Motorola ganha mercado na América Latina enquanto Samsung encolhe
A consultoria Counterpoint Research divulgou seu relatório trimestral sobre o mercado de celulares na América Latina, indicando que a região teve um crescimento de 0,7% na comparação com o terceiro trimestre de 2020. Um dos destaques no período foi a Motorola, que reduziu significativamente a distância em relação a líder Samsung.
Direto ao ponto:
- Mercado de celulares cresceu na comparação com 2020 e o trimestre anterior;
- Samsung perdeu quase 10 pontos percentuais de participação de mercado;
- Motorola se consolidou na segunda colocação, com um aumento de participação na região.
Segundo os analistas da Counterpoint, parte da variação pode ser diretamente atribuída à atual escassez de componentes que, ao que tudo indica, afetou menos as fabricantes chinesas.
O mercado brasileiro foi apontado como um dos mais impactados, em especial com o resultado da crise de chips nas fábricas da Samsung no Brasil e no Vietnã, o que pode explicar em parte a queda de 9,7 pontos percentuais dos sul-coreanos na região.
Já a Motorola — líder no México e segunda colocada no Brasil e Argentina — reforçou sua gama de produtos na região, com uma série de lançamentos nas linhas Moto G e Edge em 2021. A consultoria destacou que a produção local é um dos fatores mais significativos na região, que costuma aplicar uma forte carga tributária em produtos importados, ajudando a explicar o domínio das empresas com fábricas na região.
A Counterpoint destacou ainda que a crise de componentes também afetou duramente as marcas regionais — Positivo, por exemplo no Brasil —, que no geral registraram uma redução de participação de mercado na região (dentro do grupo outros/others).
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Na contramão da Samsung e das marcas locais, porém, as fabricantes chinesas como Xiaomi, ZTE, Oppo e Vivo apresentaram crescimentos consideráveis na América Latina, especialmente em países como Colômbia, Chile e Peru. Neste ponto, vale destacar que as três últimas empresas não possuem representação no Brasil, enquanto a Xiaomi atualmente não possui fabricação nacional.
Por fim, a Apple registrou um discreto aumento de participação, mesmo tendo sido ultrapassada pela ZTE e Oppo. A consultoria apontou falta de estoques do iPhone 12, às vésperas da chegada do iPhone 13, que aconteceu em Outubro e não influenciou significativamente os números da empresa de Cupertino no terceiro trimestre.
Apesar das medidas protecionistas no Brasil e Argentina, os analistas da Counterpoint acreditam que a diversificação do mercado na América Latina deve continuar crescendo, especialmente com a expansão das marcas chinesas na região.
E aí, sentiu falta de alguma marca específica? Será que as recém-chegadas Infinix e Realme têm chances de ganhar espaço? Deixe sua opinião nos comentários abaixo!
Fonte: Counterpoint Research
Você percebe que a coisa não é boa quando a Motorola é a segunda colocada... Ainda mais aqui no Brasil que mal temos opções...
Eu achava que era a Huawei a mais vendida no México.
A Huawei era segunda ou terceira colocada, dependendo da análise, mas parece que caiu após as sanções do Trump.