Review do Xiaomi Redmi 7: uma escolha difícil

Preço e disponibilidade

O Redmi 7 (não confunda com o Redmi Note 7, um outro aparelho) chega oficialmente no Brasil em Maio, mas já pode ser encontrado em lojas no exterior por cerca de US$ 180 (aproximadamente R$ 550) na versão com 3 GB de RAM e 64 GB de memória interna, que foi a que analisamos neste artigo.

Na hora da compra, preste atenção nas ofertas. Há uma versão mais barata, por cerca de US$ 140, que tem apenas 2 GB de RAM e 16 GB de memória interna. É muito pouco para um smartphone moderno, exceto para os usuários mais casuais.

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Sem grandes apostas no design

É fácil dizer que este aparelho tem um design “sem sal”, mas devemos admitir que a estratégia da Redmi de apostar em um time que está ganhando pode dar certo. O smartphone segue um estilo que agora é aceito pela maioria dos usuários, com bordas reduzidas ao redor da tela, um notch pequeno e traseira curva em plástico brilhante.

As bordas laterais também são feitas de plástico. As cores vermelha e azul, com um “degradê” na traseira, são muito bonitas, e também há uma versão “pretinho básico” para os menos ousados. O smartphone é confortável na mão e é fácil alcançar o leitor de impressões digitais na traseira. Entretanto, por causa do tamanho não é fácil alcançar todas as áreas da tela com uma mão só.

Economizaram na tela

O Redmi 7 possui uma tela IPS de 6,26 na proporção 19:9, mas infelizmente com resolução de 720x1520 pixels (HD+). Ainda assim, considerando o preço do aparelho é uma boa tela, com cores vivas e contraste suficiente, apesar do preto não ser tão perfeito quanto nas telas AMOLED.

Eu não gosto do fato de que a borda superior é mais larga do que as bordas laterais, já grandes. O notch não incomoda muito, ao contrário dos cantos excessivamente arredondados: gosto da idéia, mas na minha opinião a Xiaomi exagerou um pouco. A tela é protegida por um painel de Gorilla Glass 5.

A mais recente versão do Android, por enquanto

Ao ligar o smartphone encontramos o Android 9 Pie, personalizado com a interface proprietária da Xiaomi, a MIUI 10. Esta é uma ótima notícia, já que um smartphone tão barato dificilmente chega ao mercado com a última versão do Android.

Sabemos que a Xiaomi tem uma excelente reputação de suporte de longo prazo para seus smartphones através de atualizações contínuas. Nós não sabemos se e quando o Redmi 7 receberá o Android Q, mas as chances são muito boas.

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Preço baixo, rendimento idem

O desempenho certamente não será um dos pontos fortes do Redmi 7. O processador é um Qualcomm Snapdragon 632, acompanhado por 2 GB ou 3 GB de RAM. É suficiente para o dia-a-dia, mas não espere um desempenho incrível em jogos. Mas considerando o preço, é difícil esperar mais.

A memória interna é expansível através de um cartão microSD de até 512GB, algo altamente recomendado no modelo de 16 GB. Não há NFC para pagamentos sem contato, mas há um LED IR para o controle de equipamentos domésticos, algo mais útil do que você imagina.

O Redmi 7 é um smartphone Dual SIM, mas por causa da bandeja híbrida você terá que escolher entre uma segunda linha telefônica ou mais memória.

Soa como muitos outros

O Redmi 7 não é um aparelho para quem procura um smartphone com som excepcional : há um único alto-falante na parte inferior do dispositivo e é fácil cobrir ele, abafando o som. O volume é alto, considerando o único alto-falante, mas a qualidade não é a melhor. É uma pena que o Redmi 7 não use o alto-falante de chamadas, que fica sobre a tela, para criar um mínimo de efeito estéreo.

O conector para fones de ouvido com o tradicional plugue de 3,5 mm está presente e o volume máximo nos fones é realmente alto, como é tradicional nos aparelhos da Xiaomi. O software também permite a equalização de áudio em caso de uso de fones de ouvido com fio, e há Rádio FM.
 

Fotos decentes, mas não excelentes

Não há nada de especial sobre as câmeras deste Redmi. Na parte de trás há um sensor principal de 12 MP com autofoco por detecção de fase (PDAF) e lentes com abertura f/2.2. Também há um sensor de 2 MP, usado para detecção de profundidade, que cumpre o seu dever mas está longe de ser útil para a realidade aumentada como um sensor ToF (Time of Flight). Para selfies há uma câmera com sensor de 8 MP com foco fixo e lentes com abertura f/2.0.

Os resultados são bons, mas não excelentes, especialmente no escuro. O Redmi 7 pode tirar fotos decentes com boa luz ambiente, mas a qualidade cai rapidamente quando a noite chega. O alcance dinâmico poderia ser melhor mas, pelo custo do smartphone, ele se sai bem. 

No aplicativo da câmera há muitos modos de disparo, como Retrato e Pro, mas falta um modo noturno dedicado, presente nos outros modelos da marca. Os vídeos são gravados na resolução máxima de 1080p a 60 quadros por segundo.

Algumas fotos feitas com o Redmi 7

Veja todas as fotos feitas com o Redmi 7

Uma bateria milagrosa que demora pra carregar

Finalmente chegou a hora de falar sobre o ponto forte do Redmi 7. Revendo as especificações técnicas do aparelho, fica imediatamente claro que a idéia da Xiaomi era otimizar a autonomia da bateria, para maximizar a satisfação do usuário sem muitas reclamações.

O usuário menos exigente, aquele que não está interessado em jogos ou em telas de altíssima definição, prefere um smartphone com uma bateria de longa duração e aqui o Redmi 7 satisfaz. Com um resultado de 15h e 16m no teste de bateria Work 2.0 do PC Mark, no qual confiamos, ele no geral supera completamente a concorrência.

A recarga é feita através da porta Micro USB 2.0 na parte inferior do smartphone. Na embalagem há um carregador de 5V e 2A, muito lento para recarregar a bateria de 4.000 mAh de Redmi 7.

Redmi 7 – Especificações Técnicas