Review do Tizen: a diferença que um bom sistema faz numa televisão
Por algum motivo que não me escapa, gosto muito de TV. Na verdade, fui criada à televisão e sou daquele tipo de pessoa que liga a TV em casa apenas para ter um barulho de fundo, sabe? Sou tão acostumada com TV que prefiro escutar música na tela grande via Chromecast do que em fones de ouvido potentes ou em uma caixa de som. Por isso, não pensei duas vezes quando a Samsung me ofereceu uma TV de 55 polegadas 4K para testar, a 55MU7500. Não apenas pelo aparelho em si, que depois que foi embora deixou minha TV parecendo ultrapassada mesmo que ela tenha apenas cinco anos, mas pela plataforma Tizen, sistema operacional das televisões da Samsung que evoluiu muito nos últimos anos e que concorre com as TVs equipadas com Android TV.
O Tizen, para quem não lembra, é um sistema operacional de código aberto baseado no Linux Kernel sendo desenvolvido pela Linux Foundation em parceria com a Samsung, Panasonic e Intel para funcionar em smartphones, tablets, smart TVs, netbooks, veículos e todos os outros tipos de sistemas embarcados há mais de cinco anos. Porém, nos últimos tempos, apenas a Samsung tem investido no desenvolvimento da plataforma.
É claro que na hora de comprar uma TV outras características falam mais alto, como as polegadas, a resolução da tela e o tipo de display mas, ei, uma vez que a plataforma pode facilitar sua vida ela também faz parte da experiência e da decisão de compra. Pelo menos na minha opinião. Depois que devolvi a 55MU7500, minha TV – que é de uma marca concorrente – não apenas ficou parecendo velha e pequena, como seu sistema, que é um dos primórdios da era das Smart TVs, praticamente se transformou em um MS-DOS.
Antes, o hardware testado
Antes de entrar mais especificamente na parte do software, gostaria de chamar a atenção para algumas questões de hardware dessa TV 4K da Samsung. Ainda que tenhamos as informações de processador e memória, há uma série de elementos externos que colaboram para o review. Nesse sentido, não tenho do que reclamar da qualidade do display, que é LED nem da resolução que é de fato fantástica quando você tem em mãos um conteúdo 4K para assistir. Quando o conteúdo 4K acaba e você precisa voltar para o Full HD ou HD, bem, aí a falta de resolução fica visível e você fica apenas querendo retornar para o mundo maravilhoso da resolução de alta definição com a qual você consegue enxergar cada linhas de expressão das faces alheias. A tecnologia do Upscalling, que dá um ganho nas imagens que não são 4K, está presente, mas não faz milagres. Cores, brilho e contraste acima da média.
Outro ponto positivo do hardware da TV é o que a Samsung chama de One Connect. Essa caixa retangular nada mais é do que uma central de conexões externa à TV que inclui 4 HDMIs e 3 portas USB, entre outras entradas, e que permite que você ligue diversos dispositivos ali e não mais na TV.
Da TV, além do cabo de força, sai apenas um cabo para conectar a TV ao One Connect. Na TV que eu testei, curva e com dois suportes de apoio onde você encaixa a tela, é possível usar esses pés para esconder ainda mais os cabos passando-os por dentro do suporte. Bem legal.
Por fim, outro ponto importantíssimo e que eu espero que se torne um padrão para as TVs inteligentes é a substituição do controle remoto convencional e de botões coloridos por um controle remoto único que é menor e, é claro, melhor. O da Samsung é bem minimalista e além de um touchpad para você navegar melhor na interface do Tizen, ele vem com microfone embutido para que você possa acionar sua TV por comandos de voz, além de botões realmente úteis.
Logo abaixo do botão de liga e desliga, encontramos três botões, um para digitar número de canais, um para acionar o microfone e outro com as bolinhas coloridas nas cores que estamos acostumados a ver nos tradicionais para extras. Logo abaixo vem o botão direcional com touchpad que lembra bastante a roda de iPod e é bem intuitivo. Depois, temos os botões que são mais utilizados dentro da parte Smart da TV, o de Voltar, o Home e o de Play. Por fim, os botões de volume e de trocar canais que ao invés de virem em pares, são únicos. Para aumentar o volume, por exemplo, basta empurrar o botão para cima, e para diminuir, basta empurrá-lo para baixo. Terminei com o controle porque ele é bastante importante para o bom uso da plataforma Tizen, uma vez que é o seu controle físico.
Por dentro do Tizen
O começo com o Tizen é realmente bem mais agradável do que em outros sistemas operacionais. Em apenas quatro passos, você configura a sua TV.
Ela reconhece com facilidade o que está conectado à ela, basta que todos os equipamentos e cabos estejam ligados no momento da configuração. Nessa etapa, você pode até nomeá-los se assim desejar ou aceitar a identificação que a própria TV faz deles que, no meu caso, não decepcionou nenhuma das vezes. Na verdade, o meu Chromecast é de primeira geração, mas bem, o que eu posso fazer se a TV é mais nova do que meu acessório e já há uma segunda geração dele, não é mesmo?
É fácil de entender como a interface funciona. O que eu mais gosto é que você não precisa sair do conteúdo que está assistindo para navegar. Tudo funciona a partir de uma barra branca translúcida na parte de baixo da tela.
No canto esquerdo você tem quatro atalhos, Configurações, Entrada, Busca e Apps. Logo após esses botões estão as entradas e os aplicativos que você mais usa. Quando você seleciona um desses atalhos, sejam de recursos da própria TV, como os quatro primeiros, ou de conteúdo, um menu também horizontal abre em cima desse principal, com as opções do que você pode fazer dentro daquilo que selecionou. Se você estiver com o botão Entrada selecionado, por exemplo, ele vai te mostrar todas as opções de equipamentos conectados, mas se você tiver selecionando a Netflix, verá os seus conteúdos mais acessados e aí que está um dos pontos a favor do Tizen.
Hoje, na minha atual TV, toda a vez que eu quero ver Netflix eu preciso entrar 1) na parte Smart da TV, 2) no aplicativo da Netflix; 3) ir atrás do seriado que eu estava vendo. No Tizen, a Netflix não apenas está ali acessível como um atalho na sua tela inicial, como ela mostra ali mesmo os conteúdos acessados recentemente. Ou seja, aquele seriado que você está vendo sem parar – no meu caso, The Good Wife – está a um clique de você, e não mais a três.
E isso funciona para quase todos os apps. O Spotify, que eu não usei na TV, também mostra uma lista de conteúdos, no caso de playlists sugeridas já que eu não interagi com o serviço, enquanto o Google Play Movies & TV mostra os mais recentes lançamentos no serviço. Ou seja, está tudo a um clique. Afora os quatro atalhos iniciais, que são de recursos básicos, todos os outros podem ser removidos ou movidos para outro lugar da barra, sem problemas.
Outro recurso muito legal do Tizen e que funciona muito bem é o de comandos de voz. Além do atalho de busca na tela inicial, há um botão no controle remoto único que dá acesso direto ao recurso. Além de buscar conteúdo por voz há uma lista de comandos de voz que facilitam ainda mais o uso do sistema.
E estou falando isso não apenas porque é legal falar com a TV e pedir para que ela faça isso ou aquilo, mas porque é simplesmente essencial ter outra forma de busca que não seja sofrer digitando letra por letra o nome daquele filme que você gostaria de assistir na Netflix, sabe? Eu simplesmente não compraria uma TV sem comando de voz e sem um controle com esse atalho e microfone embutido.
Há também um navegador nativo no sistema que muito embora eu tenha usado pouco se mostrou bastante eficiente. As configurações padrões também estão lá: Imagem, Som, Transmissão, Geral e Suporte, mas é tão mais legal customizar sua tela inicial do Tizen que eu apostaria que você só vai lembrar dessas outras configurações em um segundo momento.
O único ponto negativo da plataforma, mas que não pode ser apontado como uma culpa única e exclusiva do sistema operacional, são as informações da TV aberta e da TV a cabo. Quem acompanha esse mercado sabe que ao contrário dos serviços de streaming, que possuem uma base de dados completa e que por isso oferecem uma experiência mais customizada para seus clientes com ajuda de algoritmos, a TV aberta e a TV à cabo ainda possuem dados e metadados incompletos e por isso a grade de programação de um canal pode ser frustrante em termos de informações dentro do Tizen e de qualquer sistema operacional. Espera-se que assim como as plataformas de Smart TVs, nossas provedoras de TV também evoluam para que a tela grande não perca sua importância em nossas vidas.
Conclusão
Em tempos de telas múltiplas, é mais do que essencial que a TV corra atrás do prejuízo e entregue tanta tecnologia quanto outros equipamentos eletrônicos. O Tizen, assim como outras plataformas para Smart TVs, evoluiu bastante e hoje está à altura das televisões que habita. A inspiração nos smartphones e nos concorrentes é clara, o que não necessariamente é ruim. Falta the next big thing para esses sistemas operacionais, mas o Tizen está no caminho.
A matéria foi bem escrita sim e os que criticam realmente é pura inveja e desconhecimento. Eu prefiro a Sony e tenho uma Bravia full HD de 47" de 2017, mas o navegador dela, da Samsung, da LG, todos são horrivelmente iguais. Navegador de TV não presta para navegar e se você quer navegar na internet, use um minipc conectado a tv por HDMI e esqueça todo e qualquer elogio que fazem sobre navegadores de TV.
Ao comprar uma nova TV vou manter a Sony, desta vez com Android, que supera LG, Samsung ou qualquer outra, no quesito navegabilidade.
Como alternativa eu não compraria Samsung, nem mesmo pelo bom Tizen, mas sim uma LG com webos atual, a partir do 4.0, porque eu tenho um aplicativo de streaming para LG.
Comentando especificamente sobre o Tizen, se for comparar ele com webos, acho ele inferior, mas ele é sim um bom avanço ao péssimo, horroroso, lixo, sistema operacional anterior usado pela Samsung, o tal do Orsay.
Tenho uma Samsung 4K também e gosto muito do sistema, a outra TV Samsung antiga por não possuir YouTube mais eu tive que comprar um Chromecast
Qual modelo 55 com tizen que não seja tela curva... Aqui em casa eu instalo no painel, aí nao fica legal
Atualmente possuo uma smart da Samsung, mas o sistema dela é simples e chega até a ser lento as vezes. Se estiver no YouTube é quase impossível usar o Netflix em seguida pois fica extremamente lento, parece que mesmo após sair do aplicativo, a memória RAM continua alocada. Aí tenho que desligar a TV e ligar novamente para usar o Netflix.... 😡
*Uma dúvida, essa TV roda o popcorn time?
Andam ("Tizen"do) que a Samsung é top no quesito resolução 4K! 😆😆
Kkkkkkkkkkkk também me TIZEram isso 😂
Essas piadas foram dignas do AC! rs...
Não gosto de TV, se a Samsung me oferecesse uma de 60 polegadas não ia aceitar. 😎
Não curte uma tela? 😱
Como assim??
Quê? Kkkkkkkk, até entendo que hoje todo mundo é dependente de smartphone, mas não gostar de TV é meio estranho kkkk
Só para a LG fazer os negócios direito. Não comprem TV SMART da LG. Quase nada de apps na loja. TV muito lenta, inclusive para navegar na internet com o navegador. Muito lag, impossível navegar. Enfim, o barato quase sempre acaba saindo caro. Tenho certeza que uma Samsung seria bem melhor, mas na época estava uns 400 reais mais caro. Melhor verificar bem antes de comprar caso use muito smart. Mas já tem uns 2 anos aqui a "fake" 4k WRGB por R$:1800. E sim, já resetei. É fraca MSM. E uma única USB. Mas essa eu já sabia.
Tv dos LG é danada pra aparecer listras na tela, minha deu esse problema e quase todas de quem eu conheço também....
Haters, Stella... Haters...
Quem critica deve ter Apple TV e vem bostar aqui
Eu tenho SmarTV da Samsung mas nem sei o SO dele, meu modelo é UN48JU6500GXZD, deve ser da linha anterior a essa pq o controle tem zilhoes de botoes a mais que esse.
Independente disso to satisfeito com ele, e graças a ele sou mais um viciado em Netflix rsrsrsrs
Tenho uma Smart TV da Samsung aqui mas é um a versão anterior e consequentemente mais simples porém o Tizen tá lá rodando de boa. Acho o visual do sistema muito legal e a parte "smart" que eu preciso funciona muito bem então sem reclamações.
Não comprei LG pois já tive problemas com TVs da marca e principalmente com a garantia que não resolveu o problema então prefiro passar bem longe da marca mas não vou contestar a qualidade do sistema adotado nas Smart TVs deles.
tv ? nunca nen vi ...
tenho uma smartv samsung com esse sistema, nao sei bem a versão, mas roda lisinho. muito de vez em quando da uma travada, mas muitíssimo raro acontecer, sei la, deve ter acontecido umas 3 vezes desde qd a comprei (6 meses atrás). a única coisa que as vezes me intriga é o espelhamento do celular com a smartv. eu uso um moto g 2013 p espelhar, com custom rom (é o único lá de casa que conseguimos espelhar) e roda bem liso até, mas as vezes ele perde a conexão ou da umas travadas. eu costumo espelhar o premier play baixado no celular p poder assistir jogos na tv e durante os 90 minutos ele costuma sempre perde a conexão uma vez. será isso problema com a tv ou com o celular? qd ele perde conexão eu tenho que desligar a tv e ligar novamente p poder conectar
Esse tizen tem um potencial incrível. Mas mesmo assim não teria coragem de trocar o Android por ele. E nas smartTvs não fiquei surpreso ao ler a matéria em ver que ele é mais objetivo e intuitivo que a concorrência. Torço muito pra que cresça, afinal coisas boas merecem crescer e conquistar cada vez mais público.
Tenho a mesma opinião, o tizen pode se tornar um grande rival de S.O. Espero que saibam fazer o sistema crescer sem perder qualidade.
Pra smartphone fico com o Android mesmo, mas para TVs e outros gadgets é bem legal ter um sistema fluído e bem funcional....