A mente brasileira por trás da Xiaomi: um bate-papo com Hugo Barra
Em 2013, Hugo Barra anunciou sua saída do núcleo de desenvolvimento do Android no Google e deu início a sua nova jornada na Xiaomi. Na época, a empresa tinha menos de três anos de vida, mas já projetava metas ambiciosas para o mercado global de smartphones. Recentemente, acompanhamos a chegada da Mi ao Brasil, que por sinal, foi rodeada de acontecimentos marcantes. Fomos convidados para conhecer a sede da empresa em São Paulo e, de quebra, batemos um papo com a mente brilhante por trás da nova empreitada da quinta maior fabricante de smartphones do mundo. Confira nosso bate-papo completo no artigo abaixo.
- Atualizações do Android e futuros lançamentos: conheça os planos da Xiaomi para o Brasil
Quem é Hugo Barra, e o que ele pensa sobre os concorrentes?
Espontâneo, talvez essa seja a melhor palavra para definir o vice-presidente global da Xiaomi. O executivo se auto-intitula um empreendedor, e essa nomenclatura pode ser facilmente compreendida em cinco minutos de conversa com o mesmo. Hugo acredita fortemente na comunicação entre marcas e consumidores, e não entende como as demais empresas do setor não estabelecem uma ligação próxima a seus usuários. A Xiaomi é uma empresa extremamente engajada com seus consumidores, e tal fato pode ser facilmente comprovado na expectativa dos Mi Fãs em torno do evento de lançamento da empresa em São Paulo.
"A Xiaomi não cria um relacionamento midiático ou comercial com seus usuários, e não entendo o porque 95% das empresas não fazem o mesmo que fazemos, ou se fazem, poderiam fazer da forma correta. Se você realmente conhece o mercado em que está, certamente tem bons motivos para querer estabelecer um diálogo com seus consumidores".
O DNA da Xiaomi
Aproximadamente 130 mil publicações são computadas diariamente através do fórum oficial da Xiaomi. Muitas idéias se transformam em recursos para a MIUI, e são desenvolvidas entre os engenheiros da Xiaomi e seus respectivos idealizadores. Os usuários betas podem testar semanalmente novas versões do sistema da empresa, que são lapidadas de acordo com os feedbacks coletados durante o período de testes. Eventos dedicados aos Mi fãs, conteúdos exclusivos em redes sociais e comercialização de dispositivos com valores acessíveis, esse é o DNA da Xiaomi.
A cada novo produto faremos uma festa de lançamento, ela é, sobretudo, para os nossos Mi Fãs. É uma ligação continua, se desplugar isso, bem...você já sabe. Sem Mi fã não tem evento, nem festa.
Vendas no varejo, boletos e subsídios
Durante seu discurso, Hugo deixou bem claro que dificilmente os consumidores terão acesso aos dispositivos em lojas físicas do varejo nacional; no entanto, algumas novidades estão sendo cotadas pela equipe da Mi Brasil. O executivo considera que as vendas por operadoras estão associadas a dispositivos mais caros, mas que existe uma tendência mundial em busca de opções no comércio online.
Não me considero um especialista em subsídios por operadoras, mas penso que isso é para planos e produtos mais caros. Podemos pensar, futuramente, em investir no e-commerce nacional, como Submarino, Americanas e Shoptime. Essa estratégia varia um pouco de acordo com o mercado. Em Cingapura, mais de 50% das nossas vendas são através de operadoras, pois lá todos usam pós-pago. Em algum momento nossos produtos chegarão ao varejo online. O varejo nacional é caro e precisamos de ideias para chegar lá.
Segundo o executivo, os dispositivos da Xiaomi são direcionados para públicos em massa visando a inclusão digital dessas pessoas. Questionado sobre a forma de pagamento através de boletos, Hugo classificou a possibilidade como positiva e, certamente irá abrir todas as formas alternativas de pagamentos aos consumidores brasileiros.
Eu vejo o consumidor brasileiro como aquele cara que adquire um produto de 500 reais e utiliza um pré-pago, ou então, contrata um plano de no máximo 2 GB. Isso é bem comum entre as pessoas e Mi fãs que eu convivo. Nosso nível de conversa com as operadoras está mais no sentido de procurar alternativas para esse consumidor que está desnivelado em relação ao mercado.
Desenvolvimento de produtos e valorização
Os dispositivos da Mi são baseados nas seguintes categorias: Redmi Note, Mi Note, Mi Note Pro e Redmi. A empresa mantém seus esforços no desenvolvimento de produtos que atendam essas categorias e, segundo o próprio Hugo Barra, não lança 30 ou 40 smartphones diferentes ao longo do ano.
São quatro variações e cada uma delas vai vender entre 10 e 20 milhões de unidades, em alguns casos. Veja só, o Redmi 1 foi lançado em setembro de 2013, vendeu muito durante 16 meses. Assim foi com o Mi 2, que vendeu absurdamente bem ao longo de 24 meses. Isso é resultado de um produto com sinergia, bem acabado e preço justo. O nosso foco será um modelo de cada vez, ainda vamos trabalhar bastante o Redmi 2 no Brasil.
A Xiaomi compra lotes enormes de seus fornecedores, se tornando o terceiro maior cliente da Qualcomm, por exemplo. Mas, segundo o vice-presente, o segredo está em entender o tempo de vida adequado para cada produto em suas respectivas categorias. A empresa acredita fortemente na valorização de seus dispositivos, e aposta no sucesso do Redmi 2 no Brasil por pelo menos mais um ano.
Aquele preço mais caro no começo das vendas é o nosso custo de produção, mas o nosso dispositivo continuará sendo relevante por mais de um ano. O redmi 2, por exemplo: o preço dele vai baixar em algum momento, mas ele contará sendo vendido até o final de 2016 porque ele foi bem pensado.
O executivo afirma que a Mi realiza ao menos duas correções de preços para que o produto permaneça com o valor acessível. A estratégia da empresa está em em fugir do padrão praticado pela industria, onde um aparelho vende bem por três ou quatro meses e depois desvaloriza.
O editor visitou a sede da Xiaomi Brasil a convite do Hugo Barra.
Na sua opinião, a Mi Brasil possui diferenciais em relação aos demais fabricantes presentes no Brasil?
Um brasileiro que não traz os tops de linha da Xiaomi pra cá. Precisamos urgentemente do intermediário Redmi Note 3 Pro, e dos tops de linha Mi Note Pro e do Mi 5 aqui já
Adimiro Hugo Barra desde que vi ele apresentando o Nexus 7, foi muito foda ver um BR representando na divisão android da Google
Engraçado como este Hugo barra. . Consegue colocar este equipe ruim de marketing no Brasil. ..
Preciso ser mais original.. kkk , pois tem logo similares mi . Antes da vinda da xiaomi.. cadê o direito de imagem.. Precisa se explicar ...
Mimimimi
Cara, o que vc está querendo dizer? Na moral, maluco de pedra
é bom ele pensa no público mais baixo muito bom 👍
Quero um telefone com essas características mas com um tamanho de 4 polegadas, não gosto de telefone grande porque não tem como colocar no bolso. Obrigado
What?
O.o
Boa noite Bruno Sales gostaria de saber como iria ficar a assistência aqui no Brasil ? Como seria se caso desse um problema no aparelho as vezes acontece ?
cara, vc não ler os artigos? já tem artigo sobre esse assunto logo abaixo. da uma olhada
Italo, fizemos uma artigo sobre a assistência técnica que a Mi está oferecendo no Brasil. Dê uma olhada, por favor: http://www.androidpit.com.br/pick-mi-xiaomi-assistencia-tecnica. Abs
Excelente artigo Bruno Salutes.
Obrigado, Elerson.
Parabéns, Salutes, pelo artigo em boa hora, não poderia ser melhor.
Valeu, Airton. :D
so lembrando que submarino, americanas, shoptime todas fazem parte do grupo b2w o mesmo que gerencia o site de vias da nossa querida MI
Ainda tenho lá minhas desconfianças, meus preconceitos, mas toparia comprar um mi Pad
Esse sim manja
visão show de bola de um executivo
Estou esperando o MI 5 Plus que vazou essa semana, e dia 16/07 tem evento de anúncio de novo aparelho, talvez o MI 5 Plus. Se eles demorarem pra lançar um top de linha no Brasil ( espero o MI 5 Plus), vou acabar comprando Iphone 6s Plus para aposentar meu Nexus 4.
consertesa sim, mais para a mi Brasil ganhar respeito aqui ela tem que lançar os seu top de linha aqui com o preço abaixo das suas cocorrente aqui,Ai sim ea ganhar de vez a nossa confiança e também expandir logo as assistencia em todo o paiz .