Review do Asus Zenfone 5: inteligência em primeiro lugar

Asus Zenfone 5 – Data de lançamento e preço

A série Zenfone 5 foi lançada no dia 16 de agosto custando os seguintes preços:

• Zenfone 5Z (SD845 - 64 GB): R$ 2.499
• Zenfone 5Z (SD845 - 128 GB): R$ 2.949
• Zenfone 5Z (SD845 - 256 GB): R$ 3.399
• Zenfone Max Pro M1 (SD630 - 32 GB): R$ 1.349
• Zenfone Max Pro M1 (SD636 - 64 GB): R$ 1.549
• Zenfone 5 Selfie: R$ 1.499
• Zenfone 5 Selfie Pro: R$ 1.699
• Zenfone 5 (64 GB): R$ 1.999
• Zenfone 5 (128 GB): R$ 2.249

Para conhecer outros produtos lançados pela Asus, acesso o artigo:

• Zenfone 5, 5Z, 5 Selfie, 5 Selfie Pro e Max Pro M1: as novidades da Asus para o Brasil 

Asus Zenfone 5 – Desenho & Qualidade de Construção

No ano passado, a Asus trouxe uma família enorme de Zenfone 4 para o mercado, feita de vidro e metal e bem elegante. Neste ano, temos apenas (ei, isso é bom) três Zenfone 5 bem idênticos e que só diferem nas especificações. O aspecto estético, bem como o acabamento e fabricação dos dispositivos, amadureceu muito. 

O Asus Zenfone 5Z e o Asus Zenfone 5 compartilham o mesmo corpo, já o Zenfone 5 Lite (ou Selfie no Brasil) se diferencia porque tem quatro câmeras, duas na frente e duas atrás. A Asus trouxe USB-C e entrada P2, ou melhor, ela se manteve atualizada e não abriu mão de tecnologias básicas, logo, você poderá carregar seu Zenfone 5 e ouvir músicas ao mesmo tempo.

A parte de trás do Zenfone 5 é feita de vidro com aqueles círculos concêntricos clássicos da empresa de Taiwan. A câmera dupla sobe um pouco na parte traseira, e temos um buraco para o sensor de impressão digital com uma transição muito suave para o toque. Não é o meu lugar preferido, mas até que o sensor vá para debaixo da tela, vai ser isso aí mesmo. Afinal, até a Sony mudou o leitor de lugar...

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A frente é coberta com um vidro curvo nos cantos. Sua tela IPS tem uma proporção de 19:9 com 6,2 polegadas, cantos arredondados e, no topo, encontramos aquele entalhe do iPhone X, que eu achava que era tipo um erro, mas tem até nome: notch. Quase não há bordas, o que é muito legal, mas na parte inferior há um pouco mais de espaço. No total, a tela ocupa um ótimo espaço de 90% da superfície do dispositivo. As intersecções entre o vidro e o quadro de alumínio são perfeitas, não há do que reclamar à primeira vista.

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Asus Zenfone 5 – Tela

A tela do Zenfone 5 é enorme, com 6,2 polegadas e resolução Full HD, que resulta em 2160 × 1080 pixels. O display IPS LCD traz cores vívidas, contraste equilibrado e ótima nitidez. É claro que para esse tamanho de tela seria melhor se a Asus tivesse optado pela resolução 2K, no entanto, pela questão da proposta do produto - custo/benefício - dá pra passar sem uma resolução maior.

Durante os testes não notei distorções de cores ou problemas com reflexos em luz solar ou coisas do tipo. Pelo contrário, a tela LCD do Zenfone 5 tem bastante qualidade e, me arrisco a dizer, que ela compete em pé de igualdade com telas da Apple com a mesma tecnologia e também com as da Sony.

Com relação ao notch, contudo, existem alguns prós e contras. A favor da Asus está o fato da empresa ter pensado na customização do software para receber essa características. Como mostramos em nosso Instagram, os ícones de notificações que ficam ocultados ao redor do entalhe são expandidos quando o usuário clica rapidamente em uma das laterais do recorte. 

Os símbolos de status e notificação que temos na parte superior da tela estão em cada lado da tal tela notch, mas quando colocamos o dispositivo na posição horizontal, esta parte da tela escurece fornecendo uma vantagem para, por exemplo, jogos ou vídeos.

O lado contra não é exatamente da Asus. Isso porque muitos serviços e aplicativos ainda não estão adaptados ao notch, fazendo com que a região dos sensores corte determinadas partes de vídeos, imagens e aplicativos. No próprio software, como mostramos em outro vídeo no nosso Instagram, existe a opção de manter o campo do recorte em evidência ou ocultá-lo.

A opção de ocultar, contudo, deixa a tela e a interface um pouco entranha, com uma espécie de risco na parte de cima e com cantos arredondados na parte debaixo.

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IA por toda a parte

O Zenfone 5 reune alguns recursos bem interessantes de Realidade Aumentada, dando uma prévia daquilo que a Asus é capaz de desenvolver nesse sentido em futuros dispositivos. Confesso que nem todas as opções descritas no software como sendo de IA encantam ou agregam uma experiência realmente diferenciada, no caso, fica dentro da média de outras interfaces que estão buscando emplacar essa tecnologia em usos básicos.

A sugestão de aplicativos é descrita como IA, pois se baseia no uso do software e sugere opções mais usadas e também apps e jogos relacionados. O OptiFlex é uma espécie de complemento ao recurso anterior, pois ele tenta acelerar o lançamento ou o carregamento das aplicações mais usadas pelo usuário. De modo geral, apesar de funcionar, esses recursos acabam passando despercebidos no uso cotidiano.

Carga IA

Agora, dois recursos que se mostraram bem promissores foram o Carga por IA e o Toque de IA. A primeira opção analisa os ciclos de carregamento da bateria, bem como o período que ela costuma pedir mais carga e o horário médio que o carregamento é feito. Com base nesses costumes o software consegue se preparar para dar uma carga mais rápida ou a tempo do usuário usar o dispositivo. Durante os testes eu consegui notar que as cargas feitas durante a tarde eram mais rápidas, enquanto que aquelas feitas no período da noite eram mais lentas.

Notei durante os testes que o software faz uma espécie de análise e consegue limitar a entrada de energia para o carregamento dependendo da situação e da capacidade da bateria naquele momento. Em períodos de maior ociosidade, por exemplo, o carregamento é ligeiramente menor. Essas diferenças aparecem após alguns dias de uso, pois só pude percebê-las após o quarto dia de uso do Zenfone 5.

Toque de IA

O Toque de IA é o segundo recurso que achei bastante interessante e, de certa forma, inusitado. Ele propõe um ajuste nos volumes do dispositivo, sobretudo no de chamada, que varia de acordo com o ruído ambiente. Fiz alguns testes básicos, como receber ligação com o som do quarto no volume máximo e depois com o quarto em silêncio absoluto. No primeiro, o volume foi para o nível máximo, enquanto que no segundo o toque foi reduzido para algo em torno de 20%.

Essa opção pode ser bem interessante para quem precisa regular periodicamente o volume do dispositivo para se adequar a diversas situações. Lembrando que por padrão essas funções de IA saem de fábrica parcialmente desativadas. Para ativá-las, vá até Configuração> Avançado> Recursos de IA.

Existem outros recursos nesse sentido presentes no software, que são menos perceptíveis ou então que você configura uma vez e acaba esquecendo que existe, como o ZennyMoji, que cria uma máscara IA que reproduz os movimentos do seu rosto e você pode usar em aplicativos de mensagens.

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Asus Zenfone 5 – Software

O Zenfone 5 sai de fábrica rodando com Android 8.0 Oreo e, muito provavelmente, receberá uma nova versão do sistema, no caso o Android 9 Pie. A Asus tem tem mostrado mais comprometida com updates para novas versões do SO para seus aparelhos mais recentes. A interface Zen UI está mais consistente e com novos recursos e, com relação aos antigos, como aqueles para controles por gestos da ZenMotion, tudo parece estar mais organizado dentro do sistema.

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O usuário pode cadastrar seu rosto para desbloquear o dispositivo e, pode também, definir sua biometria para diferentes impressões. Existe ainda um calibrador para as cores da tela, a opção para reprogramar os botões do Zenfone 5 para contatos, números e ações de emergência e um economizador de energia com alguns modos bem eficientes. De modo geral, a Zen UI está mais madura e consistentes, além de vir com bem menos apps de terceiros e da própria Asus.

É claro que os apps da empresa ainda esta por lá, mas eles estão mais presentes em configurações do sistema e em apps enxutos. Inclusive, todas as opções proprietárias ficam agrupadas na pasta ASUS. Nela, ótimos utilitários estão presentes, como um gerenciador de arquivos, gravador de voz, app de clima e um serviço de armazenamento em nuvem. Velhos conhecidos de outras versões da Zen UI, de fato, mas ainda sim bons utilitários.

Dois recursos em particular se destacam dentro do software, que é o Twin Apps e o Game Genie. O primeiro funciona de forma semelhante ao Dual Messenger, da Samsung, permitindo que o usuário possa ter duas contas do Facebook, Instagram ou dois números de WhatsApp rodando de forma separada no mesmo aparelho. O segundo estabelece algumas pré-definições para aqueles que preferem ficar longe de distrações enquanto jogam e que gostam de trazer game play por streaming.

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O Genie também cria um perfil e uma barra de controle com jogos selecionados e pré-definições que o usuário pode disponibilizar. Podemos dizer que é uma espécie de Game Launcher.

A ZenMotion é uma seção muito importante dentro das configurações do Zenfone 5, pois é através dela que você conseguirá fazer algumas configurações, como ativar ou desativar a tela com toques ou então atender uma ligação automaticamente ao colocar o telefone no ouvido.

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Asus Zenfone 5 – Performance

O Zenfone 5 está equipado com um processador Snapdragon 636 de 64 bits juntamente com 4 GB de RAM e 64 GB de armazenamento (o Zenfone 5Z traz o Snapdragon 845). Segundo a Asus, existem algoritmos baseados em IA que fazem com que a performance seja otimizada, como o AI Boost, que você pode ativar na barra de acessos rápidos. Esses recursos procuram otimizar processos em segundo plano e reduzir o uso de memória RAM em diferentes situações, como durante jogos e no modo multi-janela.

Infelizmente, a versão com 6 GB de RAM não estará disponível no país como a Asus havia divulgado para o AndroidPIT anteriormente. Essa variante, contudo, foi cancelada. De modo geral, com relação ao processamento, o Zenfone 5 é capaz de rodar apps e jogos sem quaisquer problemas sem prejudicar a experiência.

Mesmo com os esforços da Asus no sentido de usar a Realidade Aumentada para otimizar partes do software, o desempenho do dispositivo em si fica dentro da média dos smartphones que rodam com Snapdragon 636 apoiados nessa quantidade de RAM. A performance do Zenfone 5 fica dentro daquilo entregue pela versão básica do Moto Z3 Play e do Galaxy A8+.

Em alguns momentos senti o software engasgar, principalmente quando eu usava o dispositivo após algumas horas em stand-by. Ao ligar o Wi-Fi nesses casos, após um período em off, o sistema ficava ligeiramente "engasgado" por mais ou menos 2 minutos. Também é válido destacar que a Asus está de olho em bugs do dispositivo, pois mesmo em fase de testes a empresa liberou dois updates com correções pontuais para todo o sistema.

Fizemos um comparativo geral, incluindo performance, do Zenfone 5 com o Moto Z3 Play:

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Asus Zenfone 5 – Áudio

O Zenfone 5 traz dois alto-falantes estéreo de cinco ímãs que oferecem som estéreo profundo e expansivo, sendo conduzidos por amplificadores duplos que garantem o máximo de volume. O smartphone suporta ainda arquivos de áudio Hi-Res codificados em taxas de amostragem de até 24 bits/192KHz – 4 vezes melhor que a qualidade de CD. 

Os fones que acompanham o dispositivo na caixa tentam tirar máximo proveito dessas características, embora um fone com suporte pleno ao áudio Hi-Res seja o mais adequado. Após o período de testes, posso afirmar com certeza que o Zenfone 5 entrega a melhor experiência de áudio nessa faixa de preço.

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Asus Zenfone 5 – Câmera

A posição da câmera traseira faz com que o novo Zenfone 5 se pareça ainda mais com o iPhone X. Tecnicamente, temos um sensor principal Sony IMX363 de 12 megapixels e um secundário de 8 MP com uma lente grande angular de 120º, algo semelhante à configuração dupla da câmera do LG G7 ThinQ.

Graças à inteligência artificial, a Asus agora oferece uma experiência mais enriquecida na qual vamos tirar fotos melhores com facilidade. Na câmera frontal, encontramos um sensor de 8 megapixels com uma aplicação dedicada a selfies, com muito embelezamento. Ou seja, vamos ficar todos bonitos, sim ou sim.

Os recursos de IA estão embutidos em segundo plano no que pode ser chamado de cenários automáticos, onde o software analisa a melhor cena e configuração para a imagem que você pretende tirar. O mais curioso é que isso funciona em tempo real, ou seja, durante o processo de captura.

Essas configurações automáticas são boas, mas podem atrapalhar em algumas situações. As imagens abaixo são exemplos disso, visto que o software não se decidia se o HDR seria ativado ou não, o que acabou interferindo na qualidade das cores, da exposição e no tempo do clique, talvez pelo fato do dia estar nublado. Tudo dependerá do quão detalhista você é na hora de tirar fotos, se pretende editá-las depois ou não.

As duas imagens acima são de ângulo aberto e as debaixo fechado:

Falando em editar, o Zenfone 5 memoriza correções feitas em uma foto e consegue aplicá-las nas imagens sequentes. Outro recurso que tem utilidade duvidosa, mas que pode ser interessante para determinadas situações. A IA da Asus consegue ainda reconhecer rostos e objetivos e classificá-los na galeria de imagens.

A câmera frontal funciona bem, com bons resultados e recursos que muitos usuários buscam hoje, como modo retrato e embelezamento. O modo retrato, que desfoca o plano de fundo, nem sempre entrega resultados bons, enquanto que o embelezamento deve ser ajustado pelo usuário para se adequar a um padrão mais, digamos, brasileiro de fisionomia.

Você pode tirar fotos boas, como a primeira selfie acima onde o ambiente sequer tinha iluminação total, e também com o modo retrato, como a imagem ao lado. As fotos com o uso da segunda câmera surpreendem pela quantidade de cena que pode ser capturada, mas o resultado tende a ser uma foto com ligeiramente menos nitidez que a mesma foto deixa com o ângulo fechado, ou seja, somente com a câmera principal.

Com relação ao software de câmera, impecável, a Asus conseguiu incluir inúmeros recursos numa interface inteligente e bem elaborada visualmente falando. Será questão de tempo até que o software evolua e fique mais enxuto.

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Asus Zenfone 5 – Bateria

Assim como a tela, a bateria é outro ponto forte do Zenfone 5. Ela não é grande, com 3.300 mAh, mas consegue entregar resultados bem interessantes, principalmente devido as melhorias que a Asus faz em sua interface. Sem limitar o sistema, reduzindo recursos extras, por exemplo, você pode chegar ao final do dia útil com 20% de carga. Agora, se você fizer o boost completo, ou seja, limpar processos manualmente, ativando recursos de potencialização e economia de energia, a carga final deve se esgotar somente no início do próximo dia.

Meu dia começa por volta das 8h e, basicamente, usei o Zenfone 5 com sincronização, localização desativada e fiz bastante uso de streaming, como Spotify e YouTube. Com 100% nesse horário inicial consegui chegar a 15% por volta das 19h. Eu não uso o aplicativo do Facebook, mas passo bastante tempo no Instagram, o que acaba compensando. Os resultados foram bons dentro do esperado, sem aquecimentos ou desligamentos espontâneos.

O Zenfone 5 é um dispositivo consideravelmente fino e leve se levarmos em consideração os materiais usados em sua construção, o tamanho da tela e da bateria.

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Asus Zenfone 5 – Especificações Técnicas