Três comportamentos irritantes das empresas de tecnologia no Brasil
Houve um tempo em que as empresas de tecnologia lançavam aparelhos nos EUA e na Europa que sequer chegavam por aqui. Esse panorama mudou, mas algumas atitudes das empresas ainda irritam os brasileiros.
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Aparelhos “capados”
A LG fez um excelente trabalho com o LG G5, com estrutura parcialmente modular, processador Snapdragon 820, 4 GB de memória RAM e os acessórios LG Friends. Diante de um aparelho tão bom logo ficamos animados com a sua chegada ao Brasil. Porém, a empresa optou por lançar uma versão mais simples de seu dispositivo top de linha por aqui, com CPU mais modesta e 3 GB de memória RAM, chamada LG G5 SE.
O problema é que a empresa não conseguiu justificar o motivo de privar os usuários brasileiros da versão completa do modelo. Até tentou alegar que os usuários latinos americanos seriam bem atendidos com o LG G5 SE, o que não colou. Provavelmente a LG quis diminuir os custos de produção para não encarecer seu novo smartphone ou mesmo não ter que diminuir as margens de lucro diante da alta da dólar.
Outro ponto irritante é o atraso no lançamento: pegue como exemplo o Galaxy S7 e S7 Edge, que foram apresentados na mesma época do LG G5 e já estão à venda no mercado nacional desde o começo de abril.
Demora na implementação de serviços
Falando no Galaxy S7 e S7 Edge, ambos os aparelhos foram lançados em 2016, sucedendo os Galaxy S6 e S6 Edge. Todos os quatro são compatíveis com o Samsung Pay, o sistema de pagamento móvel da empresa, virtualmente aceito em todas as atuais máquinas de cartões de crédito do país. Porém, até hoje o serviço ainda não está disponível no Brasil e sem data certa de lançamento.
No caso do Galaxy S7, a questão ainda é pior, pois o aparelho já vem com o app do Samsung Pay instalado e, ao tentar utilizá-lo, o usuário tem como retorno uma mensagem dizendo que não foi possível acessar o servidor. Um verdadeiro descaso já que se paga um valor considerável em um smartphone e sequer é possível usar um de seus serviços mais interessantes.
Esse demora também pode ser sentida também com o Android Pay. Porém, ao menos o Google não distribui o app por aqui sem que o serviço esteja funcionando.
Lançar tops de linha em período inferior a um ano
Smartphones top de linha não são nada baratos, principalmente aqui no Brasil. E tais dispositivos aguentam perfeitamente dois anos de uso sem que tenha o seu desempenho comprometido pelo aumento das exigências de processamento e de memória, próprios da evolução tecnológica. Porém, o mercado e a busca das empresas por lucros acabaram firmando um calendário anual para a renovação de seus principais aparelhos.
O pior é que algumas empresas, representadas principalmente pela Sony, insistem em um calendário semestral de lançamentos. Honestamente, não consigo me lembrar os meses de lançamentos dos dispositivos da linha Xperia Z.
Quem paga mais de R$4.000,00 em um smartphone em seu lançamento não busca somente um aparelho novo, mas também a sensação de ter o melhor dispositivo daquela empresa durante um ano inteiro. Isso sem contar a desvalorização acelerada desses dispositivos, tornando praticamente inviável que aquele usuário, fã da marca, possa acompanhar os lançamentos da empresa.
A mim incomoda poucas opções em acessórios e atraso nas atualizações.
Não atualiza os smartphones
E as demoras nas atualizações de software (isso quando tem)
Eu aceitaria (quase) tudo se tivesse atualização sincronizada com outras partes do mundo.
Mas é aquele ditado né, éééééee Brasil
Concordo com os 3. Principalmente o 3, não precisamos de um Galaxy S8 pro final do ano. Por issi que temos aparelhos mal planejados, sem nada de novo, apenas temos aparelhos melhorados em quase nada, coisas que não precisamos ao invés de lançarem cada vez um top com verdadeiras inovações. Tipo o salto da LG do G4 para o G5. (Embora LG pra mim morreu, foi muito descaso).
Detalhe: Os Galaxy S6 e S6 Edge brasileiros NÃO VÃO estar habilitados para o uso do Samsung Pay. Caso tenham dúvidas, procurem notícias... E no Galaxy S5, existe um aplicativo chamado Samsung Wallet, que não serve para nada e lemos uma mensagem que afirma que a Samsung vai lançar um produto mais completo no futuro. E estamos aí com o Samsung Pay e o Galaxy S5 não pode usar. O Galaxy S5 recebeu a atualização 6.0.1 Marshmallow à menos de uma semana e a Samsung afirmou estar trabalhando MUITO nessa atualização para manter o telefone estável e melhor com a atualização. O que eu presenciei foi uma queda ABSURDA no desempenho do meu Galaxy S5. Basicamente o que a Samsung fez: Olha, vamos ferrar seu celular só um pouquinho pra você passar raiva e querer trocar para nosso perfeitíssimo Galaxy S7! Olha que curvas sexys... Você PRECISA de um Galaxy S7. Vamos lá... REPENSE O QUE UM SMARTPHONE PODE FAZER! GALAXY S7 EDGE... MIMIMI. Quero repensar o que o Galaxy S7 Edge NÃO poderá fazer com o anúncio do Galaxy S9...
Sobre Google: Android Pay acabou de chegar ao Reino Unido. Que aliás, foi a primeira região a receber o Android Pay fora dos EUA. Sério mesmo? Android Pay é o que tem maior compatibilidade entre os meios de pagamento móveis disponíveis, está sendo bancado pela companhia mais valiosa do mundo: Alphabet.inc e até agora só Reino Unido? Nessas horas eu penso que vale mais a pena investir em uma empresa brasileira, pelo menos a grana fica aqui dentro do país: Pra quem quer fazer pagamentos NFC no Brasil, conheçam a ATAR. Uma empresa Brasileira que tá dando um COURO em todas essas empresas estrangeiras cheias de mimimi. Vale a pena.
Faltou o 4, trazer aparelhos decentes para o país em que opera. (Sim Xiaomi, é de você que eu estou falando).
Parabéns, bem lembrado
KKKKKK Realmente
Lançar aparelhos capados pra mim é o ápice da falta de respeito. O que nos difere de outros mercado?
Não me venha com a desculpa de que isso ocorre para tentar baratear o produto final, pois o aparelho é top, só compra quem pode.
O que vou comentar não tem a ver com SmartPhone, mas tem a ver, sim, com "Produtos Capados". Eu comprei a fabulosa e caríssima TV de Plasma da Panasonic 65VT50b (em 12/2012) que descobri derivar do modelo Europeu. A deles tem até o recurso POP (Picture On Picture), ou seja, pode-se ver um filme no DVD e ter uma tela pequena do canal de TV, ou vice-versa. No modelo brasileiro a Panna travou esse recurso à toa, além de outros recursos de gerenciamento da imagem que existem mas não estão habilitados, pelo simples prazer de nos fazer lembrar que moramos num País de merda de Terceiro Mundo chamado Brasil da Propinagem Geral. Como eu sei? Simples: um dia devo ter apertado uma combinação de teclas no controle remoto e o POP apareceu no display, mas depois não descobri como repetir a proeza de novo.
Se conseguiu ativar, ela só escondeu...
Não Arthur, a maldita Panasonic Brasil desativou vários recursos importantes mesmo de propósito. Quando o TV tem um recurso dessa natureza tal informação vem muito bem detalhada no manual do usuário, coisa que não existe no manual dessa minha super Plasma (eu digo "super" devido à reconhecida qualidade de sua imagem, não do brilho que é inferior ao de uma LCD/Leds). Essas empresas estrangeiras, mormente as malditas Asiáticas, nos tratam com a maior falta de respeito aos direitos do consumidor. Preste atenção, por favor.
O que mais me irrita é lançar aparelhos aqui no país com especificações inferiores aos lançados em outros países. Tudo bem que entra o quesito custo, mas, não é desculpa pra ter as especificações mudadas sendo que do mesmo jeito o aparelho vai chegar caro por aqui.
Lenovo lançando 50 celulares por dia 😒😒😒😒
Samsung e sua lerdeza na hora de atualizar
Quando atualiza, né.
Discordo totalmente do último item. O título da matéria deixa claro: "comportamentos irritantes das empresas no Brasil".
A Sony lançar uma nova linha de flagships em menos de um ano é algo global, não exclusivo do Brasil.
Um dos itens que cairia bem melhor, é a demora para atualizações no sistema, principalmente quando o aparelho é vinculado a uma operadora Brasileira.
É irritante gastar 4k+ num smartphone e depois de 6 meses lançarem o mesmo com um nome novo e nada de mudanças significativas.
É "irritante", de fato.
Mas não é algo exclusivo do Brasil, como indicado no título.
A Sony (infelizmente) trabalha dessa forma globalmente.