Eis a prova de que os smartphones ainda não dominaram o mundo
Nós estamos bem acostumados com os smartphones. Os vemos em todos os lugares e estamos convictos de que esses dispositivos geram lucros enormes e demandas absurdas no mercado. Este ponto de vista está parcialmente certo, mas existem algumas ressalvas. Os smartphones são realmente parte da realidade das pessoas, mas estes aparelhos inteligentes ainda não dominaram o mundo. E isso está um pouco longe de acontecer.
Você já ouviu falar sobre o conceito de bolha social? Basicamente, esse termo se refere a um comportamento que surgiu com o advento das redes sociais, e consiste numa espécie de comodismo, onde nos cercamos apenas de assuntos, temas e conteúdos que são interessantes a nós mesmos. É claro que isso é uma questão mais profunda, que merece maior debate, mas pretendo falar aqui sobre nossa percepção a respeito dos smartphones.
Acompanhamos sites de tecnologias e, no meu caso, escrevo para um e, portando, leio tudo o que está relacionado sobre esse universo periodicamente. Assistimos a vídeos de tecnologia pelo YouTube, assinamos newsletters e nos cercamos daquilo que gostamos. Em nossa realidade os smartphones estão bem presentes, eles são populosos e suas especificações merecem ser debatidas e levadas a sério. Mas, a realidade pede um pouco mais de calma dentro dessa perspectiva, visto que o mercado de dispositivos móveis está passando por maus lençóis.
Uma pesquisa divulgada pela IDC mostra que, após o ápice dos smartphones no início da década, as vendas destes dispositivos segue em ritmo lento. O ano de 2017 era visto com certo otimismo pelos analistas, mas está se tornando uma espécie de '2016 S', ou '2016 S Plus', como preferir. São 1,5 bilhão de dispositivos Android ativos no mundo, que são vendidos por um preço médio de 198 dólares, de acordo com a pesquisa. África e Oriente Médio tem impulsionado o mercado, uma vez que países mais importantes estão desacelerados, como é o caso dos Estados Unidos e da China.
Em comparação com 2015, o ano de 2016 representou um aumento tímido de 2,5% nas vendas de smartphones em todo o mundo. Este ano é esperado que o crescimento seja de 3%, abaixo dos 3,5% que era previsto num primeiro momento.
Samsung e Apple puxam o mercado de smartphones
A IDC nos mostra algumas informações interessantes em sua pesquisa, como o otimismo dos usuários e do mercado com os lançamentos da Samsung e Apple para este ano. Os Galaxy S8 venderam duas vezes mais que os Galaxy S7 até o momento em comparação com o mesmo período do ano passado, comprovando a calorosa recepção do público aos novos produtos. O mesmo é esperado da Apple este ano, que marca o décimo aniversário do iPhone.
A demanda por esses produtos devem impactar no balanço global de vendas em 2017, gerando uma perspectiva mais animadora para 2018, que pode fechar, segundo analistas da IDC, com um aumento de 4%.
A pesquisa mostra também que os usuários que compraram produtos acessíveis, como intermediários e de entrada, durante 2016 e 2017, deverão investir em smartphones topos de linha em 2018, o que irá alavancar ainda mais as vendas de modelos high-ends, como iPhones e Galaxy S. Atualmente, a maioria das fabricantes estão trabalhando em melhorias e atualizações pontuais de seus modelos, como uma forma de 'espera' por essa transição de comportamento e do mercado.
Agora, lembram da bolha que comentei no início do artigo? Ela nos permite ver o oposto da realidade de forma cômoda, mas muitas vezes errada. O próprio relatório da IDC conclui sua analise indicando que sequer metade das pessoas no mundo usam smartphones. São menos de 3 bilhões de usuários ativos para um volume total de quase 7 bilhões de pessoas. Ainda tem muito espaço para inovação e crescimento, concordam?
Você já comprou um smartphone este ano ou irá esperar algum tempo até trocá-lo? Acredita que teremos mais inovação no próximo ano?
Fonte: IDC
Não domina mesmo!! kkkk
Aque estou, digitando pelo PC, vendi meus smarts, kkkkk
Qual é a próxima vítima FH? 🤔
Agora vou dar um tempo Marcelo, dei prioridade as minhas necessidades, da que uns 3 meses eu importo um Oneplus, devido ao seu baixo custo.
Para dizer que não estou sem nenhum aparelho, eu estou com um Lumia 950 XL
Tá certo FH, agora esse Lumia é bacana demais!
e um bom exemplar de lumia? pergunto isso pq minha esposa ainda sonha em voltar para o windows phone
Sim, Everton, é o mais belo WP que já usei!!
Windows 10 é top
Entre janeiro de 2015 e maio de 2017 eu comprei 8 celulares: 01 Lumia 1520, 01 LGG2, 01 LGG3, 01 LGG4, 01 Zenfone 2, 01 Zenfone Laser 6" e 02 Galaxy A9. No momento estou apenas com os 02 A9. Vendi os outros. Esse ano ainda pretendo comprar mais 1 ou 2 aparelhos.
trabalha com isso?
Não trabaho com isso. Sou corretor de imóveis. Mas ganho bem e gosto de celulares.
Belíssima matéria Bruno. Vi estes dias uma matéria francesa onde se falava do lixo tecnológico que ia parar num país pobre que não consumia e nem produzia em escala industrial. Grandes empresas globais de várias áreas da tecnologias estavam com seus lixos neste país. Um ativista local está catalogado esses lixos tecnológicos para alertar os ambientalistas e assim chegar a grande massa de pessoas, inclusive num futuro próximo entrar num processo contra essas empresas porquê o país nada produz e esse lixo só cresce a cada ano.
Enquanto muitas pessoas trocam de smartphone a cada ano e com esse consumismo desenfreado, como será nosso futuro? Pergunto isso porque á demanda anual é cada vez maior e os recursos estão cada vez mais escassos. No final de tudo isso, quem paga a conta é sempre o lado mais fraco das pessoas que estão do outro lado da corda.
Vejo programas como o do Ed Stanford e fico pensando como o ser humano chega a ser tão fútil. O nosso corpo só precisa de água e comida e muito exercício físico para sobreviver e hoje em dia se valoriza tantas futilidades. Abandonei as redes sociais a alguns anos por causa dessa futilidade e sinceramente não sei onde todo esse consumismo exagerado vai parar. Alguns filmes futuristas de fuga do nosso planeta nos dão uma ideia de onde isso vai parar: menos de 0,001% da população mundial vai poder pagar para fugir de nosso planeta e a massa, como sempre acontece, terá um futuro nebuloso. Óbvio que nossa geração não vai ver isso acontecer, mas e as próximas? Devemos pensar nas próximas gerações, devemos ter amor ao próximo.
Achei que a matéria está muito baseada em apenas uma fonte e não em um cenário mais abrangente. E usar a população global como prespectiva de crescimento não é válido, uma vez que em diversas partes do mundo (inclusive em algumas regiões no Brasil, como no interior do Maranhão), o IDH (índice de desenvolvimento humano) é baixíssimo e as pessoas morrem de sede e de fome. Qual a importância de um smartphone nesse contexto? E estamos falando de uma massa de pessoas considerável, que sequer tem acesso a saneamento básico e alimentação. Acho que teria de ser verificada a relação de venda de smartphones em relação a outros tipos de celulares para saber se eles são presença esmagadora ou não e isso não está presente nesse texto. Eu particularmente não conheço ninguém que compre outro tipo de aparelho que não seja smartphone, mas deve haver sem dúvida quem compre aparelhos mais simples. Mas achar não adianta, tem que ter dados para afirmar, ainda mais em uma matéria. Abraços
Alexandre, o número de dumbfones nas empresas é muito grande. Só no meu instituto tem 5. Pessoa física que compra celulares comuns é mais raro, mas as pessoas mais velhas preferem por terem dificuldades em lidar com aparelhos mais sofisticados.
Imagino que pessoas mais idosas os tenham, além, é claro, de quem não pode ou não quer gastar mais em um smart.
Pessoal, saiu um "prespectiva" aí por erro do corretor e não consigo mudar. Desculpe.
isso é verdade hein
Meu primeiro smartphone foi um Palm Centro, no outro ano comprei um Samsung Omnia, depois um iPhone 3GS, então parti para a linha Galaxy S até o 5, pois a diferença entre todos esses era brutal e valia a pena trocar todo ano, principalmente para mim que uso muito o smartphone no trabalho. Porém, depois que veio o Galaxy S6, percebi que a diferença não compensava. Comprei agora o S7 Edge e lançaram o S8, que para mim acabou sendo mais do mesmo, com um sensor ridículo de digital na traseira. Por isso, vou ficar com meu S7. Não vale a pena ficar correndo atrás do que estão vendendo. Se o Note 8 ou o S9 não tiverem tanta diferença para o S7, ele vai ficar comigo muito tempo.
Os smartphones ainda não dominaram o mundo, mas dominaram o cérebro de quase todo mundo. As pessoas estão perdendo o senso crítico, ficando sem opinião e passando a consumir somente o que vem pronto através de uma tela pequena que, na maioria das vezes, traz informação sem credibilidade. Não sei onde vai parar, mas o que vejo agora não é nada animador.
Verdade. Outro dia estava dando uma palestra e tinha umas pessoas no WhatsApp. Dessa vez eu não aguentei. Parei a palestra e pedi para eles guardarem o celular ou saírem da sala. Pôxa, a empresa paga a palestra, gasta para atualizar os funcionários e os caras ficam vendo vídeos no WA? Se não quer ouvir, que saia. As pessoas estão ficando descerebradas por causa dessa coisa e não estão percebendo. É uma lavagem cerebral violenta.
Hoje em dia um cel intermediário pode satisfazer qualquer pessoa.
As pessoas precisam entender que a tecnologia não pode nos escravizar, é impressionante, como tem gente que se endivida, se arrebenta todo, para comprar um iPhone, só para exibir por ai, falar que tem. Eu graças a Deus, sempre consegui tudo aquilo que eu queria, mas sem essa obsessão maluca, de querer as coisas por querer. Isso também vem da educação, bons modos, mesmo eu gostando de tecnologia, eu sei, se posso, se preciso ou não ter aquele produto. Cada um deve fazer uma reflexão, sobre as coisas. Necessidade, todos temos, mas é preciso fazer escolhas, por mais dinheiro que tenhamos, não podemos comprar o mundo, pois a felicidade não está nos objetos, está em nós.