A HMD trouxe a Nokia de volta em toda sua glória?

Retorno decepcionante

Nós esperamos ansiosamente durante tanto tempo pelo retorno triunfante da Nokia. É claro que não é mais a mesma Nokia de antes, uma vez que quem assume à frente do projeto é a HMD. Felizmente, tivemos a oportunidade de testar três lançamentos da empresa aqui na redação: o Nokia 3, o Nokia 5 e o Nokia 6. Nem todos os reviews foram publicados até o momento, mas a impressão que tivemos sobre todos os aparelhos foi a mesma: existe potencial nos dispositivos, mas eles decepcionam de certa forma.

Talvez, a HMD não esteja disposta a mostrar todo seu potencial através desses dispositivos. O sentimento de nostalgia falou mais alto e, provavelmente, colocamos nossas expectativas lá no alto. A HMD também está apostando na nostalgia e nos tempos de glamour da Nokia, visto que, aparentemente, a empresa não está se esforçando para entregar algo realmente inovador e que se destaque da concorrência. Os aparelhos contam um custo/benefício ótimo, mas por se tratar de um Nokia, a impressão que fica é de decepção.

A experiência do usuário deve ser a melhor

A HMD tem como base um conceito bem importante: o sistema deve ser o mais atual possível. O Nokia 3 receberá o Android 7.1.1 em breve, enquanto outros da empresa já rodam com essa versão. É uma façanha quando comparamos com outras opções nessa mesma faixa de preço. É frustrante quando vemos smartphones novos desatualizados, mas essa é a realidade do Android. Neste sentido, a HMD está fazendo um ótimo trabalho. Em outros pontos, porem, deixa a desejar.

Não devemos esperar o máximo desempenho de um produto de entrada ou intermediário, visto que tudo o que estes precisam é entregar um desempenho agradável. Os dispositivos da Nokia, contudo, oferecem uma experiência de uso bastante mediana, tendo como vista o preço cobrado. Não faz sentido ter um projeto com bem sucedido e bem acabado quando o hardware é médio e a bateria não dura muito.

A HMD deve entregar uma experiência superior com o Nokia 8, mais fluida e compatível com um dispositivo high-end. Gostaríamos que todos os aspectos do dispositivo fossem bons, como o áudio, a performance a câmera e entre outros.

Precisa de características especiais

Quando se trata de recursos para seus clientes, muitos fabricantes acabam fazendo escolhas erradas. Empresas como a Samsung e a LG optaram por oferecer inovações através das telas de seus dispositivos, enquanto a Motorola adotou os acessórios modulares. A HMD resolveu não se arriscar nesse campo e essa escolha pode ser um pouco infeliz, visto que outros dispositivos na mesma faixa de preços podem ofuscar os modelos Nokia, como o Moto G5 Plus. A escolha sempre é do fabricante, e o usuário tem o direito de achar que está ganhando ou perdendo com recursos extras.

Nesse sentido, me pergunto: qual aparelho será o concorrente que o Nokia 8 irá enfrentar?  Galaxy S8, LG G6 ou outros líderes do mercado atual? Será que a NOkia vai seguir uma estratégia mais agressiva e colocar o dispositivo contra o OnePlus 5? A resposta da HMD para tudo isso é uma incógnita.

O modelo deve vir com o conjunto básico de todo high-end deste ano: processador Snapdragon 835, câmera dupla e assim por diante. Mas se a HMD quiser competir com os demais aparelhos do mercado, ela deverá equipar o modelo com o mínimo de recursos e hardware necessários, além do preço, que deve satisfazer os usuários. 

Acredito que só futuro a HMD irá surpreender ainda mais os usuários em relação aos seus modelos básicos e high-ends. Quais características você espera do Nokia 8? Acredita que ele chegará ao país?