Google Fotos: o que você precisa saber sobre o que muda no serviço

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Mudança anunciada no final de 2020, o Google Fotos encerra hoje (31) a opção de armazenamento ilimitado para fotos e vídeos para a grande maioria das pessoas. Entenda como a nova regra do serviço pode impactar os usuários afetados, e algumas das alternativas para o serviço de gerenciamento de fotos.

Qual o impacto da mudança

A alteração nas regras de armazenamento de fotos e vídeos do Google foi divulgada em novembro de 2020. Marcada para o dia 1º de junho, a alteração passa a contar todas as fotos e vídeos enviados para o Google Fotos na quota de dados disponíveis na conta do usuário, independentemente da qualidade selecionada.

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Serviço foi anunciado durante o Google I/O de 2015 / © Google

Durante os seis primeiros anos do serviço, vídeos e fotos enviados do PC ou do celular com a opção de "Alta qualidade" não consumiam o espaço de armazenamento da conta. Porém, eram armazenamentos sem a qualidade de imagem original e com um limite de resolução:

  • Fotos: 16 megapixels (aproximadamente 4618 x 3464, na proporção 4:3);
  • Vídeos: 2 megapixels (FullHD, ou 1920 x 1080 pixels, em proporção 16:9).

Outra opção era a de manter a qualidade original das mídias, mas ao optar por não deixar o Google compactar as fotos e vídeos, os arquivos enviados contavam para o espaço de armazenamento da conta — por padrão de 15 GB atualmente.

A partir da data da mudança, mesmo as mídias salvas com a opção de "Alta qualidade" passarão a consumir a quota de espaço livre, que é compartilhada com o Google Drive e o Gmail.

A escolha do modo de gravação usado no Google Fotos pode ser feita nas configurações, tanto no aplicativo para celular quanto na versão web do serviço, no caso do navegador acessando o endereço photos.google.com/settings.

O que muda para os donos de celulares Pixel

O impacto das mudanças para quem possui um smartphone Pixel do Google é diferente, dependendo do modelo do celular:

  • Pixel (2016): mantém o armazenamento ilimitado para mídias na qualidade original;
  • Pixel 2: armazenamento ilimitado para fotos e vídeos em Alta qualidade;
    • armazenamento ilimitado para mídias na qualidade original que foram enviadas até o dia 16 de janeiro de 2021;
  • Pixel 3: armazenamento ilimitado na qualidade original até o dia 21 de janeiro de 2022;
    • a partir da data, armazenamento ilimitado apenas para a opção de Alta qualidade;
  • Pixel 3a a 5: armazenamento ilimitado apenas para a opção de Alta qualidade.
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Primeira geração do Pixel mantém armazenamento ilimitado para fotos e vídeos em qualidade original / © NextPit

Pela linguagem usada pelo Google, as regras acima se aplicam apenas aos envios feitos a partir dos modelos citados. Ou seja, mesmo com um Pixel 3 associado ao perfil, as imagens enviadas a partir do PC ou outros celulares contam para o limite de armazenamento.

Quais as opções para expandir o armazenamento do Google Fotos

No passado, o Google ofereceu espaço adicional para arquivos como recompensa para tarefas simples, como a checagem de segurança do perfil, por isso muitas pessoas possuem um armazenamento total acima dos 15 GB padrão. Já as contas profissionais geralmente oferecem a partir de 30 GB de espaço, dependendo da assinatura contratada pela empresa

Antes de assinar um dos planos de armazenamento extra, é possível fazer uma limpeza dos arquivos nos diferentes serviços que contam para a cota de dados:

  • No próprio Google Fotos você pode verificar fotos e vídeos que estão consumindo o espaço disponível, separados em diferentes categorias (grandes, desfocadas, salvos por apps e capturas de tela);
    • A listagem estará vazia para quem só tem imagens que não contam para o limite de armazenamento.
  • No gerenciador de armazenamento do Google One, você tem um panorama de arquivos e e-mails na lixeira ou marcados como spam, além de uma listagem de arquivos que ocupam muito espaço, com opção para apagá-los.

Os planos para aumentar o espaço se aplicam de forma conjunta ao Google Fotos, Drive e Gmail, e são incluídos na assinatura Google One, com três opções de espaço disponível para usuários domésticos:

  • 100 GB: R$ 6,99/mês ou R$ 69,99/ano;
  • 200 GB: R$ 9,99/mês ou R$ 99,99/ano;
  • 2 TB: R$ 34,99/mês ou R$ 349,99/ano;
  • 10 TB: R$ 349,99/mês;
  • 20 TB: R$ 699,99/mês;
  • 30 TB: R$ 1.049,99/mês.

O espaço pode ser compartilhado com até 5 pessoas da mesma família, que recebem ainda suporte ao vivo e outros benefícios que variam conforme a região.

Quais as principais alternativas ao Google Fotos

Quem assina os planos Microsoft 365 ou Amazon Prime têm à sua disposição os serviços de armazenamento online OneDrive e Amazon Photos. O primeiro tem espaço a partir de 1 TB para assinaturas pessoais, enquanto a gigante do e-commerce oferece espaço ilimitado para fotos (em qualidade original), e 5 GB para armazenamento de vídeos.

Os serviços não oferecem os mesmos recursos em termos de organização e compartilhamento de álbuns ou identificação facial — o que pode ser tanto positivo quanto negativo, dependendo de quem você pergunta. O mesmo acontece com serviços de armazenamento online, caso do Dropbox, iDrive, Box e outros serviços do tipo.

Um serviço que parece fazer sucesso entre nossos colegas franceses é o sueco Degoo, que oferece 100 GB de espaço para fotos, apps para Android, iOS e Web, e algumas opções para expandir o armazenamento disponível.

Uma solução mais trabalhosa é voltar aos tempos de armazenamento local — mas nesse caso é bom lembrar da recomendação de ter uma cópia local e uma remota por questões de segurança — alguns dispositivos de armazenamento em rede (NAS) até oferecem ferramentas de geração de álbuns por reconhecimento facial, mas ataques de ransomware nos últimos anos às ferramentas de acesso remoto de fabricantes como Qnap e Synology não inspiram tanta confiança nos serviços online dos aparelhos.

Independentemente da solução adotada, os diferentes serviços online oferecem opções para todos os bolsos, com diferentes graus de praticidade e recursos. Mas ao menos o Google oferece a opção para baixar os arquivos e até mesmo migrá-los para outros sistemas de armazenamento de fotos.

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Rubens Eishima

Rubens Eishima
Redator

Jornalista com 15 anos de experiência no segmento de tecnologia, com passagens por portais como UOL e Softonic.

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