Review do Samsung Galaxy S21 Ultra: pequenos ajustes visando a perfeição
Tal como o predecessor, o Samsung Galaxy S21 Ultra é um smartphone que reúne as melhores características entre os dispositivos Android do mercado. No entanto, este ano as coisas mudaram um pouco, pois a Samsung decidiu pegar leve no quesito inovação, melhorando apenas aquilo que já era bom. A ideia parece ter sido deixar o celular mais próximo da perfeição e oferecer uma experiência ultra-premium.
Prós
- Design arrojado
- Tela AMOLED WQHD+ de 120Hz
- Módulo de câmera versátil
- Zoom de 10x
- Duração e desempenho da bateria
Contras
- Exynos 2100 não supera o desempenho do Snapdragon 888
- Não oferece carregador na caixa
- Sem entrada para microSD
- Apenas 25 watts de carregamento rápido
- S-Pen redundante
- Caro
Para quem é o Samsung Galaxy S21 Ultra?
O Galaxy S21 Ultra é o novo carro-chefe da Samsung. Tal como o antecessor Galaxy S20 Ultra, continua sendo um dos celulares Android mais caros do mercado. Por ser o primeiro smartphone ultra-premium lançado este ano, o S21 Ultra fez um grande barulho, mas não por ser um verdadeiro salto tecnológico em relação à geração anterior.
O celular é embalado pelo novíssimo Exynos 2100, que utiliza a processo de 5 nm. Também possui um display WQHD+ com uma taxa de atualização adaptável de 120 Hz, uma bateria de 5.000 mAh, com suporte para carregamento rápido e sem fio, e um módulo de quatro câmeras que vem com um conjunto de lentes teleobjetivas dedicadas.
Apesar de o smartphone não ter um claro avanço tecnológico em relação ao modelo anterior, houve pequenos ajustes e correções feitos pela Samsung para entregar o que a empresa considera como o aparelho "perfeito". Ou seja, eliminando todas as falhas encontradas no Galaxy S20 Ultra para construir um Galaxy S21 Ultra refinado.
Contudo, isso não significa que o Galaxy S21 Ultra seja mais acessível. Pelo contrário, permanece caro para muitos fãs da marca. No entanto, como um dispositivo Premium, este aparelho é obrigado a estabelecer certos padrões, ou pelo menos, lançar tendências em certos aspectos da tecnosfera.
Neste review do Samsung Galaxy S21 Ultra você verá que este é um smartphone fascinante e oferecerá, certamente, uma experiência muito interessante aos que puderem pagar a partir de R$8.550,00 pelo modelo na pré-venda.
Um smartphone com muita classe
O Galaxy S21 Ultra não abre novos caminhos, nem apresenta grandes inovações em oposição ao Galaxy S20 Ultra. No entanto, é um smartphone "classudo". A Samsung sem dúvida apostou todas as fichas no design. E, ainda assim, fica a sensação de amor e ódio, pois uma das grandes marcas visuais do S21 Ultra é o módulo de câmera na parte de trás.
Os tradicionalistas podem não gostar dessa opção menos convencional, na contramão do que se vê por aí, mas sempre haverão aqueles que aplaudam tal decisão. O módulo da câmera agora traz as lentes na vertical e está alojado no canto esquerdo. Para dar um toque luxuoso, o módulo foi feito de alumínio em vez de vidro.
O celular recebeu um revestimento fosco com o Gorilla Glass Victus, e o tom escuro assegura ao S21 Ultra um aspecto elegante. O módulo da câmara envolve a borda do smartphone, dando a impressão uniforme ao chassi de metal.
Visto de frente, o Samsung Galaxy S21 Ultra carrega um visual distinto e clássico. A tela com curvas delicadas e o buraco no centro para a câmera frontal. Conhecido como Infinity-O, este display de 6,8 polegadas traz incorporado um leitor de impressões digitais ultra-sônico, o qual está muito mais eficiente em relação aos modelos anteriores (desde o Galaxy S10, para ser exato).
Há uma bandeja nano-SIM dupla na parte inferior, mas não temos aqui uma entrada para cartão de memória microSD ou para os fones de ouvido. Sendo um carro-chefe, não surpresa que ofereça a certificação IP68.
Em resumo, fui arrebatado pela mudança radical no visual da linha. Fiquei encantado com a tela curva e a parte traseira feita de vidro fosco. O módulo de câmera pode não cair nas graças de todas as pessoas dado o seu tamanho, mas admiro a escolha ousada da fabricante. É um produto de luxo que não tenta parecer um.
A melhor tela AMOLED do mercado
O Samsung Galaxy S21 Ultra apresenta um display AMOLED dinâmico de 6,8 polegadas, WQHD+, com resolução de 3.200 x 1.440 pixels, embora a Samsung tenha definido o FHD+ por padrão, de modo a preservar a vida da bateria. Esta tela oferece uma taxa de atualização variável de até 120 Hz, dependendo do tipo de conteúdo que está sendo visualizado no smartphone.
Isso permite que você tenha 10 Hz ao ler um e-book e até 120 Hz quando estiver jogando o Call of Duty: Mobile. Também é possível fixar a taxa de atualização constante de 60 Hz (a qual estamos habituados há muito tempo) se assim desejar, mas isso não é possível com a taxa de atualização de 120 Hz, simplesmente porque a Samsung quer preservar a duração da bateria o máximo de tempo possível.
No entanto, a mudança de uma taxa de atualização para outra nem sempre faz sentido. No YouTube, por exemplo, o smartphone mantém uma taxa de atualização de 120 Hz ao assistir vídeos HDR, mas cai para 60 Hz para vídeos de 30/60 fps sem HDR ou para 48 Hz para vídeos 24 fps.
No Netflix ou no Amazon Prime Video, o Galaxy S21 Ultra faz o mesmo. Ou seja, permanece a 120 Hz para vídeos HDR de alta resolução, antes de cair para 60 Hz em vídeos SDR de 30/60 fps, e 48 Hz para vídeos SDR de 24 fps.
Estranhamente, o Always On Display está fixo a 60 Hz, sendo que em tal cenário é que uma mudança para 10 Hz faria muito mais sentido para economizar energia da bateria.
O display também é curvo, o que difere da tela plana instalada no Galaxy S21 e no Galaxy S21 Plus. E só posso agradecer a Samsung por esta escolha, independentemente de qualquer queda na qualidade visual nas extremidades curvas da tela.
O Samsung Galaxy S21 Ultra possui a tela mais brilhante disponível no mercado, são até 1.500 nits! A renderização de cores é clássica da Samsung, com opções naturais e vivas. A opção vívida oferece desde os tons mais frios até aos mais quentes. Aqui vai, claro, da preferência de cada um, mas os geeks de plantão certamente irão querer recorrer a ferramentas de medição ou software para obter uma imagem mais precisa.
O que é novidade no Galaxy S21 Ultra é o modo Eye Comfort Shield. Este novo recurso fornece um filtro de luz azul que permite ajustar a cor do visor de acordo com a hora do dia (adaptável por padrão), ou você pode escolher um intervalo predefinido para limitar a intensidade da luz azul emitida pelo display do smartphone.
Sem grande surpresa e não sem mérito, a Samsung mais uma vez oferece uma tela AMOLED sublime. Jogar Call of Duty: Mobile com o máximo de gráficos em resolução WQHD+ a 120 Hz é simplesmente deslumbrante (sim, mesmo que o frame do jogo esteja bloqueado a 60 fps).
A S Pen pode ser considerada um acessório?
O Galaxy S21 Ultra oferece suporte para canetas compatíveis com a tecnologia Wacom, incluindo todas as S Pens. A Samsung lançou uma nova S Pen exclusiva para o Galaxy S21 Ultra, que é maior que a versão normal da caneta, pois não possui um compartimento incorporado ao dispositivo como na linha Note.
Na realidade, essa "nova geração" da S Pen não é nada nova quando comparada com a S Pen do ano passado, lançada com o Galaxy Note20. Nem sequer oferece funcionalidade Bluetooth, como o Air Gestures. Para isso, teremos que esperar pelo lançamento da S Pen Pro.
Não recebi a novo S Pen para esta teste, por isso usei a S Pen do Note 20 Ultra. Ambas são idênticas em termos de desempenho e funcionalidade, exceto pelo design e pela forma.
A caneta Stylus continua sendo um acessório opcional e deve ser adquirida separadamente na maioria dos casos. Não desempenha, portanto, um papel fundamental na experiência geral das pessoas, como é o caso da linha Galaxy Note.
Logo, a nova S Pen é tão dispensável quanto o carregador, uma vez que nenhum deles está incluído na caixa do Samsung Galaxy S21 Ultra. Aliás, o smartphone nem sequer vem com um suporte para guardar a Stylus, acredito que isso fale muito sobre o uso da mesma.
O melhor Android depois do original
O Galaxy S21 Ultra roda com o Android 11 de fábrica e vem com a skin OneUI 3.1, que pretendo destrinchar com mais tempo.
A Samsung fez uma promessa audaciosa (para um fabricante de Android) de fornecer três grandes atualizações do sistema operacional (SO) para alguns dos seus aparelhos, o que significa que o seu novo Galaxy S21 Ultra deve ser elegível para receber até o Android 14, esperado para 2023. Pelo menos isto ajuda a prolongar a viabilidade deste "investimento", certo?
A OneUI 3 introduziu uma série de novas funcionalidades à interface de usuário (UI) da fabricante, que também é uma das mais completas do mercado. Há suporte para notificações de bolhas, acesso rápido a widgets, controle preciso de volume e a introdução do Samsung Free.
A atualização 3.1 traz uma série de pequenas mudanças, tais como chamadas de vídeo em segundo plano, modo de visualização do diretor para fotos/vídeos, e a capacidade de gravar vídeos simultaneamente da câmera dianteira e traseira (veja a seção Câmera para detalhes adicionais).
O que tem de novo na OneUI 3.1
Widgets na tela de bloqueio
A primeira novidade que se nota na OneUI 3.1 é a otimização dos widgets na tela de bloqueio. Sem destravar o smartphone, você pode acessar widgets incluindo o player de música, previsão do tempo, despertador ou recursos de bem-estar digital, alguns dos quais são exibidos através do Always On Display.
Multitarefa intuitiva
A Samsung lidera quando o assunto é multitarefas e multijanelas na sua UI (fica a dica, Google). Com a OneUI 3.1, exibir dois aplicativos em modo de tela dividida é uma experiência muito intuitiva. Basta lançar uma aplicação a partir do painel "Edge", deslizando para a esquerda a partir do canto superior direito. Lindo!
Você pode então arrastar e soltar o aplicativo para exibi-lo em tela dividida. Um mini menu de contexto aparece no espaço entre os dois apps em tela dividida, criando um par de aplicativos que rodam simultaneamente.
Notificações remodeladas
A Samsung aplicou de forma lógica as alterações feitas no Android 11 ao processo de notificação da própria skin. Temos um reprodutor de mídias renovado, com um controle de volume avançado e uma ferramenta de gerenciamento de mídia a partir das notificações.
A fabricante também integrou a funcionalidade de gestão de dispositivos ligados ao Android 11 na opção "Devices" (Dispositivos) nas configurações rápidas. Com esta função, você pode adicionar o Google Home e outros dispositivos conectados, bem como outros artigos.
O Google Discover está finalmente acessível
Na extrema-esquerda da tela inicial, a One UI 3.1 agora traz o feed de notícias Google Discover, assim como na linha Pixel. Por padrão, o lançador de ações é obviamente configurado para exibir o Samsung Free, mas você pode mudar isso acessando as configurações de personalização da tela inicial.
Repensando as funcionalidades de bem-estar digital
Uma moda que quase se tornou uma regra seguindo os esforços do Google na área são as funcionalidades de bem-estar digital. A OneUI permite verificar o tempo total de uso da tela e a distribuição do uso de aplicativos individuais. Toda esta informação está disponível na forma de um widget, bem como a tela de bloqueio.
Também é possível definir um temporizador para cada app enquanto se estabelecem metas para reduzir o tempo de uso de cada um deles. Uma função de rastreamento de volume permite ao Samsung Galaxy S21 Ultra entender seus hábitos auditivos enquanto faz ajustes no volume de acordo com a situação, a fim de preservar sua audição.
O mais interessante na minha opinião é o modo "Bedtime" que permite programar o despertador para optimizar o ciclo de sono. Dependendo da hora de acordar, o app envia uma notificação de quando ir para a cama e quando acordar.
A OneUI 3.1 permanece fiel ao foco do software da Samsung. A fabricante não segue cegamente a evolução do Android, mas incorpora o que considera ser útil. Assim, a Samsung seleciona apenas as funções essenciais, embora indique o uso padrão das próprias soluções.
O Exynos 2100 é tão poderoso quanto o Snapdragon 888?
No Brasil, o Galaxy S21 Ultra vem equipado com o SoC Exynos 2100, da Samsung . O "Exynos está de volta", como prometido pela Samsung no lançamento dos seus novos smartphones. Já era tempo de a Samsung finalmente construir um processador que oferecesse, no mínimo, um desempenho equivalente ao dos processadores Snapdragon.
Vou te poupar da verborreia: sim, você pode rodar todos os jogos mais exigentes com gráficos configurados ao máximo, enquanto executa todas as tarefas diárias sem nenhuma preocupação. Isso é algo esperado de um smartphone de 1.200 euros.
Vamos ao que interessa. Assim como o Snapdragon 888, o Exynos 2100 é fabricado usando o processo de 5 nm e tem um layout de três núcleos, semelhantes aos do chipset Qualcomm (embora a Qualcomm tenha modificado ligeiramente o núcleo principal).
Em relação à GPU, o Exynos 2100 utiliza uma GPU Mali-G78 de 14 núcleos e promete uma melhoria de desempenho de 46% em relação à geração anterior. O Snapdragon 888 está equipado com a GPU Adreno 660, que a Qualcomm afirma ser 35% mais rápida e 20% mais eficiente em termos de energia do que a Adreno 650 do ano passado.
Basicamente, o Exynos 2100 do Galaxy S21 Ultra é uma melhoria significativa no desempenho bruto da CPU em relação ao Exynos 990 do ano passado. Temos que dar crédito a fabricante neste caso.
Mas quando se trata de pura potência de processamento gráfico, há mais do que apenas a velocidade geral de clock. Não tive a chance de usar um dispositivo com Snapdragon 888 para fazer um benchmarking, mas quando comparado com um dispositivo Snapdragon 865+, o chipset Exynos 2100 nem sempre oferece um desempenho excepcional durante um período prolongado, e às vezes é ainda mais lento.
Comparei o Samsung Galaxy S21 Ultra ao desempenho do Kirin 9000 do Huawei Mate 40 Pro, e o Snapdragon 865+ que alimenta o Asus ROG Phone 3. Lancei vários benchmarks gráficos ativando o modo de desempenho para cada smartphone.
Para cada benchmark, executei 3 sessões e dei o tempo devido para que cada aparelho tivesse o melhor desempenho possível. As pontuações estão na tabela abaixo e são as maiores pontuações obtidas entre as 3 sessões de cada teste:
Samsung Galaxy S21 Ultra
Benchmarks | Samsung Galaxy S21 Ultra | Samsung Galaxy S20 Ultra | Asus ROG Phone 3 | Huawei Mate 40 Pro |
---|---|---|---|---|
3D Mark Sling Shot Extreme ES 3.1 | 7373 | 6752 | 7724 | 8093 |
3D Mark Sling Shot Vulkan | 5175 | 5925 | 7079 |
5217 |
3D Mark Sling Shot ES 3.0 | 7291 | 7403 | 9833 |
9920 |
Geekbench 5 (Single/ Multi) | 942 / 3407 | 747 / 2690 | 977 / 3324 | Não testado |
PassMark Memory |
31.752 | Não testado | 28.568 |
Não testado |
PassMark Disc |
81.108 | Não testado | 124.077 |
Não testado |
No modo de desempenho, o Huawei Mate 40 Pro superou o Samsung Galaxy S21 Ultra de forma significativa. E nos benchmarks gráficos 3DMark, o Snapdragon 865+ que alimenta o Asus ROG Phone e o Lenovo Legion Duel manteve a pole position.
Penso que o gerenciamento da temperatura, ou melhor, a resistência do Samsung Galaxy S21 Ultra contra o aumento da temperatura, que deixa um pouco a desejar. Além dos clássicos benchmarks que raramente representam o desempenho no mundo real, também submeti os dispositivos aos novos Wild Life Tests do 3D Mark.
Em resumo, estes são os 2 testes que simulam o uso intensivo de jogo, um por 1 minuto e o outro por 20 minutos. Durante o curto período de 1 minuto, por exemplo, o Lenovo Legion Duel é logicamente menos poderoso que o Samsung Galaxy S21 Ultra e o seu Exynos 2100 em termos de desempenho bruto.
Mas durante uma intensa sessão de 20 minutos, o Lenovo Legion Duel aumenta a distância em relação ao Samsung Galaxy S21 Ultra. A diferença está na gestão da temperatura e na resistência ao estrangulamento térmico (a limitação do desempenho de um processador para evitar o superaquecimento do smartphone).
Compare os gráficos na ilustração abaixo. A diferença de desempenho entre o primeiro loop de teste (curva verde) e o último loop (curva roxa) é significativamente maior no Samsung Galaxy S21 Ultra. Isto reflete uma perda de desempenho à medida que a sessão de jogo avança.
Ainda não posso falar sobre um comparativo entre o Exynos 2100 e o Snapdragon 888, pois não tive acesso ao último. Só posso dizer que o Samsung Galaxy S21 Ultra (versão Exynos) é um smartphone muito poderoso, mas não é o mais poderoso do mercado. Provavelmente, não é mais poderoso ou equivalente ao seu congênere Snapdragon 888.
Quando as lentes teleobjetivas fazem a diferença
Sim, o Galaxy S21 Ultra trouxe muita coisa da câmera do seu antecessor, mas também tivemos muitas reformulações. Em vez de uma teleobjetiva periscópica de 48 megapixels, a fabricante decidiu lançar um par de teleobjetivas dedicadas de 10 megapixels cada.
O sensor principal de 108 megapixels não é mais o Isocell Bright HM1 - que teve muitos problemas de foco-, mas sim o novo sensor Isocell Bright HM3. A Samsung também parecia ter resolvido muitos problemas que surgiram nas gerações anteriores da linha Ultra.
O sensor HM3 tem várias melhorias em relação ao HM1 (usado no S20 Ultra e no Note20 Ultra). O que inclui um melhor desempenho HDR, baixo brilho e capacidade de focagem automática, bem como temos um autofoco do laser.
As especificações do Samsung Galaxy S21 Ultra são as seguintes:
- Um sensor principal de 108 megapixels (f/1,8), 24 mm;
- 12 megapixel ultrawide (f/2,2), 120 graus, 13 mm;
- Teleobjetiva com zoom óptico de 3x, 10 megapixel (f/2,4), 72 mm;
- Teleobjetiva com zoom óptico de 10x, 10 megapixels (f/4,9), 240 mm;
- Sensor ToF com foco automático a laser.
Fotos diurnas do Samsung Galaxy S21 Ultra
A câmara principal conta com o mais recente sensor Isocell HM3 1/1,33", da Samsung, com uma resolução de 108 megapixels, fornecendo uma grid de 12.000 x 9.000 pixels de 0,8µm. Ele possui o esquema nona-binning que reduz o tamanho do pixel de 9 para 1, resultando em um tamanho efetivo de pixel de 2,4µmm com uma resolução de 12 megapixels, formando assim uma imagem com mais definição. A lente frontal tem uma distância focal equivalente a 24 mm e uma abertura de f/1,8.
Sob condições de luz do dia, temos excelentes níveis de detalhe, uma gama dinâmica bem gerida e cores com saturação bastante rica graças ao Scene Optimizer, ou seja, o céu azul, a relva verde... mesmo que isso signifique sacrificar um pouco os tons mais naturais.
O foco é muito mais rápido em comparação com seus predecessores e mais certeiro. Como mencionado anteriormente, o sensor principal de 108 megapixels opera no esquema nona-binning e reduz o tamanho do pixel de 9 para 1 grande pixel, de modo a aumentar a quantidade de detalhes capturados. A resolução final da imagem, portanto, permanece em 12 megapixels.
Você também pode capturar imagens com uma resolução total de 108 megapixels, mas não recomendo isso. Em primeiro lugar, ocupa muito espaço da memória do aparelho e, em segundo lugar, a imagem não fica muito boa.
A lente ultrawide de 12 megapixels não é excepcional, mas faz um bom trabalho. O módulo é aparentemente o mesmo encontrado na Galaxy S20 e no Galaxy Note20. Ele é baseado em um sensor de 1/2,55", de 12 megapixels com pixels de 1,4 µmm, usando uma lente equivalente de 13 mm com abertura f/2,2 que, supostamente, fornece um campo de visão de 120 graus. Ao contrário do carro-chefe da última geração, a Galaxy S21 Ultra oferece foco automático com esta lente.
A colorimetria e a exposição permanecem mais ou menos consistentes usando a lente ultrawide, desde que haja uma boa iluminação. O efeito de distorção permanece bem limitado nas bordas da imagem, assim como a perda de detalhes.
Mas a parte mais interessante deste módulo de câmera seriam as duas teleobjetivas dedicadas, em particular a que é responsável pelo zoom óptico de 10x.
O zoom do Samsung Galaxy S21 Ultra
O zoom nos flagships da Samsung é algo traumático para mim, penso que por conta de todo o marketing envolvendo o Zoom Espacial de 10x do Galaxy S20 Ultra que acabou por me desapontar. Mas com a sua dupla de teleobjetivas com zoom de 3x e de 10x, o Samsung Galaxy S21 Ultra quase me faz esquecer as falhas do seu antecessor.
A primeira lente teleobjetiva 3x usa um sensor de 10 megapixels com um tamanho de 1/3,24" (com tamanho de pixel de 1,22µm) em conjunto com uma lente equivalente de 70 mm e abertura f/2,4, além de estabilização. Oferece suporte PDAF de pixel duplo e oferece um zoom óptico de 3x.
A segunda lente teleobjetiva 10x possui o mesmo sensor de 10 megapixels, mas atrás de uma lente periscópica equivalente a 240 mm, com abertura f/4,9 e estabilização óptica (OIS). O PDAF de pixel duplo também está disponível, e com ele, você pode alcançar um zoom óptico de 10x.
O zoom óptico de 3x do Samsung Galaxy S21 Ultra é muito bom. Se houver qualquer perda de detalhe, é quase imperceptível a olho nu e você realmente tem que colocar muita atenção em cada pixel para notar ruídos leves.
A teleobjetiva 3x tem uma abertura maior (f/2.4) que a sua contraparte 10x (f/4.9). Isto significa que capta mais luz e, portanto, produz imagens mais nítidas. A câmera entrega uma experiência de imagem superior em relação ao zoom, independentemente de estarmos falando de aparelhos Android ou iPhones.
Mas o mais interessante continua sendo a teleobjetiva com zoom óptico de 10x, que o S21 Ultra mantém como uma "característica" exclusiva em comparação com os Galaxy S21 e S21+.
Se as fotos forem logicamente menos detalhadas do que as tiradas com o zoom de 3x, estas ainda permanecem impressionantes. As texturas de uma parede de pedra, a rugosidade de uma escultura, o relevo de um monumento, ou a textura da folhagem, todos os ganhos em qualidade e nitidez em comparação com um zoom digital ou híbrido são cortesia considerável da lente telescópica.
Mesmo quando comparado com os melhores do mercado, como o Huawei Mate 40 Pro, o Galaxy S21 Ultra se sai muito bem. É claro que existe uma certa quantidade de suavização para limitar o ruído digital. Mas é realmente satisfatório e até reconfortante saber que temos a liberdade e a opção de ampliar as fotos sem acabar estourando os pixels.
Em comparação, entre o zoom de 100x do Samsung Galaxy S21 Ultra e o zoom de 50x do Huawei Mate 40 Pro, fiquei impressionado por não achar as fotos da Samsung totalmente inúteis. Com certeza, os níveis digitais de detalhe e ruído são menores no Huawei Mate 40 Pro, mas tenha em mente que a ampliação também é a metade.
Acredito que muitas vezes os sensores de macro e profundidade tendem a ser inúteis, servindo apenas para deixar a ficha técnica dos aparelhos mais impressionante. Contudo, uma lente teleobjetiva é de longe e, em grande parte, mais prática, trazendo ainda mais versatilidade ao módulo da câmara do que uma lente ultrawide! Até um leigo como eu pode se divertir com a multiplicidade de imagens que podem ser captadas através do zoom óptico.
Não vou dizer que o SuperZoom de 100x não é apenas um gimmick, mas é um recurso que vale a pena incluir nos smartphones.
Fotografias noturnas do Samsung Galaxy S21
À noite, o sensor principal do Samsung Galaxy S21 Ultra capta luz suficiente para iluminar adequadamente a cena. Mas é imediatamente perceptível que o equilíbrio do branco muda para tons amarelos. O smartphone tem uma dificuldade particular em lidar com a iluminação urbana, que tende a queimar a imagem.
Em outros sensores, ultrawide e teleobjetiva, o nível de detalhe é insuficiente e a imagem fica cheia de ruídos. Observe que o modo noturno funciona até o zoom de 10x, na melhor das hipóteses.
O Samsung Galaxy S21 Ultra possui a já conhecida função "Otimizador de cena", que funciona como um modo noturno extra em condições de pouca luz. Só que o que é estranho é que este recurso funciona por vezes melhor do que o próprio modo noturno dedicado.
Na foto abaixo, capturei um candeeiro de rua e a lua, semelhante a uma foto tirada com alguma luz de fundo. Veja a auréola emitida pelo poste de iluminação com o modo noturno ativado. São cerca de 22h, em uma noite de inverno em Berlim, por isso, a cena está pouco iluminada. Apesar disso, o smartphone queima a imagem e faz com que a fotografia noturna perca todo o aspecto natural.
A foto capturada com o modo noturno desligado, mas com o otimizador de cena ativado, é muito melhor na minha opinião, embora haja mais ruído.
Eu comparei esta mesma foto ao capturá-la usando o modo noturno dedicado do Huawei Mate 40 Pro, que é conhecido por ser um dos melhores na área. E realmente o Mate 40 Pro lida muito melhor com fontes de luz fortes, limitando a luz do candeeiro de rua e da lua.
A imagem do Mate 40 Pro é mais escura e fria no tom, mas também é mais limpa e com um aspecto mais natural.
Em geral, achei o sensor principal de 108 megapixels mais eficiente sem o modo noturno ligado, mas com o otimizador de cena ativado. Parece haver um pouco mais de ruído no momento em que mudamos o zoom de 3x (aumente a imagem e observe o céu preto granulado).
Em relação aos recursos de vídeo, a estabilização em vídeo permite capturar em resolução 8K (exceto no modo super estabilizado, quando limita resolução para Full HD a 60 fps).
No geral, o módulo de câmera no Samsung Galaxy S21 Ultra é muito mais refinado do que o do Samsung Galaxy S20 Ultra. As possibilidades oferecidas pela dupla de teleobjetivas fazem dele o smartphone com a câmera mais versátil que já testei até hoje e é tranquilamente um dos smartphones mais divertidos de usar por conta disso.
Vale dizer também que a Samsung oferece uma série de melhorias de software e assistência para captar as melhores fotografias, mesmo que você não tenha qualquer habilidade fotográfica.
A duração da bateria é destaque no S21 Ultra
O Galaxy S21 Ultra é alimentado por uma bateria de 5.000 mAh, semelhante a do Galaxy S20 Ultra. Contudo, considerando o display maior e a performance de dados mais exigente, o Exynos 2100 é mais eficiente energeticamente do que o seu predecessor.
O Samsung Galaxy S21 Ultra é capaz de lidar bem com a rotina de uso pesada. E não pense que estou afirmando isso em cima da taxa de atualização a 60 Hz. Utilizei a taxa adaptável de 120 Hz e ficou muito claro para mim que a Samsung trabalhou essa opção de forma mais inteligente, capaz de preservar a vida útil da bateria no Galaxy S21 Ultra.
No (pouco realista) benchmark do PC Mark que uso para nas minhas análises, o Samsung Galaxy S21 Ultra durou mais de 16 horas e 30 minutos em média antes de ficar abaixo da marca de 20% da bateria.
Na realidade, usei este aparelho 2 dias seguidos para sessões de fotos intensivas. Com uso de tela de cerca de 4 e 5 horas respectivamente, com uma taxa de atualização adaptativa de 120 Hz na resolução FHD+ ativada e o nível de brilho no máximo, o smartphone conseguiu aguentar mais de 12 horas antes de ficar abaixo da marca dos 20% de duração da bateria.
O Samsung Galaxy S21 Ultra não vem com um carregador na caixa. Como sabem, a Samsung e a Xiaomi estão entre os primeiros fabricantes de celulares Android a seguir a liderança da Apple na retirada do carregador, com o pretexto de proteger o meio ambiente.
Além siso, o aparelho é compatível apenas com carregamento rápido até 25 W quando conectado a um carregador com fio, isso é bastante infeliz, uma vez que outros fabricantes estão oferecendo taxas de carregamento muito mais rápidas. Para tanto, usei o carregador Galaxy Note 20 Ultra e levei 30 minutos para passar de 10% para 65% de bateria. Com base nisso, demorei pouco mais de uma hora para chegar a uma carga completa.
Em resumo, aplaudo a eficiência do Galaxy S21 Ultra em gerenciar bem a vida útil da bateria para um carro-chefe da Samsung. Contudo, estou desapontado com a velocidade de carregamento rápido para um smartphone ultra-premium.
Especificações técnicas
Samsung Galaxy S21 Ultra
Modelo | Galaxy S21 Ultra 5G |
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Processador |
|
Memória (RAM / interna) |
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Armazenamento expansível |
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Dual SIM |
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Tela |
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Dimensões |
|
Peso |
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Câmera principal |
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Lente ultrawide |
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Lente teleobjetiva |
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Lente telefoto (2) |
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Câmera frontal |
|
Vídeo |
|
Características da câmara |
|
Capacidade da bateria |
|
Tecnologias de carregamento |
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Autenticação |
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Áudio |
|
Proteção |
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SO |
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Compatibilidade com a S Pen |
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Carregador incluído |
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O Samsung Galaxy S21 Ultra é bom?
O Galaxy S21 Ultra é definitivamente um dos melhores carros-chefes não dobráveis do mercado e fica abaixo do preço do iPhone 12 Pro Max na época de lançamento. Contudo, ainda custa muito mais do que a maioria das pessoas pode ou deseja pagar.
Além disso, se você possui um Galaxy S20 Ultra, não acredito que a atualização seja justificada. No entanto, se estiver usando um Galaxy S10+ ou mais antigo, então esta geração ultra-premium é perfeita, graças às melhorias incrementais feitas em relação ao lançamento do ano passado.
A Samsung sabia estar perto da perfeição com o Galaxy S20 Ultra. Por isso, a fabricante sul-coreana resolveu manter a direção e incluiu apenas os ingredientes-chave que estavam faltando no Galaxy S21 Ultra.
Na minha opinião, o módulo da câmara é a experiência mais versátil e certamente a mais gratificante em qualquer smartphone. A proeza técnica e de software do gigante sul-coreana em relação ao zoom é o grande destaque.
A suavidade e qualidade de imagem da tela AMOLED quase me fez esquecer dos meus smartphones para jogo.
Este é um dos primeiros carros-chefe da Samsung que posso afirmar está na trajetória correta, e que espero ver evoluir no futuro. Contudo, ainda que satisfeito com muita coisa, fiquei desapontado com o desempenho do Exynos 2100, que falhou em relação ao Qualcomm Snapdragon 888... mais uma vez.
Não oferecer um carregador, bem como oferecer apenas flertar com a S Pen, prejudicou a minha experiência. Agora, se tivesse que escolher apenas um smartphone da linha Galaxy S21, certamente iria de Ultra, sem dúvida é o mais interessante.
No entanto, seria muito errado dizer que o Samsung Galaxy S21 Ultra é o melhor smartphone do momento. Ainda estamos à espera do OnePlus 9 Pro, do Oppo Find X3 Pro, do Xiaomi Mi 11, e do Samsung Galaxy Z Fold 3. Mas é um início muito bom para 2021, com a Samsung liderando mais uma vez.
A versão original deste teste foi escrita no NextPit.FR. O texto foi traduzido automaticamente e revisado por um dos nossos editores.
Os pontos negativos ou os "contras" enumerados pelo editor Antoine Engels
já diz tudo a qual concordo plenamente. Só fanáticos pela Samsung vão torrar milhares de Reais na compra desse aparelho, que na minha opinião essa linha " S " já subiu no telhado, e não reúne mais uma unanimidade em favor desse modelo.
Verdade, eu como sou doente acabei comprando e hoje vejo quem não sabe gastar dinheiro perde muita coisa boa.
Excelente e completo review, belo gadget ,.mas não pago tanto por um.smartphone , não vale.