Os smartphones mais resistentes que passaram pelo Brasil

Brasileiro é descuidado. A gente paga uma fortuna obscena em nossos aparelhos, nos recusamos a usar uma capinha e uma película e derrubamos o smartphone no chão mais do que o sabonete. E não é só isso: nosso smartphone cai na água, cai na areia da praia, voa da mão em circunstâncias sobrenaturais. Eu realmente acho que deveriam ter mais modelos resistentes por aqui, mas aí as fabricantes ganhariam menos dinheiro, né?

Linha Motorola Defy

A linha Defy abriu em 2011 a era dos smartphones Android resistentes no Brasil. E digo linha porque tivemos não apenas o Defy MB525, mas também o Defy Mini XT320 e o Defy+ MB526, ambos em 2012. A linha Defy era pequena, cabia bem na mão, e tinha um ar industrial que eu curtia muito.

Era o começo dos smartphones mais resistentes, e por isso o ar industrial servia bem para dar uma disfarçada nos detalhes pesados do aparelho, como tapinhas enorme de borracha, grande espessura e uma tampa traseira que tinha de ser presa com um botão de pressão. Sim, era à prova d’água mas você acessava a bateria. Isso sim que era coragem.

O grande problema era a interface que a Motorola insistiu por anos em cima do Android, a famosa Motoblur. Isso deixava os aparelhos da marca meio lentos, mas em 2011 era a melhor e única solução para os desastrados de plantão. A tela era grande para a época, 3.7 polegadas, vinha com o Android 2.3.5, e ele também aguentava umas quedas esporádicas.

Sony Xperia Go

É difícil definir um Xperia preferido entre os mais antigos, mas posso dizer que o Go é um dos que mais gosto. Ainda lembro do evento de lançamento dele, onde aprendemos a cozinhar algumas coisas e pegávamos o aparelho mesmo com as mãos sujas de farinha ou molhadas.

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O Go já trazia aquela cara quadradona característica da Sony, e perto do Defy parecia muito mais moderno em visual, embora também fosse grosso graças às proteções contra quedas. Também era cheio das tampinhas de borracha para cobrir a conexão dos fones e das entradas para o chip e cartão de memória.

Era IP67 como o Defy, mas não dava acesso à bateria. Tinha uma tela de 3,5 polegadas, trazia Android 2.3 Gingerbrad e tinha excepcionais 8 GB de espaço interno, junto a uma bateria de 1350 mAh.

Linha Samsung Galaxy S Active

Em 2013 a Samsung achou que já era hora de ter seu representante durável em nosso mercado, e inaugurou a linha Active aqui com o Galaxy S4 Active. A empolgação durou até o S5 Active, já que o S6, S7 e S8 da mesma linha não foram mais trazidos. De toda forma, a linha Active é uma linha respeito, pois não perde em nada para o topo de linha do ano.

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Assim, além de ser um super flagship, a linha Active também traz certificados especiais que cumprem com normas militares de resistência. Isso fez com que um aparelho como o S4 ganhasse 50 gramas e uma armadura externa digna dos soldados do filme Avatar usando os bípedes. Ele fica menos bonito mas quem precisa de resistência e desempenho não liga para isso.

Tanto no caso do S4 como no do S5, eles também ganharam botões físicos para a multitarefa e o voltar e a tela saiu de uma AMOLED para uma TFT mas, eram as mesmas 5 polegadas e o mesmo Android 4.2.2 Jelly Bean no caso do S4 e Android 4.4.2 KitKat no caso do S5. A linha Active foi uma evolução enorme em relação aos outros dois já citados.

Motorola Moto X Force

Mais próximo dos dias de hoje, em 2015 a Motorola retornou fazendo alarde com sua novidade em resistência, o Moto X Force. Falando sobre a enorme quantidade de pessoas que quebravam a tela de seus aparelhos eles anunciaram sua tecnologia Shattershield, uma tela especial que não quebrava. Trata-se de uma película diferente que mistura plástico e vidro e que realmente não estilhaçava, mas riscava.

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Se riscasse demais, bastaria ir a um quiosque e pedir a troca. Não conheço ninguém que tenha feito isso. O smartphone em si destoava da linha mais suave e arredondada que a Motorola vinha adotando, mas seu corpo robusto e com linhas agudas passava uma boa sensação de segurança.

Ele era à prova de quedas de até um metro e meio de altura, incluindo aí os componentes internos, mas não era à prova d’água, por mais estranho que isso possa parecer. Ele vinha com a proteção contra respingos que quase todo Motorola tem, mas não aguentar uma caída na pia é demais. Sua tela resistente trazia 5.4 polegadas e o sistema era o Android 5.1.1 Lollipop de fábrica.

Menção honrosa: Nokia 3310

E já que estamos falando de resistência, por que não citar o mito? O Nokia 3310 nunca foi anunciado com qualquer característica de resistência, mas quem já teve um sabe de suas capacidades. Lançado nos longínquos anos 2000 ele não era resistente, era indestrutível. Se jogado em alguém, poderia ser caso de morte certa.

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Durou anos nas mãos das pessoas mais desastradas de que se tem registro, e seu corpo compacto e arredondado ajudava na queda. Sua tela não se partia e ele continuava funcionando mesmo depois de rolar a escada incontáveis vezes. Está na hora de termos algo parecido lançado.

E você? Teve algum desses aparelhos?