Hands-on do Sony Xperia 1: o smartphone de Hollywood

Design

Antes de chegarmos às características técnicas e especiais do novo Xperia 1 , queria falar sobre a aparência do dispositivo. Depois de anos hibernando numa linguagem própria de design, a divisão mobile da marca finalmente ousou dar um passo à frente para algo mais próximo das tendências do mercado. O design está mais curvo e ergonômico de modo geral. Só o peso dos Xperia que tem aumentado, chegando a quase 200 gramas no Xperia XZ2 Premium.

O Xperia 1 cresce em altura, devido ao formato de tela 21:9, mas perde bastante espessura e peso. É claro que em linhas gerais temos o toque Sony no aparelho, mas no manuseio é possível sentir inúmeras diferenças.

O sensor de impressões digitais na lateral permaneceu, mas agora ele não está integrado ao botão de power, mas sim ao seu redor. Para evitar que a impressão digital seja desativada no mercado norte-americano, a Sony resolveu envolver a biometria como uma espécie de contorno no botão, não junto dele.

Tela

A Sony resolveu equipar o Xperia 1 com uma tela na proporção de 21:9, como parte de uma estratégia definida em conjunto com o grupo Sony Pictures. Inúmeros filmes e conteúdos em Hollywood são feitos nesse formato pelo estúdio. O painel OLED tem 6,5 polegadas, resolução 4K e tecnologia HDR, e faz uso de um processador de imagem desenvolvido pela divisão Sony Bravia que intensifica a exibição do que é reproduzido na tela em temos de velocidade, cores e contraste.

Contudo, os vídeos exibidos na tela do Xperia 1 estão dentro da média para um display com essas configurações. Não sabemos se essa promessa da Sony de entregar uma experiência de exibição mais imersiva será algo a ser trabalhado pela marca até a chegada do aparelho ao varejo. Empresas como Amazon Prime, Netflix e YouTube já estão distribuindo títulos neste formato em parceria com o estúdio da Sony.

Na primeira impressão, os vídeos carregados localmente no Xperia 1 da Sony parecem muito intensivos em cores e ricos em contraste. A questão permanece se esta imagem também será refletida nos produtos finais. Assim que o Xperia 1 estiver disponível nos mercados, os filmes, mesmo que estejam disponíveis no formato 21: 9, poderão ser consumidos por serviços de streaming, como o Amazon Prime Video, o Netflix, o YouTube e, é claro, a Sony. As fotos.

O painel mais estreito e esticado é perfeito para operar o sistema com uma mão na maior parte do tempo. É certamente o mais agradável nesse sentido de portabilidade.

Software

O sistema do aparelho é o Android 9 Pie com interface própria da Sony. Existem alguns recursos que são novos e merecem ser destacados neste hands-on, como o modo Game. Basicamente, você pode ajustar configurações específicas de exibição para um único jogo ou para vários, como o desempenho da placa gráfica, do processador e a quantidade de notificações. É possível gravar a tela do celular e até inserir comentários, opção ideal para fazer live de games pela internet.

É claro que o ponto alto do software é o modo Cinema Pro, exclusivo do Xperia 1, e que está associado a câmera do aparelho. Agora, pasmem, pois esse software foi desenvolvido numa parceria da Sony Mobile e o estúdio de produção do diretor James Cameron, responsável por clássicos como Titanic e Avatar.

O que esse aplicativo faz é abrir os ajustes do hardware da câmera para a captura de vídeos, como alguns softwares costumam fazer com o modo de captura de fotos. Você consegue controlar o obturador, o ISO, balanço de branco e até ajustar os níveis dos canais de áudio de um vídeo. Esse software também adiciona filtros e efeitos especiais em sua produções caseiras, mas na demonstração que tivemos com a unidade de pré-produção esses filtros não funcionaram muito bem.

Performance

Para dar vida ao Xperia 1 e sua gama de recursos avançados no software, a Sony embala o modelo com processador Snapdragon 855, 6 GB de RAM e 128 GB de espaço interno. Aparentemente, a empresa não venderá outras variantes, pelo menos até o momento. O fôlego do dispositivo vem de uma bateria de 3.300 mAh que usa tecnologia Power Delivery, e não a Quick Charge da Qualcomm. O carregador na caixa é de 18 W.

Câmera

A tendência da câmera tripla finalmente chegou à Sony. O conjunto é formado por três lentes de 12 megapixels que servem para capturar três distâncias focais, sendo: 12 MP de 16 mm e abertura f/2.2, 12 MP com 26 mm e f/1.6 e, por fim, 12 MP de 52 mm e f.2.4. Será possível capturar fotos com aberturas de ângulos diferentes, podendo usar ainda o zoom óptico de 2x e a telefoto para retratos com fundos desfocados.

A Sony também está usando ISO 3.200 para melhorar a sensibilidade do aparelho em condições de baixa luminosidade, junto com o sistema de autofoco PDAF, que é portado das câmeras Alfa. O software é capaz de fazer disparo contínuo de 10 fotos por segundo com auto ajuste de exposição e foco em cada uma delas. A função mais interessante é o autofoco nos olhos, que identifica a direção do olhar do usuário para ajustar o desfoque de fundo numa foto retrato.

O Super slow motion em Full HD segue presente com um máximo de 960 frames por segundo, sendo possível adicionar filtros e adesivos de AR.