A Nokia está de volta ao Brasil, mas não do jeito que você queria
Demorou, mas a Nokia resolveu voltar para terras tupiniquins. Os fãs da marca terão a oportunidade de comprar novamente produtos que carregam seu logo icônico e, além disso, experimentar a experiência com Android proposto em seus telefones, com sistema pouco modificado e promessa de atualizações rápidas (já vimos isso no passado com a Motorola).
Assim como a primeira vez que a Xiaomi pisou no Brasil, em 2015, a Nokia resolveu apostar em um produto de entrada para inaugurar seu portfólio que será conduzido pela Multilaser. Era o que todos queríamos? Acredito que não. Mas isso deve mudar em futuro próximo.
Em 2015, a Xiaomi trouxe ao país o Redmi 2, aparelho semelhante ao de estreia da Nokia este ano, o Nokia 2.3. Ambos contam com defasados 2 GB de RAM para os dias de hoje e proposta de oferecer câmeras que sirvam adequadamente o consumidor de entrada.
O lado bom disso seria saber que o Nokia 2.3 pode ser um telefone com excelente custo/benefício que, a meu ver, nessas configurações, deveria custar no máximo R$ 400, deixando despercebida a estratégia absurda da Samsung que lançou há poucos dias o Galaxy A01, com essa mesma quantidade de RAM por incríveis R$ 1.099.
Sim, estreias que envolvem produtos de entrada não são animadoras em um primeiro momento, sobretudo se considerarmos que a Multilaser, principal parceira nessa empreitada, não é lá uma empresa que tem uma opinião muito positiva na boca dos usuários. Contudo, se voltarmos os olhos para a reestreia da Xiaomi em 2019, em parceria com a DL, podemos olhar para o Nokia 2.3 como um abre-alas para algo melhor que virá em um futuro mais próximo.
A Nokia vende smartphones com tecnologias de ponta e especificações que agradam todos os perfis e bolsos, isso sem falar das famosas lentes Carl Zeiss que fazem qualquer geek saudosista ficar com olhos lacrimejados.
Há um ditado que, apesar de antigo, continua super atual e válido: a esperança é a última que morre. Em anos distantes, a Motorola foi o divisor de águas de um mercado arcaico, que já teve seus dias de glória na mão de outras marcas que foram tão ousadas quanto, como a Asus e a Quantum, por exemplo. Apesar do retorno da Nokia não vir embalado pelo glamour de seus tempos áureos, ficamos na esperança de que o 2.3 seja só a parte mais rasa do que vem por aí.
Nokia 2.3: ficha técnica
- Tela: LCD de 6,2" HD+ (720 x 1.520 pixels) com aproveitamento frontal de 80,7%
- Processador: MediaTek MT6761, quad-core de 2,0
- RAM: 2 GB
- Armazenamento: 32 GB com suporte para cartão microSD de até 512 GB
- Bateria: 4.000 mAh
- Câmera traseira dupla:
- principal: 13 megapixels (f/2,2)
- profundidade: 2 megapixels
- Câmera frontal: 5 megapixels (f/2,4)
- Sistema operacional: Android 9 Pie
- Extras: reconhecimento facial
O que você achou deste retorno? Conta aí.
Para Nokia não há nada novo, quando veio pela primeira vez ao país era com uma Joint Venture com a Gradiente (NGI Industrial ltda). É um movimento muito mais certeiro, já que corta custos através de sobreposições ainda mais em épocas de recessão... A Nokia ganha em retornar ao país e reativar a marca, a HMD ganha capilaridade sem investimento massivo, e a Multilaser ganha em diluição de custos de transporte, armazenagem/fabricação e obviamente aumento de receita bruta..
Não pra ter saído do Brasil, seja bem vindo novamente melhor marca de celular do mundo! 😎😎😎
O retorno da Nokia ao brasil é excelente, mas as specs desta nokia2.3 são terríveis.
Já não acho terrível. Precisa se adequar a um preço justo. O lançamento deve sair por uns 600 reais e depois diminuir. Este celular na faixa dos 450 reais se torna atrativo.
Acho que a Nokia vai voltar com tudo! Questão de tempo para voltar a ser o que era!
Eu tenho o Nokia 6.1 plus, aparelho é excelente (para aparelho de configuração intermediária), rodando o Android 10, 6gb de ram e 64gb de rom
Tudo vai depender do preço...
Verdade seja dita, tanto a Xiaomi escolheu a DL como bucha de canhão, como a Nokia escolheu a Multilaser. O esquema é o seguinte, isso chama-se terceirizar a venda de suas marcas. Tanto a DL quanto a Multilaser vão bancar toda carga tributária, distribuição e assistência técnica (o famoso custo Brasil), já a Xiaomi e a Nokia vão receber o valor dos aparelhos limpinhos e sem despesas. Olha como eles são espertos, e arrumaram um jeito de vender seus produtos, e não terem nenhum gasto ! Lógico que todos aqueles que decidirem adquirir um aparelho pelo "pseudo mercado oficial" vão bancar todos os custos dessa operação. Ou seja o valor cobrado ficará inviável !
O miserável é até bonito! Mas as especificações... :(
Convenhamos que entre a DL e a Multilaser... Nem sei qual escolher kkkk
Trabalho com celulares e pelo menos o atendimento da DL é muito bom, já a Multilaser até que mudou bastante depois da nova identidade visual, não quer dizer que melhorou, mas vamos apostar nossas fichas e quem saber a Nokia aposta no nosso mercado com aparelhos bons e sem o preço estelar os Xiaomi aplicados pela DL.
Lembrando que os aparelhos com a marca Nokia são do programa Android One em sua maioria, e a HMD, diferente da Motorola e da Xiaomi, leva muito a sério esse programa, o que certamente é um detalhe que pode favorecê-la por aqui, já que há um público que realmente preza por esse serviço, que ultimamente anda sendo desprezado ou tratado com pouco cuidado pelas empresas que já estão aqui.
E mesmo se ela vier a trabalhar com o Nokia C1 ou Nokia C2 (o que é bem provável) - ambos do programa Android Go, considerando o excelente suporte que a HMD vem dedicando ao Nokia 1 (também deste programa), o público brasileiro certamente terá boas opções para os segmentos de entrada e intermediários.