Hands-on do Galaxy A80: muito mais do que truques de câmera

Não vai ser barato

São nada menos que seis novos modelos: Galaxy A10, A20, A30, A50, A70 e A80. Os modelos de entrada da série, do A10 ao A50, serão vendidos no dia 22 de abril no varejo físico e online. As versões A70 e A80 chegam apenas em junho e ainda não têm preço oficial. Os valores dos modelos já anunciados são os seguintes:

• Galaxy A10: R$ 999;
• Galaxy A20: R$ 1.299;
• Galaxy A30: R$ 1.599;
• Galaxy A50: R$ 1.999.

Uma tela “cheia” graças a truques especiais

Tal como acontece com o Galaxy S10, a Samsung usou uma tela Super AMOLED com proporção 20:9 que ocupa praticamente toda a frente do Galaxy A80. Ela tem 6,7 polegadas com resolução FHD+ e o brilho típico dos AMOLED, com cores ricas e pretos profundos. Numa primeira impressão, ficamos bastante satisfeitos.

Quanto à ergonomia: com 9,3 milímetros de espessura, o Galaxy A80 é consideravelmente mais grosso que seus irmãos. Embora seja um pouco “gordinho”, encaixa-se bem na mão graças às bordas arredondadas na traseira, e não é tão volumoso quanto parece à primeira vista. No entanto, esteja ciente de que ele não é um telefone “fininho”.

Mas como a Samsung conseguiu uma tela tão grande e bordas tão finas? Colocando os sensores de proximidade e brilho debaixo da tela. E em vez de espremer o fone de ouvido na estreita moldura acima da tela, como no Galaxy S10+, os sul-coreanos contam com a mesma tecnologia da Huawei no P30 Pro: o som é transmitido pela vibração da tela. O sensor óptico de impressão digital também está integrado sob a tela, como no S10 e S10+.

• Oi e tchau: porque o notch em breve será história

Como em todos os outros novos smartphones da família Galaxy A, o A80 usa a mais recente versão do Android, a “9.0 Pie”, com a One Ui 1.1 sobre ela. Isso é muito bom: a One Ui é otimizada para telas grandes, e sem ela o A80 teria que ser operado quase que exclusivamente com as duas mãos. Mas graças a ela, é possível fazer pequenas tarefas com uma mão.

• One UI: os superpoderes da nova interface da Samsung

Três câmeras em ambos os lados

Se a tela ocupa toda a frente do aparelho e não há notch nem um buraco na tela, o que a Samsung fez com a câmera frontal? Bem, a empresa criou um truque especial para a câmera, copiando o mecanismo deslizante do Oppo Find X e combinando-o com a câmera rotativa do Oppo N1.

• Review do Oppo Find X

O resultado é um módulo de câmera retrátil que também pode girar em 180 graus. Se você ativar a câmera frontal em um app de câmera, a parte superior da traseira desliza para cima e o módulo da câmera girará 180 graus no eixo horizontal. Assim, a câmera principal também serve como uma câmera selfie. E aqui os usuários têm três sensores à sua disposição: 48 megapixels, grande angular, abertura f/2.0, 8 megapixels, ultra-wide com ângulo de 123 graus, e abertura f/2.2 e um sensor Time of Flight (ToF), para profundidade.

Isso abre inúmeras possibilidades para fotografar, não importa em que direção. Fotos com a grande angular são tão possíveis quanto as selffies e retratos de grupo funcionam de maneira excelente graças à câmera ToF (Time of Flight). A câmera também ajuda na detecção de profundidade em aplicativos de realidade aumentada. Também há um pouco de inteligência artificial no aplicativo da câmera com reconhecimento de cena, por exemplo, como nos atuais modelos de ponta.

Infelizmente, ainda não podemos fornecer imagens de teste ou mais informações sobre o aplicativo da. Este não é o software final ainda, então teremos que fazer isso mais tarde quando recebermos um aparelho para review. 

O conceito de câmera também tem suas desvantagens

Por mais interessante e incomum que o design da câmera seja, as desvantagens já eram aparentes durante o primeiro teste. O processamento do Galaxy A80 é excelente no geral, mas há algumas preocupações quanto ao aspecto mecânico, já que quando a câmera é estendida há mais potencial para a entrada de poeira, sujeira ou água.

O mecanismo de giro nem sempre fazia o que queríamos. Às vezes, por exemplo, a câmera não girava completamente para a posição de selfie. A durabilidade deste mecanismo no uso quotidiano também é questionável.

Já no primeiro teste notamos, por exemplo, que o módulo se retrai imediatamente ao visualizar uma selfie, e retorna à posição de disparo logo que voltamos ao aplicativo da câmera. Esse movimento desnecessário pode prejudicar a longevidade, mas pode ser corrigido com uma atualização de software - e esperamos que seja.

Snapdragon em vez de Exynos

Há uma pequena surpresa sob o capô do Galaxy A80. Em vez de um dos chipsets Exynos da Samsung, ele usa um Qualcomm Snapdragon 730 (uma versão do Snapdragon 845 simplificada) a até 2,2 GHz, acompanhado por 8 GB de RAM e 128 GB de memória interna, expansível com cartões microSD.

• Qualcomm lança os novos processadores Snapdragon 665, 730 e 730G para intermediários

O motivo? Para o que o fabricante sul-coreano quer oferecer com o modelo, o chipset da Qualcomm foi o mais adequado. Como o carro-chefe entre seus intermediários, o A80 deve oferecer um desempenho superior.

Num teste preliminar, não conseguimos detectar nenhum engasgo ou demora ao abrir apps. Mas questões como o desempenho no dia-a-dia e em jogos 3D complexos só poderão ser respondidas em nosso review final.

Até dois dias de duração?

A Samsung usa uma bateria de 3.700 mAh no Galaxy A80, com carga rápida a 25 watts através da fonte de alimentação "Super Fast Charging". É claro que não pudemos testar a duração da bateria em um rápido hands-on, mas a combinação de um processador econômico, tela FHD+ e capacidade de bateria nos dá a esperança de dois dias consecutivos com uso realmente econômico.

Veremos se isso se comprova no teste final. Naturalmente, há um sistema inteligente de gerenciamento de bateria, que analisa hábitos e padrões de uso de aplicativos para otimizar o uso de energia. A recarga da bateria é feita através da porta USB-C na parte inferior, ao lado da entrada de fones de ouvido.