Por que você deve comprar um smartphone unibody ao invés de um modular
Para o bem ou para o mal, 2016 foi ano em que os smartphones modulares roubaram a cena do mercado de telefonia. Com a promessa de potencializarem recursos como bateria, áudio e câmera fotográfica, os módulos chegaram com a proposta de deixar os dispositivos mais ao gosto dos usuários. Mas será que vale a pena comprarmos um modelo do gênero já de saída?
A resposta é não. Isso se compararmos com os chamados modelos unibody, ou seja, aqueles que não permitem que seus componentes sejam desconectados de alguma forma. Nessa vasta categoria, estão incluídos dispositivos das linhas Galaxy, Motos G, Xperia, entre outros.
Mas qual o motivo para segurarmos um pouco mais a nossa vontade?
Preço x Especificações
O motivo é bastante simples: dinheiro. Investir em aparelhos modulares, em um primeiro momento, não vale a pena. Isso porque se trata de uma tecnologia que encontra desempenho apenas em aparelhos top de linha que, no Brasil, custam absurdamente caros.
Vamos tomar como primeiro caso o LG G5 SE. Mesmo com uma configuração que podemos considerar como, digamos, um intermediário Premium, o aparelho chegou por aqui com preço de top de linha: R$ 3.499. Logo, se você quiser investir em módulos que potencializem a câmera do smartphone, por exemplo, vai gastar mais R$ 2.448 (R$ 649 pela LG Cam Plus e outros R$ 1.799 pela LG 360 Cam).
Ou seja, se você quiser aproveitar as características modulares do atual flagship da LG, terá de gastar R$ 5.947.
Moto Z também não sairá barato
Apresentados no Brasil na última terça-feira (20/7), o Moto Z – novo top de linha da Lenovo – e seus módulos (os Moto Snaps) não tiveram os seus preços anunciados. No entanto, por se tratar de um flagship, com configurações robustas, vamos chutar que ele sairá por R$ 3.500.
Dito isso, vamos supor que os módulos que a Lenovo trará para cá custem entre R$ 600 (a bateria extra Incipio Power Pack), R$ 800 (a caixa de som JBL SoundBoost) e R$ 1.400 (o projetor Moto Insta-ShareProjector). Ou seja, para incrementar apenas o áudio e a autonomia do dispositivo, você gastaria: R$ 3.500 do aparelho + R$ 1.400 pelos acessórios. Um total de R$ 4.900. E se quiser incluir o projetor no pacote, o valor final sobe para R$ R$ 6.300.
Sempre lembrando que esses valores são hipotéticos, já que a Lenovo não os divulgou oficialmente. Mas eles não devem estar muito longe da realidade.
Por que deveríamos optar por um smartphone unibody?
Elementar, meus caros. Alguns dispositivos unibody conseguem entregar um desempenho bastante similar – em alguns casos até melhor – cobrando menos que os modulares atuais (se incluirmos o preço dos módulos, claro). O Galaxy S7 Edge, por exemplo, tem uma senhora especificação, uma câmera que, para muitos, é a melhor do mercado, ótima bateria e configurações que conseguem rodar os jogos mobile mais pesados sem “suar”. E custa pouco mais de R$ 3.600.
E se a grana estiver “curta”, você pode optar pelo Galaxy S7, que tem performance similar e custa R$ 3.230. Ou um Galaxy S6 Edge Plus, que já está menos de R$ 3.000, bem como o S6 Edge. E isso sem falar em dispositivos como o Z5, da Sony ou até o G4 da LG, que podem valer a pena. Ou, se tiver disposição para importar, o Mi 5 da Xiaomi, o P9, da Huawei ou o OnePlus 3.
Os modulares precisam chegar aos intermediários
Não me entendam mal: eu acho que os smartphones modulares são uma ótima ideia. A estratégia de otimizar recursos dos aparelhos é bem legal e permite uma personalização maior do dispositivo, algo que sempre atraiu o público.
No entanto, de nada adianta esse conceito modular ficar atrelado a smartphones topos de linha. Isso porque se o aparelho já sai caro “de fábrica”, a disposição em investir em módulos diminui consideravelmente, até porque nenhum deles tem aquele selo “Eu preciso disso”.
Logo, o ideal é esperar que o conceito modular chegue de vez aos smartphones intermediários. Você não gastará muito no aparelho e poderá escolher os módulos que podem tornar seu dispositivo mais poderoso. E um bom sinal de que isso pode acontecer em breve é que a Lenovo já anunciou que os Moto Snaps também serão compatíveis com futuros telefones da marca.
Outra atitude mais inteligente por parte das fabricantes de smartphones modulares seria adotar uma espécie de estratégia “freemium”: ou seja, cobrar um valor mais em conta por seus dispositivos (R$ 2 mil estaria de bom tamanho), reduzindo sua margem de lucro na venda dos mesmos. No entanto, elas poderiam ganhar mais dinheiro com os módulos que integrariam o dispositivo.
Arriscado? Sem dúvida. Mas quem disse que criar um padrão de mercado seria fácil?
A ideia é excelente, mas infelizmente, em acessibilidade (financeira), o preço ainda está a 0, em uma escala de 1 a 10.
E uma boa ideia mas como se trata de uma tecnologia nova não vai inicialmente sair barato então eu também espero que os intermediários recebam essa tecnologia
No caso o Unibody seria o melhor, mas se tivesse um custo benefício melhor nesses modulares ai sim pensaria em pegar a caixa de som da JBL e a pra bateria.
O módulo de bateria será vendido nos EUA entre 30 e 40 Dólares.
Na Índia os sites especializados estão julgando que o Moto Z force (o Force mesmo) terá um valor próximo de 40 mil Rúpias, coisa de 550 Dólares, ou seja, nem menos do que sites ianques estão achando (os apostam em 800 Dólares).
Não sei porque, mas prefiro acreditar nos sites da Índia que mostram valores semelhantes aos sites chineses.
Esses assessórios modulares se tornaram uma forma de encarecer ainda mais os smartphones que já estão à preços absurdos, com funções que poderiam ser incluídas no próprio dispositivo como câmera 📹, som 🔊, e bateria 🔋 de melhor qualidade. As fabricantes estão vendendo separadamente como módulo super caros, torna-se inviável comprar o kit completo com o dispositivo ➕ todos os módulos.
Discordo parcialmente...
Se você tem um dispositivo top de linha com o plus do modular qual seria a vantagem do unibody?!
O problema é fazerem aparelhos "mais modestos" e venderem pelo mesmo preço que os "normais" com um hardware melhor só por serem modulares!
Quanto aos módulos, o ideal seria se tivesse um padrão, pelo menos, para cada linha. Com mais que um aparelho por linha e compatibilidade com aparelhos futuros.
Eles também podem ser interessantes para fidelizar os usuários!
Esses preços valem se a pessoa for comprar no loja mais cara possível né?
R$3500,00 no Moto Z? Esse preço deveria ser do Moto Z Force. O Moto Z não pode passar de 3 mil e eu espero sinceramente que venha pelo menos a R$2500,00 (o que ainda é bem puxado). Mas, por se tratar de BR melhor não me iludir muito né?
Eu acho que os smartphones modulares são um conceito bastante promissor, mais é algo que ainda tem um bom caminho para percorrer. Neste momento não pretendo comprar um, nem em breve, pois depende também muito da aceitação do público em geral e da qualidade dos componentes.
Temos que apoiar, como todo projeto, vai se amadurecendo. Para tal tecnologia chegar ao intermediários e tornarem acessível tem que passar por níveis. Como é novidade é normal ser caro, mas depois se tornará algo comum
Estou muito satisfeito com o desempenho do Moto Maxx, talvez, num futuro eu possa pensar nessa opção.
De primeira instância eu prefiro aparelho unibody pq não possui "peças soltas", nunca fui fã de 5irar capa e bateria removível para mim nunca serviu, quando chegaram as power banks ficou mais claro, agora com Turbo Charging até em intermediários está mais claro do que nunca. E sempre fui fã de gaveta com chave para microSIM e SD, o fato das gavetas dos Xperia e do meu 930 serem sem chaves me incomodam um pouco.
Concordo plenamente Rui. O conceito dos smartphones modulares é legal, mas direcionado aos topos de linha e por um preço fora da realidade para o mercado brasileiro. São poucos os que podem pagar esses preços absurdos por dispositivos desse tipo. Se podem, sorte deles, mas são muito poucos. Eu não pago mais de R$ 2.000,00 num smartphone nem que a vaca tussa! Cada um escolhe as suas prioridades na vida, mas smartphone, é só um smartphone!!! Fala sério! Estou aguardando o Zenfone 3 e confiando que virá por, no máximo, R$ 1.800,00. Se não for isso, esquece! Vou de Moto G4 Plus mesmo, por R$ 1.300,00!
É verdade os preços estão irreais! Estou com uma viagem a Nova York e vou comprar algo por lá, tenho um S6 que está com o conector quebrado e estou carregando por indução e vamos ver o que posso comprar por lá.
Também não acho que vale a pena
Acho bem bacana essa ideia dos módulos e prefiro a solução apresentada pela LENOVO ao invés da LG. Se fosse comprar, seriam a bateria extra e os alto-falantes JBL. Toda inovação chega a nós "end-users" por um preço beeem acima da média. Mas com o tempo os preços tendem a baixar e tal tecnologia, evoluir. Mesmo a empresa tendo prometido que as próximas gerações serão compatíveis com os atuais acessórios, prefiro esperar.
O conceito de módulos nos smartphones são interessantes e até mesmo práticos mas para se tornarem populares precisam ser acessíveis.
No brasil, "tecnologia" e "acessível" são palavras que cada vez menos aparecem na mesma frase.
Então aqui realmente vai ficar complicado. Lá fora, acredito que seja diferente. Só gostaria de ver esse conceito sendo bem explorado...
Eu preciso apenas de um smartphone que atenda as minhas necessidades básicas. Não sou um gamer, não preciso que ele tenha um som de um mini system ou faça fotos como uma câmera profissional. Isso eu já tenho à parte. Acho que isso é apenas para encarecer produtos que já são abusivamente caros. Quem vai andar com uma mochila cheia de módulos? Ná prática, isso até incomoda. É apenas minha humilde opinião, cada um com a sua!
Concordo. Cada um com seu uso.
Não é preciso andar com uma mochila cheia de módulos, para mim o conceito é montar o celular conforme as suas necessidades e deixa os módulos que não necessita em casa.