A Quantum está vendendo aparelhos chineses no Brasil?
Não é de hoje que muitas polêmicas sondam os lançamentos da Quantum. Existe uma grande especulação por parte dos usuários, e também de sites de tecnologia, sobre o trabalho feito pela empresa na construção de seus modelos, sobretudo no que diz respeito ao design. Estaria a Quantum vendendo aparelhos chineses no país sem desenvolvê-los do zero?
Resolvi escrever este artigo para reforçar alguns detalhes com os leitores do site, que são pessoas evoluídas e sempre estão atrás de informações relevantes e consistentes pela internet. Acontece que alguns textos estão circulando na web sobre os últimos anúncios da Quantum, dando a entender que a marca estaria importando celulares chineses e os vendendo no Brasil sem nenhum tipo de desenvolvimento.
Quem acompanha sites especializados, e também canais no YouTube do gênero, sabe que esse boato sempre ressurge após algum lançamento da marca paranaense. Aconteceu com o Quantum Go, com o Quantum Fly e agora com mais força nos Quantum V e Sky.
Quantum é White Label?
Ontem eu tive a oportunidade de conversar rapidamente com o Vinicius Grein, Gerente de Produtos da Quantum, que deu alguns detalhes sobre o processo de criação dos dispositivos envolvendo as marcas chinesas.
Você provavelmente já deve ter ouvido falar em White Label, que é um modelo de negócios onde um produto ou serviço é desenvolvido por determinada empresa e pode ser revendido por outras marcas sem a necessidade de divulgação dos direitos autorais. Esse modelo de trabalho pode ser usado como base para compreendermos de forma mais fácil a parceria que a Quantum fechou com algumas marcas chinesas.
O que acontece de fato é que a empresa brasileira também é responsável por desenvolver o produto e licenciá-lo para outras marcas, e não somente o contrário, como vem sendo especulado. Segundo o Vinicius, a Quantum passou a ser requisitada por outras fabricantes para trabalhar no design de alguns produtos com base no sucesso que a empresa fez a partir dos primeiros lançamentos no país.
O executivo acrescentou ainda que o consumidor brasileiro precisa ter em mente que existe conhecimento técnico no país para o desenvolvimento de telefonia, e que a Positivo e a Quantum são dois exemplos disso.
Os modelos Gionee e Ragentek
O alvo dos últimos boatos envolvendo a Quantum e seus recentes lançamentos foram modelos das marcas Gionee e Ragentek, que contam com o mesmo visual do Quantum Sky e V. Assim como aconteceu com o Quantum Go, a Quantum também foi responsável pelo projeto desses aparelhos através de uma parceria firmada entre as fabricantes mencionadas.
Segundo Vinicius, a Quantum não licenciou os modelos, mas foi a responsável em desenvolvê-los, fabricá-los e posteriormente fazer as adaptações necessárias para o mercado nacional. Gionee e Ragentek são parceiras da Quantum e, além disso, os executivos dessas marcas estavam presentes no evento de lançamento do Sky e do V, em São Paulo, no último dia 29.
Acrescento ainda que, segundo a Quantum, poucos sites, jornalistas ou youtubers procuraram os executivos da Gionee e da Ragentek durante o evento para tirar dúvidas sobre o processo de fabricação ou então para entender melhor a parceria que existe entre a Quantum e as fabricantes chinesas.
Parcerias e novos horizontes
Gionee e Ragentek são parceiras da Quantum, assim como a MediaTek, a Positivo e outras marcas que ainda irão surgir com o tempo. A Quantum pretende expandir seus negócios para mais países, como Paraguai, Uruguai, Chile e Argentina, e parcerias como essas permitem que a empresa consiga ter escala e trabalhar com preços mais competitivos em qualquer um desses países, incluindo o Brasil.
Além disso, esse modelo de trabalho permite ainda que a marca invista melhor em outros aspectos do telefone, que vão além do design, como o sistema operacional. O novo software de câmera do Quantum Sky, por exemplo, passou por um processo de calibração integrado ao hardware e ao sensor da Sony para que o mesmo pudesse tirar selfies de acordo com o padrão estético dos brasileiros.
Muitas empresas entregam o software da câmera frontal com padrão voltado para o mercado asiático, com efeitos de olhos grandes, rostos finos e tom de pele mais branco. O que a Quantum fez foi ajustar o software para os tons de pele do brasileiro para que o resultado pudesse ser mais próximo da nossa realidade. De fato, o recurso se mostrou bastante promissor à primeira vista, durante os testes que fiz com o dispositivo.
A própria base do SO é modificada pela Quantum, seguindo um padrão mais próximo do Android puro, que é uma preferência entre os usuários brasileiros. Componentes do hardware também foram modificados em comparação com os modelos da Gionee e da Ragentek, como a tecnologia da tela, a quantidade de memória RAM, o processador e o projetor a laser. Só por aí você consegue perceber que não se trata apenas de um processo de importação e substituição de marca, certo?
A Quantum colocou à disposição do AndroidPIT os executivos da empresa e também da Gionee e da Ragentek para comentar o caso e dar mais detalhes sobre todo o processo que comentei no artigo. Nós oferecemos a oportunidade da empresa criar um conteúdo especial mostrando os bastidores da Quantum e todo o processo de desenvolvimento de um modelo da marca para o site.
O que você achou do posicionamento da Quantum? Acredita que uma marca brasileira pode desenvolver produtos para outros mercados?
normal...não ?
Quantum custa? haha😂 Por ser uma marca brasileira,acho que a Quantum tá lançando aparelhos bons,que continue progredindo
Tá, mas quem não está vendendo aparelhos "chineses"?
Tudo é feito lá... :/
Eu quero mesmo ver os bastidores da QUANTUM pra saber se esses aparelhos estão mesmo sendo desenvolvidos no Brasil e com tecnologia brasileira.
Na vdd acho que não tem importância, pelo menos para mim, se o aparelho é fabricado do zero e aqui ou se é um protótipo comprado e modificado.
desde q o aparelho tenha uma boa especificação técnica é um custo benefício bom ou razoável já está valendo.
Pelo menos temos uma empresa se arriscando no Brasil, o q já é muita coragem.
Acho mimimi reclamar desse tipo de coisa
Engraçado ver gente falando de importação de aparelhos chineses pela Quantum, principalmente num mercado como o nosso onde a maioria das empresas desenvolve e/ou compra seus projetos e produtos com referencia ou tecnologia asiática, a propria Sansung não usa processadores e gpu da midiatek e snapdragon, de onde acha que isso vem?.. Manaus???
E a Apple que nunca investiu um real em desenvolvimento no Brasil e continua rotulando seus aparelhos chineses e coreanos com produzidos e desenvolvidos por Apple Califórnia, o problema é um monte de aficcionado no oriente pensar que nós( apesar dos problemas) não podemos desenvolver ou criar um novo horizonte no ramo da tecnologia mundial, parcerias são o que tornam as pessoas mais proximas e garantem que recebamos aqui a mesma tecnologia e eficiência que outrora demorava muito pra chegar aqui de vezes até já ultrapassada...
Há décadas a indústria automotiva fabrica e desenvolve produtos em parceria, assim, só neste ano Renault, Nissan e Mercedes lançaram carros diferentes sobre o mesmo chassi, no mundo da telefonia isso é crime? Putz vou arrancar a câmera Sony do meu Meizu.
Eu obtive um Quantum MUV no começo do ano. Mas me arrependi amargamente da marca. O celular tem um excelente acabamento e é confortável na palma da mão, tem uma ótima variação de cores, vividas, densas e várias outras funções com o MiraVision, câmera dele também foi algo que me surpreendeu muito mesmo! Mas o que odiei foi a dificuldade do celular em executar tarefas simples, como ver um vídeo em alta resolução no YouTube, ou demora para abrir o Facebook. Se usassem Qualcomm Snapdragon seria melhor. Iria ficar mais caro, sim, porém teria qualidade. Espero que a marca repense sobre usar MediaTek nos próximos lançamentos. MediaTek é um tiro no queixo.
até se usasse um mediatek decente, como o mt6737T (o do muv é o 6735p), já seria melhor
6735p é o processador mais fraco da mediatek, é só pra zip zop
Fiquei muito tempo achando que os chipsets da mediateck não prestassem, até adquirir um celular oukitel...
Mudei completamente de opinião, e hoje sei, até por experiência própria, que os chips de gama baixa da mediateck são até melhores que os correspondentes da qualccom...
Mas você tem razão, o MT6737T, que roda a 1.5 de clock, é excelente...
Inclusive o MT6580A, muito básico, supera, na minha opinião, o MT6735...
Enfim, mesmo estando um passo atrás da qualccom, a mediateck não envergonha ninguém, basta ter suas linhas "p" e "x", e que melhor: permite de ter um aparelho de ponta a preço justo...
Na verdade, assim como a Snapdragon possui processadores para o mercado de baixo custo a Mediatek também têm. Esse processador é o mesmo que embarca o Lenovo Vibe C2 e Vibe B, que tem desempenho bem abaixo da média. É só na próxima tentar procurar um pouco mais sobre as especificações do aparelho, para não esperar do mesmo algo que ele não pode oferecer.
Não sei pq tanto mimimi!!!
Monte de gente importando smart chinês e tão achando uma maravilha!
A Renault vende carro romeno no Brasil com logo da Renault e todo mundo compra achando bom!
Me parece que a quantum só liberou sua IP para outras empresas....
Penso que a Quantum deve ser valorizada por nós brasileiros, porque não é fácil empreender em um país cuja carga tributária é a maior do mundo, inclusive taxação altíssima em cima da mão-de-obra. A China atrai indústrias pro seu território porque viu, décadas atrás, que o mundo se inclinava a proteger demais o trabalhador, que, na prática, se dá o contrário (vide Brasil). A melhor garantia para o trabalhador é o posto de trabalho à sua disposição. A Quantum, na minha visão, é muito corajosa em produzir telemóveis em nosso país, por isso deve ser aplaudida é valorizada, mesmo que produza por cópia adaptada, white label, ou simplesmente copie inspirações de outras produtoras, como fez e faz a gigante Xiaomi, que, por exclusiva inspiração sua, saiu o excelente Mi Mix, o sem bordas, que lembra o anterior Sharp Aquos. Então, copiando, adaptando ou simplesmente se inspirando em outro, a Quantum avança e constrói postos de trabalho num país de funcionários públicos e devastado pela corrupção. A Doogee, a UmiDigi, a Blubloo, a Oukitel, a Blackview, a Elephone, a UleFone, e muitas outras, sempre copiaram e continuam copiando, pois assim exige o mercado de telemóveis, se piscar um segundo fica para trás.
Eu tenho um Quantum, qualidade gigantesca no aparelhobpor preço muito baixo, com garantia e tudo mais... Vale a pena, eu tinhanum Samsung top que se foi para os céus e resolvi apostar na Quantum... Não me arrependo! Muito melhor que o esperado e menos da metade do preço do Samsung que tinha..... Sem mimimi, recomendo!!!
Quantum dando aquele "jeitinho" brasileiro! ^^
Tradução: compramos projetos de empresas chinesas, colocamos peças de qualidade inferior e mais baratas fazemos contrato para fingirem que desenvolvemos. A Gionee é uma empresa que evita atualizações pra que seus aparelhos fiquem obsoletos mais cedo e sejam substituídos logo.
A Quantum e a Positivo não possuem um pingo daquele calorzinho na cara chamado vergonha! O que custa dizerem que não são apenas escritórios que usam as fábricas da positivo pra fábrica telefones chineses e fingir que fizeram. ;)
E que tal liberarem o código fonte do kernel como manda a GPL e parar de infringir licença como a Gionee (que faz isso pra evitar que a comunidade atualize o software dos aparelhos deles).
Seria mais bonito a Quantum chegar e dizer :
"observamos o mercado internacional é firmamos parceria com 2 ótimas empresas e estamos trazendo excelentes smartphones para o Brasil. Além disso fizemos adequações para agradar o consumidor brasileiro e com isso temos certeza que os produtos vão agradar nossos clientes."
Pronto, não é tão difícil. Não tem ficar fazendo essa ladainha e se queimar sem necessidade.
Por isso não existe atualizações