NFC: a carteira digital que foi sem nunca ter sido
A tecnologia de transmissão de dados sempre ameaça estourar em terras brasileiras. Mas sempre fica no “quase”...
Pense rápido, meu caro leitor: quantas vezes você utilizou o NFC – desde que seu smartphone seja compatível com a tecnologia, claro – na sua vida em 2015, seja para pagar alguma coisa ou trocar dados com outra pessoa?
Para quem acompanha futebol, podemos dizer que o NFC é como o meia são-paulino Paulo Henrique Ganso: uma eterna promessa que nunca estoura. Assim como o jogador, essa tecnologia até mostra lampejos de “agora vai”, na forma de serviço lançados por uma ou outra empresa, para logo depois sumir do mapa mais uma vez.
Quando o NFC – Near Field Communications – surgiu (na primeira metade da década passada), ele era considerado a tecnologia que permitiria ao smartphone substituir a carteira na hora de pagar contas e acessar serviços. Ou seja, dinheiro e cartões seriam considerados coisas pré-históricas em pouco tempo. Bastava aproximar o telefone de uma prosaica maquininha e, voilá: o pagamento estava feito.
No Brasil, mais precisamente em São Paulo, usuários já conseguem até mesmo usar o transporte público com um telefone que tenha o NFC. Mas, o que seria uma iniciativa super legal para popularizá-la mais uma vez ficou fechada nela mesma.
Mas quais seriam as causas para o NFC não deslanchar no Brasil? Smartphones compatíveis? Pela última lista de aparelhos divulgados pela NFC World, nosso país tem 77 modelos compatíveis com o NFC – a lista é de 2012, então vamos considerar que pelos menos uns 15 estão fora de linha. Então temos 62 modelos de diversas faixas de preço. Uma quantidade considerável de aparelhos, não? Talvez o bastante para popularizar a tecnologia.
As empresas também não se esforçam muito em adotar o NFC. Com algumas exceções louváveis – como a do já citado Bilhete Único em São Paulo – vemos poucas ações comerciais utilizando a tecnologia. Uma iniciativa de um banco ali, outra de alguma secretaria de Turismo aqui, uma meia dúzia de restaurantes acolá. E mais nada!
Para completar o cenário, não existe um protocolo único de NFC que possa ser adotado por todos. A rede Ponto Certo - que desenvolveu o sistema de recarga do Bilhete Único em São Paulo - por exemplo, já avisou que telefones equipados com chips NFC da Broadcom não são compatíveis com sua plataforma de recarga. Convenhamos: que usuário checa a marca do chip NFC na hora de comprar um smartphone?
Resumo da história: falta diálogo entre todas as partes envolvidas, falta interesse por parte de estabelecimentos, bancos e governos e falta uma ação que promova de forma maciça as vantagens do NFC. Pelo jeito, nossa carteira de couro ainda vai ficar um bom tempo no bolso da nossa calça.
E aí, qual é a sua opinião sobre o NFC?
Eu uso para comunicar com impressora.
Pra varia a mídia ainda considera NFC como produto e não como meio de prover comunicação.
NFC é um "meio de comunicação" entre diapositivos.
Carteiras digitais existem de várias maneiras o que muda é como consumidor faz o repasse (pagamento ao fornecedor.
NFC soma a uma possibilidade mas não é necessário, mas na sua praticidade poderia ser utilizado.
Um exemplo, existe uma carteira digital que é baseada num app, Pic Pay, então eu faço a compra e na hora de pagar apenas entro no programa e miro no código 2D (não é de barras, ok, mídia?!) que existe no estabelecimento e informo o valor, mas posso escolher apenas o estabelecimento sem ler.
Poderia ser gerado um código dinamicamente já com o valor (uma idéia de melhoria), mas agora me diga, pra que o NFC nessa situação, mudaria apenas chegar o aparelho próximo.
Vejo como uma tecnologia subutilizada, e não é culpa dos usuários! É apenas um "algo a mais" no menu do aparelho, infelizmente. A única vez que usei foi para "estrondar" um home theater dentro das Lojas Americanas. E só.
Eu acho que o NFC é uma ferramenta muito útil mas, como foi abordado pelo artigo, não tem atenção suficiente pelas empresas que poderiam se utilizar de serviços baseados na tecnologia. Fazendo um paralelo, o leitor de impressões digitais também não foi muito valorizado quando lançado no Motorola Atrix lá em 2011. Hoje em dia, graças a implementação da tecnologia no Iphone, outros aparelhos acabaram incluindo o recurso, o que popularizou seu uso. Talvez o uso do NFC para pagamentos ganhe mais força pela presença nos Iphones e faça com que as empresas levem mais em conta isso para acelerar a disponibilização de serviços relacionados.
A rede ponto certo falha e muito na própria proposta. Vejamos, aparelhos antigos conseguem utilizar o aplicativo, mas até mesmo aparelhos populares que possuem o NFC conseguem, quem dirá os novos. Se fixar em apenas uma categoria de NFC é cavar a própria cova, tanto que pode verificar a avaliação do app na Google Play, apenas reclamações.
Se as máquinas de cartão aceitassem NFC normalmente em qualquer estabelecimento eu não teria problemas em usar o tempo todo.
A maioria das máquinas de cartão já estão preparadas para o NFC, pode conferir (é só ver um símbolo parecido com Wi-Fi na máquina). O problema é que a Cielo ou outras operadoras não dão nenhum destaque para isso e são poucos os bancos que oferecem essa facilidade do lado do comprador. Eu uso pelo Banco do Brasil, já paguei várias vezes com o celular usando NFC, mas a maior dificuldade pra usar é que os lojistas nunca ouviram falar nisso, então não sabem como acionar a leitura NFC nas máquinas. Nas máquinas da Cielo é só apertar a opção 2 antes de qualquer coisa.
Pois é, o problema começa por ae... Se as máquinas de cartão, disponibilizar o serviço, todos passariam a usar, e nisto entra aquela simplória frase "é um pequeno passo para o homem, mas um enorme para a humanidade (resumida)" pq apenas precisamos de um pequeno incentivo para todos usarem... Maaas aqui no Brasil parece que o "sistema" quer nos lesar...
Hahahah
NFC... tem muita gente que tem no celular e nem faz ideia pra que serve.....
"que usuário checa a marca do chip NFC na hora de comprar um smartphone?"
A quem interessar, isso pode se tornar um hábito, assim como quem escolhe um bom aparelho verificando suas configurações, sem falar que isso seria apenas no começo, assim como toda e qualquer inclusão de uma nova tecnologia.
Mas a escolha do aparelho "X" com o chip "Y" não garantirá que as empresas vão continuar dando assistência as tecnologias escolhidas. Como o artigo falou é necessário uma ação conjunta e, claro, muito mais interesse do que o demonstrado até agora pra essa tecnologia deslanchar de vez.
Concordo Spike...
rayllefher boa dica
Nunca nem sequer utilizei o NFC, mas há quem use. Todavia.... Não deixa de ser uma ótima tecnologia
Já é o 5º celular que tenho com NFC e sinceramente, nunca utilizei, mas não deixa de ser uma tecnologia promissora, desde que regulamentem as regras e normas sobre o serviço.
Falta realmente um padrão e um entendimento na hora de por na prática, acho que falta 'paternidade' de um Google ou uma e ande fabricante para puxar o carro e fazer acontecer.
Ah o fato de ser Google não é garantia de sucesso. rsrs que diga o Google Glass....
eu acho legal essa tecnologia e era bem útil pra carregar o bilhete único quando eu tinha o Galaxy S3... agora q eu tenho o S4 Atualizado nem uso mais... pq nem funciona direito....
Queria muito que funcionasse com o Bilhete Único no Rio de Janeiro e também para pagamentos de compras. Cartões com o tempo começam dar erro de leitura e cia, e isso sempre acontece quando você mais precisa dele, as vezes você até tem outro, porém precisava comprar naquele por causa de sua organização, com o celular fazendo pagamentos você poderia usar aquele mesmo cartão via NFC.
Não é algo para a pessoa ficar 100% dependente, e sim um complemento dos cartões.
Eu uso pelo Banco do Brasil, já paguei várias vezes com o celular usando NFC, mas a maior dificuldade pra usar é que os lojistas nunca ouviram falar nisso, então não sabem como acionar a leitura NFC nas máquinas. Nas máquinas da Cielo é só apertar a opção 2 antes de qualquer coisa.