Você conhece a historia do Android? Confira aqui toda sua trajetória
E pensar que, no próximo dia 24 de setembro, comemoraremos 10 anos do primeiro celular Android. Claro, no mundo tecnológico este é um período longo, mas além das melhorias exponenciais das características de hardware como a memória RAM e a CPU, que poderiam ser previsíveis, o Android revolucionou totalmente o conceito de telefone. Hoje, descobriremos juntos como ele se tornou o sistema operacional mais difundido no mundo.
Não digo que o Android tenha criado o primeiro smartphone. Talvez os BlackBerry possam ter esse título, devido à sua inovadora característica (no ano 2000) de ler emails, consultar os anexos e navegar pela internet. Naquela época, porém, cada celular dispunha de um sistema operacional próprio, fechado e avesso a evoluções.
Evolução: esse foi o diferencial trazido por Andy Rubin, que em 2003 fundou, junto a outros grandes nomes, a Android Inc., uma sociedade para o desenvolvimento daquilo que ele próprio definiu como "dispositivos mais conscientes da posição e das preferências de seu proprietário".
Rubin e a sua startup puderam oferecer uma nova tipologia de sistema operacional móvel: Open Source (baseado no Kernel Linux), com uma interface simples, funcional e integrada a uma série de instrumentos, pensada para facilitar a vida dos outros desenvolvedores, mas sobretudo um sistema gratuito para todos que quisessem utilizá-lo.
Foi exatamente este último aspecto que convenceu Larry Page, fundador do Google, a aventurar-se nesse novo terreno, consciente de poder diversificar as estratégias da empresa, até então centradas sobretudo nos serviços de busca.
Em 2005 o Google comprou a Android Inc., e assim nasceu a Google Mobile Division. O mundo observou com ceticismo e curiosidade este acontecimento, que agora podemos definir como histórico. Como o Google poderia entrar em um mercado já bem consolidado nas mãos da Microsoft, com o seu Windows Mobile, e sobretudo dominado pela Apple e seu iPhone?
Dois anos depois, o Google dá novamente o que falar com uma incrível estratégia, oferecendo 10 milhões de dólares aos desenvolvedores que realizassem os melhores apps para Android partindo da primeira versão pública do Android SDK.
É neste ponto que se tornam claras as intenções do Google, que não quer realizar um “gPhone”, mas um dispositivo com um sistema flexível e adaptável, ideia muito distante daquela da Apple. Um ecossistema de software independente (o máximo possível) do hardware e aberto ao mundo dos desenvolvedores, sempre em conformidade com as intenções de Rubin.
Finalmente, em setembro de 2008, a enorme operadora americana T-Mobile anuncia o T-Mobile G1, o primeiro smartphone baseado no Android. Depois de mais ou menos um mês, o Google publica o código-fonte do Android 1.0 sob a licença Apache. Ele, portanto, se torna disponível a todos, e graças a esse fato podemos hoje flashear uma ROM customizada em nossos dispositivos Android.
O resto da história é mais conhecida, portanto não vou entediar ninguém com mais datas e acontecimentos. Minha intenção, em vez disso, é repercorrer a história das atualizações do Android. Cada nova versão representa um passo evolutivo substancial do que é hoje um dos pontos de referência para o mercado dos smartphones.
Caso ainda não saibam, cada versão ganha o nome de um doce, e a primeira letra desse nome deve seguir a ordem alfabética.
Android 1.5 – Cupcake (30 de abril de 2009)
- Melhoria da câmera;
- Aumento da velocidade de localização do GPS;
- Teclado virtual;
- Carregamento automático dos vídeos no YouTube e Picasa.
Android 1.6 – Donut (15 de setembro de 2009)
- Box de busca veloz e busca por voz;
- Indicador do uso da bateria;
- Reagrupamento da câmera e da galeria, além de novos modos de foto;
- Função text-to-speech multilíngue.
Android 2.0 – Eclair (26 de outubro de 2009)
- Contas múltiplas per email e sincronização dos contatos;
- Suporte a Bluetooth 2.1;
- Nova interface de usuário do browser e suporte para HTML5;
- Novas funções para o calendário.
Android 2.2 – Froyo (20 de maio de 2010)
- Suporte para criar hotspots (compartilhamento de conexão via WiFi);
- Adobe Flash 10.1;
- Teclado multilíngue;
- Integração de um “widget guia” que ajuda a conhecer as funções do Android.
Android 2.3 – Gingerbread (6 de dezembro de 2010)
- Interface reformulada para maior simplicidade e velocidade;
- Novo teclado para digitação rápida;
- Seleção de texto e funções copia/cola;
- Integração de chamadas pela internet.
Android 3.0 – Honeycomb (23 de fevereiro de 2011)
- Versão para tablet, interface otimizada para telas maiores;
- Melhoria do multitasking, do gerenciamento das notificações, da personalização da homescreen e dos widgets;
- Acrescentado o tethering através do Bluetooth;
- Suporte integrado para transferir facilmente arquivos multimídia para o PC.
Android 4.0 – Ice Cream Sandwich (19 de outubro de 2011)
- Nova fonte (Roboto);
- Possibilidade de desbloqueio com o sorriso;
- Acrescentada funções como gerenciamento dos cartões, dos favoritos e da captura de tela;
- Acrescentado o swipe para esconder notificações, fechar páginas da web, etc;
- Suporte a Wi-Fi Direct, Bluetooth HDP e Android Beam.
Android 4.1 – Jelly Bean (27 de junho de 2012)
- Mais veloz, mais fluido e mais reativo aos inputs;
- Widgets redimensionáveis;
- Google Now, ditado vocal offline;
- Melhorado o Android Beam;
- Melhorias nas atualizações de apps.
Android 4.4 – KitKat (31 de outubro de 2013)
- Suporte para Bluetooth MAP;
- Novo framework para as transições na interface de usuário;
- Suporte para a impressão sem fio;
- Otimização da memória e da touchscreen para um multitasking mais veloz.
Android 5.0 – Lollipop (25 de junho de 2014)
- Suporte para processadores de 64 bits;
- Introdução do Material Design (nova diretriz de design do Android);
- Substituição da máquina virtual Dalvik por ART;
- Notificações na tela de bloqueio;
- Introdução de recurso multiusuário para smartphones;
- Modo de economia de bateria.
Android 6.0 - Marshmallow (29 de setembro de 2015)
- Atalho para câmera no botão de energia;
- Não perturbe "até o próximo alarme";
- Novos emojis;
- Otimização da gaveta de apps;
- Acesso ao Google Now a partir da tela de bloqueio;
- Now on Tap;
- Personalização das Configurações rápidas;
- Controle de permissões de aplicativos;
- Melhor gerenciamento de energia - Doze Mode;
- Gerenciador de RAM.
Android 7.0 - Nougat (22 de agosto de 2016)
- Encriptação nativa;
- Fim da tela de otimização de apps;
- Novos emojis;
- Gráficos e tempo de execução;
- Controlar o nível de importância das notificações manualmente;
- Modo de Realidade Virtual;
- Capacidade de alterar o tamanho da interface e da fonte;
- Smartphones encriptados funcionarão mesmo após reiniciar inesperadamente;
- Integração do "Mono Play” para os deficientes auditivos;
- Responder mensagens pela barra de notificações;
- Menu hambúrguer entre as configurações do sistema.
Android 8.0 - Oreo (21 de Agosto de 2017)
- Mudanças na UI;
- Canais de Notificação;
- Novos Emojis;
- Ícones Adaptativos;
- Wi-Fi Aware;
- Audio API para Pro Audio;
- Efeitos e transições de áudio;
- Project Treble;
- Google Play Protect;
- Otimizações de performance da bateria;
- Play Console;
- Picture-in-picture;
- Seleção inteligente de texto.
Android 9.0 - Pie (6 de Agosto de 2018)
- Mudanças na interface;
- Suporte ao notch;
- Notificações melhoradas;
- Multi-câmera;
- Novos emojis;
- App Actions;
- Bateria adaptativa;
- Slices;
- Permissões mais diversificadas;
- Google Lens;
- Brilho adaptativo;
- Dashboard;
- Gestos;
- Wind Down;
- Não perturbe;
- Bloqueio da câmera em segundo plano;
- Atualizações de aplicativos;
- JobScheduler;
- GPS mais preciso;
- Tema escuro;
- HDR VP9 Profile 2;
- ImageDecor.
Que o Android fica melhor a cada nova versão lançada, isso é evidente. Entretanto, há quem ainda prefira outras versões anteriores do SO do Google. Independentemente de qual a versão favorita para cada um, a verdade é que o Android veio para ficar como sistema operacional para plataforma móvel.
Você já conhecia a história do Android? Qual a melhor versão do Android na sua opinião?
Estreei no FroYo! E apesar de estar surfando na Oxygen (8) hoje, as versões que me marcaram foram Gingerbread e KitKat. ♥️
Ps: odeio, sempre odiei e pra sempre vou odiar o Material Design. 😭
Se for pensar, quanto as versões do Android, dá até para tentar fazer uma analogia com o Windows:
► O Android 0.5 "lembra" o Windows 3.x, que era arcaico em diversos aspectos, mas criou a base para que as versões superiores pudessem evoluir;
► O Android 0.9 "lembra" o Windows 95, porque a estrutura que perdurou até o Android 2.3.7 (embora seja possível afirmar que ainda há resquícios nas versões atuais) veio dele;
► O Android 1.x lembra o Windows 98, já que foi aprimorando o que a versão 0.9 apresentou;
► (Pode ser meio exagerado, mas) o Android 2.0 lembra o Windows ME, não pelos seus problemas, mas porque foi uma ruptura entre a versão 1.x e as versões seguintes (vale destacar que só 1 aparelho veio com essa versão: O Motorola Droid - aqui conhecido por Millestone);
► Os Androids 2.1 e 2.2 lembram o Windows 2000;
► O Android 2.3 lembra o Windows XP por vários aspectos:
1) Manteve o que tinha de bom das versões anteriores, mas conseguiu melhorar bastante a experiência de uso;
2) A Google insistiu bastante nele, já que teve 7 sub-versões, já que nenhuma outra versão chegou a tanto;
3) O povo demorou a "largar o osso" . Passou-se tantos anos depois de seu lançamento e ainda tem gente usando essa versão (o fato de muitos aparelhos da Samsung, Motorola e LG terem sido o pontapé inicial de muita gente no SO da Google e vários deles ainda terem feito bastante sucesso colaborou para essa situação), mesmo que os Google Apps já tenham tido o suporte encerrado (embora boa parte deles ainda funciona, mesmo que de forma precária), bem como o de diversos outros aplicativos.
►O Android 3.x é tipo o que foi o Windows Vista, tanto pela rejeição, quanto pela importância que teve para o surgimento da próxima versão;
►O Android 4.x é meio o Windows 7, já que aperfeiçoou a versão 3.x e ainda proporcionou uma identidade e experiência próprias, que se mostrou bem positivo para o ambiente em si;
► O Android 5.x lembra mais ou menos o Windows 8, já que tentou propôr uma nova experiência, mas acabou sendo bem problemática e controversa;
► Os Android 6.x e 7.x lembram mais ou menos o Windows 8.1 (e os seus updates incrementais), pois tentou estabilizar o que de melhor teve na versão anterior, mas ainda procurou incrementar algumas funcionalidades.
► Do Android 8.x em diante, é meio que o Windows 10 (e as suas diversas atualizações minoritárias), pois mantém todo um ambiente conseguido nas versões anteriores, e ainda procura propor algumas boas novidades (relevantes ou não), mesmo que pontuais, seja no design, seja nas funcionalidades (aprimoramento das existentes ou criação de novas).
Já usei as versões do Android 2.3/4.0/4.1/4.2/4.3/4.4/5.0/5.1/6.0
A melhor de todas foi a Kit Ket!!
KitKat foi a mais revolucionária, sem dúvidas
Não existe exatamente um consenso quanto a isso.
Alguns vão dizer que foi o Ice Cream Sandwich (o que particularmente acredito que faça mais sentido, por ter rompido com a experiência de uso do Gingerbread, que ainda tinha muito resquício da versão 0.9).
Outros vão dizer que foi o Lollipop (pelas mudanças visuais e tudo mais, onde muito ainda persiste nas versões atuais).
Eu particularmente discordo de você, porque o KitKat ainda tinha muito do Ice Cream Sandwich nele, com basicamente algumas mudanças herdadas ou não do Jelly Bean, e melhorias de estabilidade (este, sim, que acabou fazendo sucesso).
E o que ajudou o KitKat foi o mesmo que ajudou o Gingerbread: a boa adoção por parte das OEMs, seja atualizando um aparelho antigo, ou lançando um aparelho novo com ela.
faltou colocar no tópico do Nougat o recurso da tela dividida
quando comecei no mundo Android primeira versão que usei foi a 2. 1 eclair..... a partir daí usei todas as versões do Android contando também com a honeycomb
Eu que não conhecia a história do Android, amei a matéria! Parabéns ao editor.
Venho do KitKat para cá, mas não sei se meu aparelho vai receber mais atualização.
Qual teu aparelho?
kit Kat 😍😍😍😍, pra mim a melhor versão já produzida pelo Google.
MotoMaxx. 😊
Comprei novo, em janeiro de 2015.
Está agora no Marshmallow.
Belo aparelho, top até hoje.
Adorei a matéria, bem informativo, eu sendo curioso consegui matar bastante, sou bem novo e não tive todas as versões mas acho muito legal essa evolução, importantíssimo para todos nós hoje em dia...
que matéria show, só não tive a primeira versão mas da segunda pra frente eu tive todas as versões do android e é muito legal ter participado dessa evolução!
Aqui no Brasil, praticamente o Android começou na versão 1.5, mesmo (com o HTC Magic, embora o primeiro aparelho lançado aqui foi o Samsung Galaxy - GT-I7500, em Setembro de 2009, já com o Android 1.6 Donut).
A versão 1.0 foi exclusiva do HTC Dream, aparelho não lançado no Brasil (e que ainda recebeu a versão 1.1).
Espero que para o futuro, o Android melhore alguns itens como uma interface mais padronizada com mais funções, tenha atualizações por pelo menos 3 anos e continue sendo um sistema atrativo, mas organizado. Chega de comprar um aparelho, esperar por uma atualização como a versão 7 ou 8, que muitas pessoas não tem e a 9 já lançado. Acho isso péssimo para o usuário, que deveria ser mais respeitado, afinal, paga-se um valor considerável para ter um aparelho Android, sendo que esses por menores devem ser resolvidos de uma vez por todas.
Gosto do sistema, mas por causa desses problemas e de opções no mercado no mundo Android, decidi que meu próximo aparelho, depois de longos 7 anos no sistema, será um Apple, não por gostar da referida maçã, longe disso, mas não sou obrigado a comprar aparelhos gigantes sem grandes novidades. É preciso ter opções nesse mercado e só a Apple tem, no caso o iPhone SE, o qual irei comprar em breve, atende aos meus requisitos, esse foi um dos motivos também de não comprar mais nenhum Samsung, a mesmice de sempre, sem trazer nenhum benefício ao seu cliente.
Fica a menção a Sony pelo Xperia XZ2 Compact mas o preço na casa dos R$3.000,00, embora eu possa pagar, mas minha lucidez não permite fazer esse desaforo todo. Já cansei de enviar feedbacks as empresas, mas, elas não pensam no consumidor, ou você se adapta a esse mercado ou muda de marca ou de sistema. Não irei abandonar o Android, pois tenho um J1 Mini, o qual me serve para o uso simples no dia dia, mas peca na ausência de potência e 4G, que sinto falta. No mais, torço, para que o Google olhe mais o que o usuário deseja, pois nada é perfeito, inexiste empresa perfeita, sempre comento isso, mas temos que olhar o que nos atende. Nunca pensei em comprar um iPhone, como também tive o Lumia 730 e foi um excelente aparelho, mas pecava nos aplicativos, enfim, uma escolha mais sensata é o ideal.
Também adoro o Android, mas as empresas não pensam em todo o seguimento de consumidores! Por exemplo, não gosto de aparelho grande e é basicamente a única opção que se encontra no mercado. Você não tem para onde correr.
Tive o iPhone 4 a qual gostei muito no geral, exceto duração de bateria (que com pouco mais de 1 ano de uso começou a decair demais) e a conexão bluetooh (que só fui descobrir tempos depois que só serve de iOS para iOS - não sei se isso mudou nos aparelhos mais recentes).
Estou muito reticente em ter que trocar meu atual aparelho por outro que seja grande demais e fico assim na dúvida. Outro iPhone? Talvez. Sinceramente não é minha vontade, mas ... está difícil !!
Interessante que todos os 170 comentários postados antes da atualização da matéria em 12/08/2018 foram deletados.
Mas é bom ver que uma sugestão que eu dei sobre a atualização deste artigo (escrito originalmente pelo editor Mattia Mercato, do AndroidPIT Italia) finalmente foi atendida.
Segundo o texto: "Em 2005 o Google comprou a Android Inc., e assim nasceu a Google Mobile Division. O mundo observou com ceticismo e curiosidade este acontecimento, que agora podemos definir como histórico. Como o Google poderia entrar em um mercado já bem consolidado nas mãos da Microsoft, com o seu Windows Mobile, e sobretudo dominado pela Apple e seu iPhone?" --- Vale ressaltar que em 2005 a Apple talvez apenas sonhasse em dominar o mercado mobile, pois o primeiro iPhone foi lançado em 2007. E o Windows Mobile (em 2005) apenas "corria por fora" em um mercado que tinha tinha Symbian, BlackBerry, e Palm dando as cartas.
Usei do 4.0.1 até aqui.. rs
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