Hands-on do Samsung Galaxy Fold: amor à primeira dobrada
Os smartphones estão ficando chatos pra você? Acreditamos que sim, mas não são todos. O Galaxy Fold chega, novamente, com potencial para abalar o mercado. O dispositivo é recomendado para entusiastas da tecnologia e também pessoas, digamos, quase ricas. Confira nossas primeiras impressões a seguir.
Design
Mesmo sendo um produto novo, e sequer lançado, o design do Fold já tem história para contar. Quem acompanhou os primeiros testes que apareceram do produto sabe que o Fold tinha alguns defeitos de fábrica, entre eles, uma película na tela mal aplicada que resultava em problemas no painel OLED, além de um sistema de dobradiça frágil.
A Samsung retirou essa versão do mercado e está lançando o Fold 2.0, com visual e estrutura reforçados. Novos fechos foram colocados na parte superior e inferior do dispositivo onde o mesmo é dobrado para evitar o acúmulo de poeiras e sujeiras nesta região.
Conseguimos testar o Galaxy Fold renovado em um evento exclusivo com a Samsung, realizado na Europa. Nossas primeiras impressões sobre o aparelho foram positivas, visto que o AndroidPIT ainda não tinha colocado as mãos na primeira versão do Fold.
Tela de qualidade e mecanismo robusto chamaram nossa atenção. Na primeira "dobrada" você fica com medo, mas depois acaba se acostumando. A tal película que podia ser facilmente removida por engano causando problemas ao painel agora está melhor aplicada e foi reforçada.
O Galaxy Fold se mostrou mais robusto do que eu esperava. Quando fechado, ele é mais grosso que um smartphone comum, com 17 milímetros, mas ainda sim consegue desaparecer no bolso da calça. Com relação ao peso, contudo, não tem magia que faça com que 276 gramas sejam imperceptíveis.
Nada dentro do Galaxy Fold emite algum ruído, aquecimento elevado ou chacoalha. Sua construção é sólida. Quando a aberto, a sensação que você tem é de que está usando um tablet com tela em formato quadrado.
Tela
O Galaxy Fold tem duas telas, sendo o painel frontal Super OLED de 4,6 polegadas o menos emocionante. Para ler uma notificação ou ver as horas é suficiente, mas outras atividades já ficam mais limitadas nessa tela menor.
Já o painel do modo tablet, quando o Fold está aberto, tem 7,3 polegadas - 7,1 descontando o notch no canto superior - e proporciona uma experiência de uso superior.
A resolução não bate a de smartphones topos de linha, com 2.152 x 1.536 pixels (363ppi), mas é suficiente para uma exibição nítida em jogos e filmes.
Algo que me chamou atenção foi o vinco no meio da tela. Sim, uma pequena elevação reflexiva é visível e totalmente perceptível. Consegui me acostumar rapidamente com ela atravessando a tela, mas é um detalhe que não passa despercebido. No toque você sente a região onde está o vinco. Não tem o que fazer.
Software
O coração do Galaxy Fold é seu software. Sem uma adaptação que atendesse a proposta de uso do dobrável seria impossível oferecer uma experiência digna ao usuário. Alternar um app do modo smartphone para o modo tablet facilmente é um recurso proporcionado pelo sistema Android adaptado, assim como o multi-tela para até três aplicativos simultâneos.
A mudança de um aplicativo aberto em modo celular para tablet é chamado pela Samsung de Continuity (continuidade). Surpreende a velocidade como as telas são adaptadas de um formato para o outro sem travamentos ou grandes pausas, mesmo em jogos mais pesados como o Asphalt 9. Entre os ajustes do sistema você pode escolher quais apps podem alternar de modo.
Performance e bateria
O Galaxy Fold é um produto topo de linha e suas configurações fazem jus ao seu status. São 12 GB de memória RAM, processador Snapdragon 855 e 512 GB de espaço interno sem slot para cartão de memória. Todo esse poder é necessário para rodar o sistema One UI adaptado para as exigências do dobrável.
Dando fôlego a todo esse hardware temos duas baterias conectadas que somam 4.235 mAh e que podem ser recarregadas até 84% em 45 minutos. Segundo a Samsung, a autonomia do Fold irá depender da forma como ele será usado, quantas vezes ele será aberto e seus recursos explorados.
É uma capacidade expressiva para um smartphone, mas temos que levar em consideração que o dispositivo é um híbrido entre celular e tablet com duas telas.
Câmera
No total, o Galaxy Fold tem seis câmeras. A lente frontal tem 10 megapixels com abertura f/2.2, acompanhada por uma de 8 MP para distância focal e 10 MP grande angular.
O sensor traseiro, por sua vez, tem 16 MP com abertura f/2.2 e também é triplo, com uma lente de 12 MP (f/1.5) e estabilização óptica, e outra de 12 MP (f/2.4) teleobjetiva com zoom duplo.
Não foi possível avaliar as câmeras durante o nosso primeiro contato com o Fold, mas em nosso teste final todo o potencial de seu surpreendente conjunto de lentes será explorado.
Samsung Galaxy Fold – Especificações Técnicas
O que achamos
Nós testamos a versão completa do Galaxy Fold, que tem conectividade 5G e vem com Galaxy Buds como acessório de fábrica. Aqui na Europa ele será vendido por 2.500 euros, ou R$ 9.556,89 na cotação atual sem impostos, que são suficientes pra você resolver sua vida ou comprar outros dois Galaxy topos de linha.
Devo dizer, contudo, que pela primeira vez me senti impactado por um celular desde meados de 2016. É um aparelho elegante, sem muitos problemas e que certamente irá agitar a indústria.
O que você achou do Galaxy Fold? Você acha que o futuro dos smartphones são os dobráveis?
É o primeiro "dobrável" , acredito que caso estes gadgets dobráveis se popularizem mais fabricantes a irão adotar e o preço cairá , vamos aguardar .
É muito bonito, recheado de recursos, com processador top. Mas, é muito caro e acredito que mais para frente, será possível utilizar esse dispositivo.
Sem querer ser chato, mas o que me incomoda é o espaço que fica entre as telas, quando ele está fechado. Mas realmente é muito bonito e, na minha opinião, uma concepção bem melhor que da Xiaomi. E que venha o Motorola RAZR Dobrável.
Gostei.. Mas por enquanto não compraria..
Curioso pra ver como vão ser as vendas...
Como o colega (CAV) abaixo já citou, também achei o conceito da Motorola mais viável e com isso, talvez, mais acessível, tanto financeiramente quanto operacionalmente em termos de praticidade no dia a dia para manipulação do aparelho, o tempo e as vendas dirão se essa formula da Samsung terá ou não futuro.
Caraca mano, o preço pesa no bolso😬
A Samsung Brasil tinha iniciado o processo de homologação do Galaxy Fold junto a Anatel:
https://www.androidpit.com.br/galaxy-fold-anatel-brasil
E esse processo parece que foi concluído em Agosto, já contemplando as mudanças relatadas nesse review:
https://tecnoblog.net/302138/samsung-galaxy-fold-com-melhorias-homologado-anatel/amp/
Quer dizer que não deve demorar muito pro aparelho ser lançado oficialmente por aqui.
Mas ainda está para aparecer um dispositivo dobrável realmente convincente em design e experiência de uso (talvez o suposto novo Motorola RAZR?)
Achei o conceito da Xiaomi bem interessante...