Xiaomi abre o jogo sobre o rumo das operações no país
A Xiaomi não lançará novos smartphones no Brasil em curto prazo, ao mesmo tempo, mudará seu modelo de negócios no país, vendendo seus produtos apenas em canais parceiros. As afirmações foram feitas por Hugo Barra, vice-presidente internacional da fabricante chinesa, em entrevista exclusiva ao AndroidPIT. Confira os principais trechos do bate-papo.
Brasil sem novos smartphones da Xiaomi. Pelo menos por enquanto
O enrosco tributário e relativo à fabricação de dispositivos no Brasil fará com que o país fique de fora do cronograma da Xiaomi para a chegada de novos smartphones, afirma Hugo Barra.
“Com as mudanças constantes nas regras de fabricação e na tributação para as vendas via e-commerce no Brasil no final de 2015, e que ainda não estão solidificadas, decidimos não fazer novos lançamentos no país no curto prazo. Sabemos da expectativa dos fãs a respeito de novos produtos, mas concluímos que, dada a atual situação, é a decisão correta”.
No entanto, o executivo não explicou o que significa “curto prazo” em termos de chegada de novos produtos da marca chinesa por aqui. Mas é pouco provável que o usuário brasileiro tenha acesso aos lançamentos da Xiaomi em 2016. “Temos muita confiança na estabilização do mercado no Brasil e na equipe Mi Brasil. E estamos nos preparando para o futuro redesenhando nossa operação no país.”, acrescentou.
Estrutura da Xiaomi Brasil diminuirá
Ainda que a Xiaomi afirme categoricamente que não sairá do Brasil, Barra afirmou que a estrutura da empresa sofrerá modificações em seu quadro de funcionários. Isso porque os setores de Marketing e Social Media serão transferidos para o escritório central da companhia, em Pequim: “A nossa equipe Mi Brasil na área de social media tem feito um trabalho magnífico e hoje lidera nossos best practices no Facebook, por exemplo. Muito em breve, esse pessoal se mudará para Pequim, onde se juntará a nossa equipe global de marketing”.
Toda a área de Marketing e Redes Sociais da Xiaomi no Brasil será transferida para Pequim
Mesmo com essa mudança, o executivo declarou que o trabalho em relação ao mercado brasileiro continuará sendo feito de forma remota: “Eles continuarão a cuidar das nossas atividades de marketing no Brasil e irão também contribuir para nossos planos para a América do Norte. Com um time lá, o Brasil ganha mais relevância e representatividade junto ao time global.”
Com essa reestruturação, a Xiaomi continuará com seis áreas atuando localmente no Brasil: e-commerce, suporte ao cliente, assistência técnica, logística, finanças e gerência geral.
Mudanças no modelo de negócios
A Xiaomi também está redesenhando o seu modelo de negócios no Brasil. Se antes a empresa vendia seus smartphones e acessórios por meio de seu site (Mi.com), e logo depois nas lojas (online e off-line) da Vivo, agora a tarefa ficará a cargo de sites de e-commerce. “Os produtos estão disponíveis nas lojas da Vivo e nos nossos parceiros de e-commerce: Submarino, Americanas.com, Shoptime, Casas Bahia, Extra, Pontofrio, Walmart.com, Webfones e Ricardo Eletro.”, afirmou Barra.
O vice-presidente da Xiaomi disse ainda que o modelo global de vendas da Xiaomi é estruturado para se adaptar a cada mercado. E que a companhia “observa e aprende a melhor maneira de oferecer nossos produtos em cada região”.
Xiaomi interrompe produção local de seus produtos
Hugo Barra disse também que os smartphones da Xiaomi não serão mais produzidos no Brasil até segunda ordem: “Tomamos as decisões a respeito da importação ou fabricação local dos produtos disponíveis no Brasil de acordo com cada produto. Eles são produzidos no Brasil quando, e se, a fabricação for mais vantajosa comparada à importação.”, afirmou o executivo.
“Como as regras para os incentivos fiscais oferecidos no Brasil para a produção local estão em constante mudança, optamos, neste momento, por pausar a produção. Para os próximos produtos, essa avaliação será feita novamente.”
Feedback dos usuários brasileiro decidirá futuros lançamentos da Xiaomi no país
Ainda que não tenha especificado quando o Brasil terá novos smartphones da Xiaomi, Hugo Barra anunciou a criação de um programa Beta, focado nos consumidores do país. Segundo ele, a ação tem o objetivo de obter feedback dos usuários em relação a novos produtos da empresa, ajudando a Xiaomi a tomar futuras decisões de portfolio no Brasil.
“Todos os detalhes do Xiaomi Beta serão informados diretamente aos Mi Fãs nas nossas páginas nas redes sociais nos próximos dias, mas posso adiantar alguns detalhes: os interessados deverão responder perguntas sobre a Xiaomi e sobre tecnologia em geral e a própria Xiaomi, com base nas respostas, selecionará os beta testers”.
Saída do Brasil e arrependimento
Barra afirmou também que essas movimentações não representam um movimento lento de saída da empresa do país e que as mudanças fazem parte de uma estratégia mais ampla da Xiaomi para sua expansão em novos mercados, de acordo com seu modelo de negócios. “Continuamos acreditando que o Brasil, bem como outros mercados ocidentais, como os Estados Unidos, representa uma grande oportunidade para nós”.
Quando questionado se a empresa chinesa se arrepende de ter investido no Brasil, o executivo nega: “De maneira alguma. A operação brasileira é bem sucedida e atingiu as metas esperadas até agora, tanto de vendas, como de crescimento e produziu grandes inovações de marketing que surpreenderam até mesmo a nossa equipe na China”.
No entanto, infelizmente, o atual momento da Xiaomi no Brasil será de observação: “Continuaremos avaliando diversas possibilidades de portfólio que seriam compatíveis com o nosso público no Brasil e acompanhando de perto as mudanças nas regras para o nosso setor, para que tenhamos novos lançamentos quando o momento for mais propício.”
Passei semanas pesquisando um smartphone, comparando modelos, marcas até que descobrir a chinesa Xiaomi.
Aí fui ver que não tinha no Brasil, só aquelas réplicas ou primeira linha, original mesmo nada... tentei importar da china e sem êxito pois sairia muito caro se fosse taxado, queria muito o Mi Note 2, aparelho mto foda, design lindo... aí descobri a loja ZonaMóvel Xiaomi Brasil, atendimento ótimo, tanto na pré, como na pós compra, porém quando o celular estava chegando no centro de distribuição foi extraviado.... que decepção
Aí fiz contato com a loja e fui bem atendido, entenderam rapidamente a situação e me mandaram imediatamente outro, via sedex pedindo desculpa (isso que o problema foi no correios) chegou em 2 dias, fiquei muito satisfeito porque comprei já na Americanas, comprei uma vez um samsung e demorou muito, atendimento péssimo, aí só para ressaltar quem quiser uma loja de confiança, tá aí ZonaMóvel Xiaomi Brasil.
Quem diz q a xiaomi errou em trazer celulares "meia boca" mal conhece a complexidade tributária no país, para uma empresa entrar no mercado atual brasileiro é extremamente difícil, alem de ter já marcas consolidadas aqui, a carga tributária em cima de um produto é altíssima, eles queriam começar de baixo, trazendo celulares mais baratos, que na verdade com a alta da carga tributária acabou ficando bem mais caro que o esperado, aí se eles começassem com um celular top, que no brasil custaria uns 3 mil (com carga tributária brasileira) ficariam falando q a empresa exagera nos preços. ACORDA MEU POVO, O BRASIL é um dos países com maior carga tributária na America latina, mesmo a empresa investindo alto, seria um risco grande. Se a complexidade tributária ja prejudica empresas nacionais, imagina as internacionais. O brasil q perde, nossa tecnologia é atrasada e pagamos alto por produtos que valem pelo menos a metade.
A verdade é que nosso governo só tem um interesse que é esfolar as empresas e os consumidores de impostos cada vez mais indecentes. Xiaomi, pelo que tenho lido em sites americanos e estrangeiros, é uma das melhores marcas de celular no mercado. Não tem nada de xing-ling e ultimamente vem lançando diversos produtos inovadores. Lançaram esse celular Xiaomi Mi Mix de 256GB e eu adorei a tela e a capacidade de 200 horas em standby. Claro que o celular tem algumas desvantagens sobre o iPhone 7S e seu valor não é barato, USD 967.04 no site Gearbest e R$ 3.286,41 no Deal Extreme. Mas eu fiquei extremamente tentada a comprar. Optei por um Xiaomi Note 2 que é mais barato por eu ainda não conhecer essa marca. Mas pelo que eu tenho lido, ela está vendendo muito e seus produtos esgotam rapidamente. Teve um celular que esgotou com 10 s quando foi colocado no site. Então é um produto que me chamou a atenção.
Uma pena porque é uma marca que vende barato e no mar de impostos que vivemos seria excelente.
#ForçaChape
Uma pena mesmo não trazer os smartphones mais fortes. Tenho o Redmi Note 3 Pro e digo: o celular é um MONSTRO. Se viesse oficialmente para o Brasil com preço justo ia ser uma baita dor de cabeça para as outras marcas.
Esse Hugo Barra errou feio em desprezar seu próprio país nos planos da Xiaomi. Se PELO MENOS eles estabelecessem que comprando no exterior poderíamos ter a garantia integral no Brasil como faz a Apple, importaria sem medo de ser feliz.
o país que despreza os empresários.
É uma pena. Comprei os dois modelos e não me arrependo. Acho fantástico!
Tão perdendo,se eles trouxessem o redmi 3 pra cá, adeus quantum go,moto g
Sério, se trouxesse o Mi5 pra cá eu compraria, sem pensar duas vezes... infelizmente ficaram com medo de arriscar...
O mi 5 é fantástico mesmo... mas eu ainda pensaria mil vezes, porque é carinho pra caramba pra mim rsrsrs 300 dólares, tenho que fazer uma economia tremenda por uns meses... mas daria até gosto, ter um smartphone que bate até mesmo o S7 na pontuação Antutu...
Nao amigo esse de 32gb é a versao de 300 Usd, ela e a de 64gb n bate o s7 nos Benchmarks, só a versão pro que bate e ganha, a prime ganha em alguns Benchmarks, mas tem desempenho inferior, eu paguei 502 usd = 1650 no ali express e pague 242 de taxa.
Entendi. Depois, eu pesquisei os Benchmarks pra versão. Quanto ao preço, também compro pela internet, mas quando estou fora do Brasil, não aqui. A tributação é absurda aqui, não tenho coragem não rsrsrs Compro pela Ecomtel na Italia mesmo, quando vou visitar minha família, tem sempre promoções excelentes.
saiu justamente quando mais precisávamos dela, agora com esse mercado caro e o redmi 3 sendo ótimo custo benefício eles não o trazem r.i.p mi brasil
Planejamento tosco..venda de gadjets, deve priorizar lojas físicas no Brasil,pelo menos até estabelecer a marca..
Priorizar loja física para vender mais caro? Quem compra em loja física sempre paga muito mais caro. Tosco é comprar celular em loja física. Tosco é o povo brasileiro ter mente fechada e perder oportunidades de ter os gadgets mais vendidos no mundo.
Acho que ela podia ter PELO MENOS quiosques com seus produtos em shoppings, para as pessoas poderem ter um primeiro contato. Faltou sim planejamento pra eles. A Asus só conseguiu emplacar os seus Zenfones por aqui por ser conhecida por outros produtos, pois aqui em BH nem lojas independentes tem dele pra vender. Rodei em várias pra tentar manusear um.
Mas diego, realmente, brasileiro está habituado a comprar em loja física mesmo. Mas é o mesmo planejamento que usam em todos os países em desenvolvimento, que já tem acesso facilitado à internet. Tomo por base a entrada da xiaomi no oriente médio, não foi diferente. Acabei de chegar da Itália, e posso te falar com precisão: não estão nenhum pouco preocupados em deixar de lado o mercado brasileiro, por hora. Veja bem: por hora.
Bom quem comprou mi Band parabéns. Quem não comprou não compra mais. Ainda bem que eu não adquiri um redmi ia ficar super insegura depois dessa declaração.