O que podemos esperar do "retorno" da Xiaomi ao Brasil?
Disse que vem, mas não veio (ainda). Esse é o status da Xiaomi hoje em dia aqui no país, visto que a empresa anda insinuado que voltará de alguma forma ao Brasil, mas ainda não deu os primeiros passos concretos rumo ao seu retorno triunfal. Nós adoramos esses retornos repentinos, vide a volta da Huawei, mas é fato que a questão envolvendo a Mi é a mais, digamos, enrolada.
A saída da Xiaomi no Brasil, em 2015, foi carregada de pequenos acontecimentos. O primeiros deles foi o fato de a empresa não entregar os pontos à imprensa que cobria os passos da marca naquela época, negando até o último minuto (como a Sony anda fazendo, por sinal) e afirmando que suas operações no país estavam bem e passavam apenas por pequenos ajustes.
Não levou muito tempo, no entanto, para que a Mi deixasse o país com apenas dois produtos à venda, o Redmi 2 e uma bateria portátil, e muitas questões em aberto. O modelo de negócios da empresa também foi reprovado: vendas somente online, a escolha pelo Redmi 2 e a demora por novos anúncios. Quando Hugo Barra e sua equipe resolveram anunciar alguma novidade, por exemplo, eis que surgia uma segunda versão do Redmi 2 em parceria com a operadora Vivo, de longe a operadora com menos presença entre os jovens que poderiam se interessar pelos seus produtos.
Os erros e acertos da marca foram levados à China para serem aperfeiçoados, pelo menos era isso que o último comunicado oficial da fabricante, em 2016, dizia. Aparentemente, a Xiaomi fez a lição de casa e resolveu voltar para os braços do país que hoje deve ser o maior importador direto e indireto de seus produtos.
Retorno oficial?
Se a saída da Xiaomi foi meio nebulosa, o retorno não seria diferente. Apesar de sugerir nas redes sociais que os brasileiros "devem estar preparados para reviver a marca", a empresa sequer tem se posicionado oficialmente com a imprensa sobre um possível retorno.
A assessoria da DL, marca que tem sido responsável pela revenda oficial do Redmi Note 6 e do Pocophone, também nega que existam planos de uma parceria que viabilizaria esse retorno e se limita a dizer que, hoje, o trabalho entre as duas marcas gira em torno da estratégia já anunciada para estes produtos.
O porta-voz que representa a Xiaomi no Brasil comentou ao AndroidPIT internacional que "não há confirmações sobre a volta da empresa ao Brasil até o momento". Portanto, não está claro se as movimentações que a Xiaomi tem feito nas redes sociais servirão para um retorno das operações da marca em si ou se falam da continuidade da parceria com a DL para ampliar a estratégia de venda oficial por representação.
"Não há confirmações sobre a volta da empresa ao Brasil até o momento"- Assessoria da Xiaomi no Brasil
Quem acompanha o mundo da Xiaomi de perto, sabe que Pocophone e Redmi são marcas subsidiárias da empresa, que está se especializando em opções mais acessíveis e com especificações melhores que intermediários convencionais. Não está claro, porém, se esse retorno da Xiaomi abrangerá todo o portfólio de marcas da fabricante ou se o foco será nessas duas linhas, deixando de lado outros segmentos.
Retorno premeditado
No início de 2018, Lei Jun, fundador e CEO da Xiaomi, escreveu uma carta direcionada aos funcionários da empresa comemorando o feito de atingir 100 bilhões de RMB (o equivalente a 51 bilhões de reais) de receita em apenas seis anos de operação. O executivo dizia que o próximo passo da Xiaomi era ganhar o mundo, depois de se consolidar na China. A ocasião era importante para a empresa, pois marcas como Apple e Facebook levaram mais de 12 anos para acumular esse montante.
“Em 2017, estive três vezes na Índia, duas na Indonésia e uma no Vietnã, e vi oportunidades grandes e animadoras em todos os lugares em que estive”, afirmou o CEO. O executivo também havia participado, em 2017, do Qualcomm Tech Summit, onde o mesmo deu declarações sobre a passagem da operação da Xiaomi pelo Brasil, dizendo que a marca errou na escolha pelo modelo "não-flagship" e por apostar apenas na plataforma online como base para vender um produto de marca desconhecida do consumidor.
Na ocasião deste evento da Qualcomm, o AndroidPIT conversou com Renato Pasquini, analista e diretor da área de TICs dentro da consultoria Frost, que disse que "ainda era possível que vejamos a volta da Xiaomi para o Brasil em breve, pois para qualquer marca se tornar verdadeiramente global é preciso estar na América Latina e no mercado brasileiro". Para o analista, tanto a Xiaomi quanto a Huawei deveriam dar passos nesse sentido após se estabilizarem no mercado chinês.
Poucos meses após a carta de Lei Jun, a Xiaomi dava a primeira pista de suas intenções de ganhar a América Latina ao publicar uma série de Stories para promover a página Xiaomi Mystery, que é uma espécie de diário dos novos lançamentos da Mi em mais países. No mapa é possível ver o Brasil como uma das rotas da fabricante.
Preço
A atenção de quem está na expectativa da volta da Xiaomi está voltada para os preços que os novos lançamentos devem ter no país. Quem importa produtos da fabricante está buscando por custo/benefício mais atraente, e nada mais que isso. A chegada do Pocophone e do Redmi Note 6 pelas mãos da DL foi um verdadeiro banho de água fria para quem esperava por valores mais competitivos.
É importante que a Xiaomi volte mas, antes, a marca precisa compreender que os atuais usuários da fabricante no país buscam, sobretudo, por preço baixo. E é dessas pessoas que o retorno da Xiaomi depende para ser um verdadeiro sucesso. Se a Motorola redefiniu o mercado de smartphones no Brasil em 2013, por que a Mi não pode fazer o mesmo agora?
E você, acha que a Mi volta?
Uma coisa é certeza, se ela voltar para o Brasil esqueça preços mais baratos. O Celulares da Xiaomi aqui no Brasil terá preços próximos de samsung e Motorola. Ela não irá comercializar seus produtos aqui a preços como ela tinha feito anteriormente. Vide Huawei agora que vai vender os celulares aqui, muito caro como era de se esperar.
Acredito e torço para que voltem a operar no Brasil, mas acho difícil terem preços muito abaixo da concorrência, caso tenham vão sofrer muita pressão das grandes, a pergunta é, até quando aguentariam, ou se teriam uma estratégia para contornar isso.
Dores de cabeça.
Eu retornei hoje pra Xiaomi. Peguei um Mi Mix 3 (embora estivesse de olho no Mi9) por um preço excelente.
Talvez fosse melhor fazer um estudo de Mix de Produtos da Marca para retornar ao País. Eles têm muitos produtos interessantes além de Smartphones, que dificilmente encontramos em Pontos de Venda Fixos.
Queremos TABLETs!!!!
Eis que encontramos um raro apreciador de tablets... Ainda existem msm ???
Opa... Tem outro aqui kk
Brasileiro gosta de importar aparelhos chineses principalmente pelo preço já que é possível pagar um valor muito baixo por um aparelho tão bom quanto os nacionais, se Xiaomi ou Huawei chegarem com os aparelhos com preços semelhantes ao que a concorrência cobra elas vão ter que abandonar o país rapidamente...
Provavelmente então vão abandonar rápidamente, o que faz os aparelhos serem mais baratos importando é justamente a falta de imposto e a moeda BR ser mais forte do que a chinesa... Se colocar o imposto e o custo de fabricação/importação já mata, só ver o preço do (EDIT: Pocophone) que a DL está fazendo.
HBOGo roda normal na mibox?
Os preços da Xiaomi serão o dobro do que o pessoal que importa e vende costumam aplicar nos seus produtos. Algo inevitável por se tratar do Brasil.
A xiaomi não precisa de grandes investimentos e lojas físicas gigantes, basta quiosques em shoppings para que o público veja e teste os aparelhos, e daí pode manter a estrategia de vendas online, mas sem aquela papagaiada de lotes, deixe disponível em estoque!
mesmo eu não sendo fã da marca, torço que dê certo, pois quanto mais concorrência melhor, a questão é se o custo Brasil vai deixar eles virem, e se virem mesmo, se iram sobreviver no mercado brasileiro, torço que sim
Voltar, até pode, porém, está fazendo um estudo detalhado do mercado, ao contrário da primeira vez.
Devido custo/lucro Brasil , infelizmente a única solução ainda é importar , somos um país muito caro e ineficiente
Espero que não volte, pois pode popularizar o infravermelho. Conheço um rapaz que usa essa tecnologia para desligar a TV de um bar aqui próximo.
isso seria uma tragédia sem precedentes 😂
TABLETs, eu quero TABLETs!!!!
Aqui em Recife já está a venda, vi na Ricardo Eletro do shopping, até tirei foto deles.