar em combustão durante o transporte (ou nas mãos do comprador) e causar danos sérios. Nesse caso, remova a bateria antes de vender.
▼Desce: aparelho sozinho
Em minha opinião, um smartphone sozinho sem o cabo, carregador ou acessórios vale menos. Primeiro porque sem alguns acessórios (como o carregador original) você pode perder recursos como carga rápida. Segundo, porque me passa uma impressão de descuido: o vendedor não se preocupou em guardar os acessórios, quem garante que cuidou bem do smartphone?
Antes de vender
Antes de vender seu aparelho, tome alguns cuidados básicos. O primeiro é limpar bem ele. Use um pincel macio para tirar a poeira de todos os cantinhos, e um pano de algodão ou microfibra levemente umedecido em álcool isopropílico (ou uma mistura meio-a-meio de água e vinagre branco) para limpar a parte exterior. Se tiver, use um pouco de spray limpa-contatos na porta USB e conectores de fone de ouvido para remover oxidação.
Depois, faça um backup e formate seu aparelho. Um smartphone é um imenso repositório de dados pessoais, e você não quer que eles caiam nas mãos de estranhos. Algumas pessoas pensam “Ah, mas não tenho nada de importante no meu smartphone”. Tem certeza? Aposto que você tem ao menos o app do banco e uma conta de e-mail, que pode estar recheada de informações como seu nome, endereço, CPF, números de cartões de crédito (em recibos de compras online) e coisas do tipo.
Por fim, carregue a bateria do aparelho até 50% e desligue ele. Porque 50%? Porque este é o ponto onde as baterias de lítio-íon são mais estáveis, e portanto a chance de acidentes durante o transporte é menor.
E você, tem alguma dica para vender um smartphone usado? Compartilhe sua experiência nos comentários abaixo.
Lendo a matéria me lembrei de quando vendi meu Nokia 5120i pra comprar o Motorola V120t... hehehe
essa matéria foi atualizada? Tem informações de pelo menos 5 anos atrás.... mas são ótimas informações.....