Proibição Huawei: EUA renova guerra dos chips, China contra-ataca
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Sem surpresa, o embargo anti-Huawei dos EUA foi renovado na útima quinta-feira, 14 de maio. Mas não apenas a proibição da Huawei foi estendida até 2021, mas também foi intensificada ao restringir as vendas de processadores à gigante chinesa, que são essenciais para seus chips Kirin. A China já está preparando seu contra-ataque.
A TSMC, gigante mundial na fabricação de processadores (que inclusive fabrica os chips para o iPhone da Apple), acaba de anunciar o fim de todos os pedidos futuros em nome da Huawei. Uma decisão tomada para cumprir outra proibição por parte do governo dos EUA.
De acordo com essa medida, os fabricantes de tecnologias estrangeiras (como a TSMC com sede em Taiwan), mas que utilizam equipamento, hardware ou software americano, estão proibidos de fazer negócios com a Huawei, a menos que obtenham uma licença de Washington. O objetivo é cortar o fornecimento de processadores para Huawei, um componente essencial na fabricação de seus chips Kirin.
China contra-ataca
Em meio a essa décima terceira explosão em uma longa guerra comercial, a China já está preparando sua resposta. Segundo a Reuters, citando o tablóide chinês Global Times, que é bem próximo ao poder, Pequim supostamente está prestes a criar sua própria "lista de entidades não confiáveis".
Assim como os Estados Unidos, a China poderia registrar empresas americanas lá e iniciar investigações ou impor restrições a elas. Segundo o Global Times, o governo planeja atingir empresas como Apple, Boeing e Qualcomm.
Não precisamos dizer que a China é um mercado chave para fabricantes como a Apple e a Qualcomm. É claro que a Apple está longe de ser tão dominante quanto a Huawei em termos de participação de mercado, mas 14,8% da receita total da empresa Cupertino são gerados nesse mercado chinês, por exemplo. A maioria de suas fábricas também está localizada lá.
As vendas globais de smartphones caíram 17% no primeiro trimestre de 2020 em comparação ao mesmo período de 2019. Infelizmente essa série de medidas e contramedidas podem enfraquecer o já febril mercado de smartphones.
Fonte: Global Times
Essa briga acaba refletindo mesmo e infelizmente por causa do egocentrismo americano, o consumidor acaba pagando o pato. Trump, precisa ser flexível, adotar medidas menos protecionistas, Obama, nesse ponto era muito melhor, pois não havia intervenção.
Quem acaba perdendo é o consumidor devido aumento de preços dos componentes