Review do Moto G7 Power: a bateria não acaba
Todo ano, centenas de usuários aguardam pela renovação da linha Moto G, lançada originalmente em 2013, e que chegou em sua sétima geração. O Moto G7 Power é a novidade do ano da Motorola, além de ser a segunda variante dessa linha após o modelo mais básico, o Moto G7, e traz como diferencial bateria grande com carregamento rápido.
Prós
- Bateria com excelente duração
- TV Digital
- Android Pie de fábrica
- Manutenção do jack de áudio e USB-C
Contras
- Carregador não é rápido como o de 27W
- Câmera um pouco fraca
- Design muito parecido com a geração anterior
- Preço de lançamento alto
Lançamento e preço
O evento de lançamento dos novos Moto G7 aconteceu em São Paulo, no dia 7 de fevereiro. O aparelho chegou ao mercado em duas cores, sendo uma a azul índigo tradicional e a outra um degradê de lilás que estará disponível para compra em breve.
Seu preço de lançamento foi de R$ 1.399 no varejo físico e online, mas no momento de publicação dessa resenha, já podia ser encontrado por R$ 1.160, 12% a menos. Os preços dos demais modelos são:
- Moto G7 Play: R$ 999
- Moto G7 Power: R$ 1.399
- Moto G7: R$ 1.599
- Moto G7 Plus: R$ 1.899
Hands-on do Moto G7 Plus
O Moto G7 Plus é outro lançamento da Motorola para este ano. Nós testamos o aparelho previamente e compartilhamos nossas primeiras impressões com vocês no artigo abaixo. Em breve teremos o teste completo dele. Então, se você ainda não foi conferir nosso hands-on do G7 Plus, acesse o texto abaixo:
Design mantém a ergonomia, mas é pesadinho
Em termos de design, o acabamento do Moto G7 Power lembra o Moto G6 misturado com a linha Moto E, com poucas diferenças. É possível notar, por exemplo, que a borda inferior frontal está menor, enquanto a tela traz o entalhe em formato retangular no topo, conferindo bordas menores a essa região.
O aproveitamento frontal não é totalmente simétrico, ou seja, o notch não faz com que todas as bordas tenham a mesma otimização e o mesmo tamanho, visto que na parte inferior, o chamado queixo, sobrou espaço até para a Motorola colocar seu logotipo impresso. A Motorola afirma que continua com o logotipo por questões de prateleira em lojas físicas.
A boa notícia aqui é que o resultado desse visual é semelhante ao do Motorola One, um sucesso de vendas da empresa, embora o G7 Power tenha linhas mais ergonômicas e não tão retas. Traz a resistência a respingos como todos os últimos aparelhos da marca.
Ele é o que se pode chamar de gordinho, sendo o mais grosso da linha, e ao invés de bordas terminando retas, ele é todo arredondado e é o maior de todos, para acomodar a maior tela e a maior bateria. Contando com a câmera, que é minimamente protuberante, a espessura é de 9.9 milímetros, também conhecido como um centímetro.
As linhas curvas ao redor da moldura ajudam no manuseio, que é extremamente confortável e por isso ele tem pegada melhor do que aparelhos mais finos, sendo relativamente compacto para o tamanho da bateria. Ele também é o mais pesado da linha, com 193 gramas, mas isso não gera muito incômodo, o aparelho cabe bem mesmo na minha mão, que não é grande.
Na traseira, temos o acabamento em polímero de vidro, uma mistura de policarbonato com fibra de vidro, que no resumo é a própria fibra de vidro em si. Aqui, a Motorola manteve o visual que chegou com a antiga série Moto G5, o qual une o sensor da câmera e o flash de LED em uma moldura circular. Nele, estão na direção vertical, diferente da linha G e mais próxima da linha E.
Outra herança do Motorola One é o sensor biométrico integrado ao logotipo da empresa, abaixo da câmera traseira. O polímero de vidro faz com que o aparelho pareça ter acabamento em vidro, pois é brilhante e também traz o efeito visual aveludado. Ou seja, a Motorola piorou o acabamento em relação ao G7 e G7 Plus, mas não deixou que o aparelho tivesse cara de barato.
Porém, no geral, o G7 Power sofre do mesmo problema que o restante da linha G7, sendo todos muito parecidos com a linha G6. Em um comparativo que fiz por aqui, precisei pegar o Moto G6 que tenho, e os dois de frente ou de costas realmente me confundiam em uma primeira olhada.
É bom manter características que os deixem parecidos, para manter o caminho da linha, tal como a câmera na moldura redonda, mas uma vez que eles não precisam manter o mesmo aspecto geral para acomodar os Moto Snaps, caso da linha Z, uma mudança seria benvinda para tirar os smartphones da estagnação. Assim, a Motorola só está reforçando isso.
Tela grande, como o aparelho
A tela do Moto G7 Power é grande, com 6,2 polegadas e isso é algo bastante positivo. Temos o notch, e por dois motivos: primeiro, para garantir mais espaço de tela e, segundo, para se adequar à moda, uma vez que existem usuários mais simples que procuram características de topos de linha nos modelos mais baratos.
Porém, pela tela grande, ele fica mais discreto do que no modelo Play, e há bastante espaço para reproduzir mídias e navegar pelo sistema. O display tem resolução HD+ (1520 x 720 pixels), 271 ppi e Gorila Glass 3. Esse é um ponto polêmico, e o HD é justificado também: economia ainda maior de bateria, custo menor e o fato de que muita gente que escolhe aparelhos nessa faixa de preço não liga para a diferença entre isso e FullHD.
Com relação à qualidade da tela, o painel segue igual aos demais modelos da Motorola em termos de nitidez, contraste, cor e brilho. Não chega a ser nítido ou brilhante como o painel o Moto G7 Plus, mas é uma tela de respeito . A tela LCD grande não é um problema para o Moto G7 Power, que conta com bateria gigante. É o Motorola para quem quer mídia.
Na hora de assistir vídeos, o notch pode ficar sobre o vídeo ou sumir com uma tarja preta, e esse pedaço da tela não será utilizado. No sistema, no dia a dia, você não pode pedir que o entalhe seja escondido por qualquer tarja, e ele fica sempre visível.
Android da Motorola
O Android Pie é o sistema de fábrica do Moto G7 Power, e segue a estratégia da Motorola de ser pouco alterado. A navegação por gestos está presente, bem como a nova central de atalhos rápidos, o tema escuro automático e outros recursos nativos desta versão.
Algumas experiências da Motorola que ativam comandos através de gestos e movimentos seguem presentes dentro do aplicativo Moto, mas o Moto Voz não está incluído. As funções Moto estão em um app repaginado, com direito a desbloqueio facial, controle de mídia pelos botões de volume, editor de captura de tela, captura de tela com três dedos, navegação em um toque (melhor do que a do Pixel), lanterna rápida, câmera instantânea, modo de uma mão, pegar para silenciar e vire para Não Perturbe.
As informações da barra de notificações se ajeitam ao redor do notch, que em alguns casos fica completamente escondido por uma barra preta. Porém, essa é uma decisão do sistema e você não pode, manualmente, escolher esconder o entalhe .
É esperado o update para o Android Q, embora não haja data definida para isso. O Moto G7 Power é o único que conta com a função de TV Digital (DTV), algo que pode ser interessante para quem gosta de assistir a programação de canais abertos em qualquer lugar, ainda mais com essa tela. O Google Lens também é outro recurso que está totalmente integrado ao sistema.
Faz o que tem que fazer
O Moto G7 Power é embalado pelo processador Snapdragon 632, com 3 GB de memória RAM (1 GB a mais que o Moto G7). O processador tem oito núcleos de 1,8 GHz e o armazenamento é de 32 GB. Esse chipset é relativamente novo e é conhecido por entregar uma boa performance aliada a economia de bateria.
O hardware do dispositivo, contudo, atenderá tranquilamente usuários que acessam redes sociais, editam fotos, consomem streaming e jogam títulos com requisitos gráficos médios . A digitação e navegação foram rápidas durante o review mais extenso, mas você deve sempre ficar de olho com o que instala nele e em seu armazenamento, caso contrário pode perder performance em alguns meses.
No geral, esse não é um processador indicado para quem busca bons gráficos e velocidade de jogo. Porém, em testes com o PUBG ele se saiu relativamente bem, rápido e sem lags, embora nos gráficos mais baixos possíveis. Jogos mais leves como Candy Crush se saíram bem. A multitarefa é razoável, mas ele não segura apps mais pesados abertos por muito tempo.
Áudio alto e de entrada
Em um estranho movimento, a Motorola resolveu não adicionar qualquer outra saída de som além da que utilizamos para ligações. Não que ela não sirva também como áudio externo, mas o áudio desse alto falante não costuma ter a mesma qualidade que aqueles que são inseridos abaixo, atrás ou ao lado do aparelho .
Ao menos, é um áudio bem alto, o que vai agradar quem procura aparelhos nessa faixa de preço. Não será a melhor qualidade, mas se saiu melhor do que eu esperava. Pode ajudar a consumir mídia na grande tela que, junto à bateria, forma um conjunto interessante para esse fim, ainda mais por ser o único da linha a ostentar suporte a TV Digital HD (o dongle para isso vem na caixa).
Os fones de ouvido que acompanham a caixa são intra auriculares e bem charmosos, escuros e discretos. Além disso, são P2, uma vez que a Motorola manteve a conexão nesse aparelho. No som, não possuem graves muito pronunciados, mas o estéreo é bacana, e o volume bom. Quem não é muito exigente com os graves deve mantê-los.
Câmera para registros diários
Pode-se dizer que a câmera não é o ponto forte do Moto G7 Power, mas o trabalho feito pelo dispositivo é bastante satisfatório. O sensor principal tem 12 MP e abertura de lente f/2.0, enquanto a câmera frontal é de 8 megapixels e tem abertura f/2.2.
O conjunto de lentes não conta com recursos incrementais, como estabilização óptica ou foco a laser, mas o software é rápido e tem recurso essenciais. É claro que não podemos apontar um diagnóstico exato sobre a qualidade da câmera somente pelo hands-on, mas a principio é possível dizer que o G7 Power atende razoavelmente bem quem usa o celular apenas para tirar selfies e fotos simples para uso em redes sociais.
Nos testes que fizemos sob boa luz, as fotos ficaram bem interessantes aspectquote>, mesmo quando ampliadas em um computador. As cores são intensas, a nitidez é boa e não há estouro de luz. Há alguns problemas com fotos em movimento, com o objeto se mexendo, pois ela não é muito rápida mesmo em locais iluminados, então podem acontecer borrões. A mesma coisa em pouca luz.
Sob contraste as fotos ficaram boas, mas no geral o alcance dinâmico não é muito bom. Para vídeos, incrivelmente esse aparelho captura em qualidade 4K, e até em câmera lenta. Porém, eles ficam razoáveis apenas com a câmera bem parada, pois em movimento, dá uns trancos estranhos. A câmera de selfie é razoável.
O app da câmera é bem completo para sua faixa de preço, e a Motorola inseriu funções presentes apenas em aparelhos mais caros antes, como o Cinemagraph para fazer GIFs especiais panorama, cor em destaque, modo retrato, filtros instantâneos e até o modo manual. Explorando, você pode fazer fotos bacanas com ele, como algumas das fotos abaixo:
Essa bateria não acaba
Chegamos, enfim, ao ponto alto do Moto G7 Power: sua bateria. Com incríveis 5.000 mAh, o modelo chega para compor o pequeno hall de produtos com baterias de grande capacidade disponíveis no Brasil. Pode-se dizer que o G7 Power é um herdeiro do saudoso Moto Maxx no que diz respeito à proposta do aparelho, que é oferecer um hardware equilibrado com longa duração de bateria.
Esse número, aliado ao sistema um pouco mais leve, tela HD e processador mais econômico realmente traz uma economia muito boa. Foi realmente difícil gastar a carga dele totalmente, e os testes foram todos muito bons nesse quesito. Fiquei tranquilamente mais de dois dias longe da tomada.
No teste feito com YouTube usando o WiFi e com brilho de tela médio, assim como o volume, média de gasto foi de 3,2% de bateria por hora de vídeo. Após 7 horas ininterruptas passando vídeos, a bateria chegou a 78%. Na execução dos testes de bateria do PCMark, ele teve de passar por 20 horas de tela ligada para que a bateria chegasse aos 20% .
Nessa avaliação, o aplicativo chegou ao resultado de 26 horas e 25 minutos de duração total, algo bem perto dos meus resultados em uso diário, por volta de 25 horas. Esse total é bem maior do que o obtido pelo Xiaomi Mi Max 3, de 5.500 mAh, no mesmo teste técnico.
O mais interessante em torno da bateria do dispositivo é o carregamento TurboPower de 15W, capaz de carregar completamente o aparelho em pouco tempo. Em nossos testes, ele carregou 10% em 10 minutos, 30% em meia hora, 50% em uma hora e 100% em 2 horas e 40 minutos. Imagina se não tivesse o carregador turbo.
Felizmente, a Motorola colocou uma porta USB-C no modelo para facilitar a conexão e tornar a transferência de dados e de energia mais rápida. Ah, e não custa lembrar que o carregador rápido vem na caixa do produto, e não é preciso comprá-lo separadamente.
Motorola Moto G7 Power – Especificações Técnicas
Conclusão preliminars
Bateria. Essa deve ser a principal razão para que um usuário comum queira comprar o Moto G7 Power. A Motorola sabe disso e quer deixar bem claro para o consumidor. Os demais aspectos do hardware estão disponíveis no Moto G7, que traz acabamento melhorado e outros incrementos, apesar de o preço ser um pouco mais alto.
A TV digital é outro recurso exclusivo e que combina com um smartphone que tem boa bateria, visto que dá para fazer um pouco de tudo ao longo do dia e ainda sobrará bastante carga para ver programas de TV, jornais, séries, desenhos e novelas. Mais uma vez, digo que esse é um aparelho centrado em quem consome muita mídia, precisa de tela e bateria.
O Moto G7 Power é uma resposta da Motorola aos usuários que clamam por mais bateria há anos
É claro que o preço de lançamento não é convidativo, R$ 1.399, mas com ofertas e reajustes do mercado nos próximos meses tudo ficará melhor, sabemos sempre disso. O Moto G7 Power entrega um sistema mais simples que seus concorrentes, como a série Galaxy J, da Samsung, e está mais para um rival do Zenfone Max Pro M1, que também tem software pouco alterado, especificações semelhantes e bateria com boa capacidade.
Já o Motorola One, por sua vez, ganha no software genuíno, mas fica para trás em processador e no trabalho das câmeras, algo em que o G7 Power se destaca um pouco mais. Em todo caso, sendo um herdeiro da primeira geração do Moto G Play (que vinha com bateria maior) ou do Moto Maxx, o G7 Power é um lançamento bem-vindo no mercado nacional, e deve ser o aparelho mais popular da Motorola esse ano.
E você, o que achou do Moto G7 Power?
Eu comprei meu celular dia 07/05/19
Eu carreguei ele ontem,a carga deu completa as 18:30 e hoje às 12:57 ele já está em 70%de matéria estou achando que a bateria está acabando muito rápido.
E a noite ele descarregou sozinho foi de 84% para 77% (meu celular e moto G7 power) O de mais alguém e assim?
é possível sim esconder o notch, por meio das opções de desenvolvedor
tenho um G7 Power e realmente a bateria é ótima, chega a durar 3 dias, mas ele acaba pecando no peso, as câmeras me decepcionaram, mas o que me alegra é 9 carregamento rápido e a ergonomia, segurar ele é bom, mas não por muito tempo.
Gostaria que vcs confirmassem a informação sobre NFC, que consta aqui nas especificações mas no site da motorola diz que não possui. Ótimo Review! E agora com 4GB ram / 64GB rom, pode se tornar uma opção mais atraente. Abs!
Depois que conheci a Xioami comecei a torcer o nariz para a Motorola. Sei lá, me sinto um trouxa por ter defendido tanto a Motorola e não ter visto nada muito interessante nos últimos 4 anos.
O que mais me decepciona na linha Moto G, é que são feitos todos em plastico. Um aparelho desse ser feito de plastico é ridículo demais. Tudo bem que os mais básicos poderia até passar, mas o G7 e o Plus pelo preço que é, já deveriam ter um acabamento mais robusto. Plastico com o tempo desgasta, da a sensação de um produto barato e básico na minha opinião.
Em breve o preço cairá uns 20% , aí talvez passe a ser uma opção interessante.
só acho desnecessariamente grande demais pra um aparelho simples, poderia ser do mesmo tamanho ou levemente maior que o G7 Play...
Sou muito mais o G6 Plus,
é muito mais celular do que este G7 Power,
menos pela bateria.
Uma boa opção para quem busca dispositivo com uma bateria gigante, que pode ficar longe da tomada de energia por muitas horas.
Com a economia de bateria ligada a carga chegou aos 25% após 3 dias, 12 horas e 40 minutos comigo (uso redes sociais, YouTube, navegador de internet e reprodutor de músicas, não jogo games).
O moto g play não vinha com bateria maior. Vinha com 2800 mAh, que é menor que a de 3000 mAh do Plus e do G4
o G4 Play tinha 2800 mAh já o G6 Play tinha 4000 mAh...
G7 Power se destaca um pouco mais. Em todo caso, sendo um herdeiro da PRIMEIRA GERAÇÃO DO MOTO G PLAY (que vinha com bateria maior)
A tela do Mi Max 3 é Full HD+ de 6,99", lógico que o G7 Power vai se sair melhor.
Acredito que a comparação ocorre apenas no quesito bateria, não sendo uma comparação ampla.
Os fatores que levam cada aparelho aos seus resultados, pouco importa para quem quer apenas o resultado final de grande autonomia.
Mas é injusto comparar os dois, sendo que um tem tela bem maior e com maior resolução.