Android puro é a solução para atualizações mais rápidas?
Cada vez que se fala em atualização de Android e na demora das empresas em entregar a que você deseja, sempre tem alguém para falar do chamado "Android puro". Aposto que já apareceram alguns por aí. Muita gente gosta de falar que o Android puro é a solução para a rapidez nessas entregas, mas será mesmo?
Eu gosto do Android mais próximo do puro. Para mim, a interface da Motorola é uma das mais fáceis e intuitivas. Ela é mais vazia, eu coloco o que eu quiser nela. Mas muita gente odeia isso, e considera um sistema incompleto, sem recursos. Já temos aí o primeiro problema, o de que nunca ninguém está satisfeito.
Em segundo lugar, existe a diferenciação de mercado. Atualmente, temos na briga apenas o iOS e o Android, que ocupa a memória de toda fabricante que não seja Apple. Agora, imagine se todas essas fabricantes resolvessem usar o chamado Android puro? Sem recursos extras, sem diferenciais, sem funções que personalizam a marca.
Suas escolhas ficariam mais em design, mas até coisas como qualidade de foto e som sairiam prejudicadas, já que itens assim também dependem de software, não apenas hardware, peças físicas. Ficaria tudo tão igual que logo algumas marcas cairiam e ficaríamos com umas quatro ou cinco no mercado. Chato e muito perigoso para a inovação.
Android puro não é Android puro
Mas é importante esclarecer. O que você chama de Android puro não é o Android puro mesmo, aquele raiz. Esse está mais para um Nutella. Explico. O Android é um sistema gratuito e Open Source, ou seja, tem seu código aberto. Mas essa abertura é bem mais ou menos.
As fabricantes têm acesso a esse Android, que é chamado de AOSP, Android Open Source Project. É uma versão simples do Android, sem muitos recursos. Muitas coisas ainda precisam ser colocadas para que o sistema fique legal de verdade.
Mas e o Android One? E o sistema dos Pixels? São tão legais e cheios de recursos! Eles são, mas eles não são o Android AOSP, e sim versões do Android desenvolvido pela Google especialmente para os Pixels e para os aparelhos com Android One, um AOSP melhorado. Então nem esses, no fundo, são Android puro, quem diria.
E como funciona: a fabricante baixa esse Android AOSP, e até mesmo uma Motorola, que tem um sistema bem parecido com o puro, mexe bastante no Android para chegar ao que você recebe. Ela coloca funções especiais, configurações extras de tela, aplicativos próprios (como o de câmera e o Moto App, com aquelas coisas extras de girar para abrir a câmera) e muito mais, principalmente drivers que não enxergamos e que servem para que o Android funcione com o hardware em especial.
Lógico, ajuda ser próximo do Android AOSP, ele fica bem mais leve, sem camadas de temas e excesso de funções, e é mais rápido para a fabricante desenvolver a atualização para os seus produtos, ou até mesmo para que a Google traga a nova versão, como é o caso do Android One. Mas não é a única solução.
Algumas fabricantes, como a Samsung, personalizam tanto o Android que em versões mais antigas ele quase não parecia o Android. Hoje, isso já melhorou, mas ainda há tanta personalização que elas até ganham nomes, como Grace UI, ZenUI, Samsung Experience, essas coisas. E isso não é ruim, depende do que você procura.
Mas o Android AOSP não vêm, por exemplo, com os apps da Google, sabia? Então por que as fabricantes colocam? Porque todas querem ter acesso à Play Store, a loja de apps. E para isso elas são obrigadas a embarcarem um pacote básico de apps oficiais da Google em seus aparelhos.
A partir do momento em que a fabricante pega e mexe no Android, por menor que seja essa modificação, ele não se chama mais Android AOSP, e sim Android OEM, que significa Original Equipment Manufacturer ou Fabricante de equipamentos originais.
E muitas funções implementadas pelas fabricantes são muito boas! A S Pen, a stylus do Galaxy Note; a virada de mão para abrir rapidamente a câmera da Motorola; os dois toques na tela para ligar ou desligar o display na LG, Sony e outras. Tudo feito pelas fabricantes.
E é com esses recursos das fabricantes que o próprio Android vai melhorando. Quando uma função faz sucesso em uma versão de Android da fabricante, ela é implementada ao Android original tempos depois. Vide as ações e autenticações com sensor biométrico, ou ainda a divisão da tela para usar dois apps ao mesmo tempo.
A Google fornece uma base sólida para que as fabricantes possam gastar seu tempo desenvolvendo recursos inovadores, e depois pega para ela esses recursos. Ao mesmo tempo, as fabricantes têm por trás dos seus sistemas uma equipe consagrada de uma das maiores empresas de tecnologia do mundo. Se é uma troca equilibrada, eu não sei. Depende de cada empresa. Mas, por enquanto, parece estar funcionando.
Resumindo, eu acho o Android mais próximo do puro muito bom, aprecio menos recursos de fábrica para que eu coloque o que eu quiser. Mas também gosto muito do visual das novas interfaces das fabricantes, e apoio totalmente essa inovação que expliquei agora.
É muito legal termos aparelhos com sistemas mais próximos do puro, como os Android One e os próprios Pixel. Mas acho essencial termos também os mais modificados, como os da Xiaomi, Asus, Samsung, LG e outras, para que o usuário tenha mais opções de escolha e para que a concorrência traga melhorias mais rápidas no uso desses aparelhos.
O que você acha? Queremos ler suas opiniões!
A solução não é o Android Puro, o negocio a google controlar apenas o cerne do kermel e fornecer atualizações do sistema e de segurança por pelo menos 4 anos, porém deve deixar as modificações por conta das fabricantes.
Acredito que não seria necessário que as fabricantes deixassem de lado a customização de "nossos dispositivos", (porque na verdade o dispositivo é nosso, quem paga pelos custos pelo modelo e especificações somos nós) e por esse motivo creio que deveriam nos dar uma opção e não nos obrigar, em grande parte dos casos, a fazer propaganda deles mesmos e a nós conformar com inumeros apps inúteis que na maioria das vezes não podem ser desinstalados ou desativados, se tudo que eles adicionam no Android é tão bom como dizem, não deveriam tentar nos obrigar a usá-los e sim nos provar o quão eficientes e necessários eles são, e nos dar a liberdade de decidir oque é que queremos em nossos aparelhos ou não, por esses e outros motivos mais é que, tão esperada quanto a atualização do android e a chace de poder fazer root nele, eu geralmente uso pra poder desinstalar os tão preciosos apps inuteis e depois removo o root pra poder atualizar de novo (se der sorte de lançarem mais de uma atualização pro seu smartphone) oque em alguns casos da sorte de acontecer...
Nunca me acostumei com a interface da motorola esse "android puro" falta muita coisa, acostumei com os recursos a mais que a samsung experience oferece mas cada caso é um caso.
Aguardando ansiosamente meu Mi A1...
Já para os aparelhos de interfaces customizadas, tenho esperança que o "Project Treble" e seus aperfeiçoamentos que virão, possam agilizar/facilitar a liberação de atualizações para os aparelhos.
E tudo por quê?
Porque não são as fabricantes que vão continuar mexendo nisso.
Quem vai mexer no Projeto Treble? A Google, em parceria com empresas de componentes como a Qualcomm.
Quem vai mexer com a iniciativa de mandar patch pra todos os aparelhos a partir do Android P? A Google! As fabricantes só terão que exibir a notificação.
Na prática, é a Google adotando a mesma metodologia que a Microsoft utiliza há anos no Windows PC, e que tentou implementar no Windows Mobile, sem sucesso.
Quem usa um Android customizado, dificilmente vai querer usar o chamado puro, pois o mesmo é pobre em recursos. O único problema como se sabe é a longa espera para atualizar a versão. Diz a lenda que irá melhorar a partir do Android 9, mas sabemos que depende das fabricantes, como o Google deixa a revelia, esse cenário segue como está, afinal, é de interesse das fabricantes, que você troque de aparelho anualmente.
Antigamente, há muitos anos atrás até exigia que a empresa atualizasse logo o Android, mas nas últimas versões, são mais polimentos e correções de bugs, nada de tão inovador assim.
Como já comentei diversas vezes, o mundo não vai acabar porque o seu aparelho está com Android defasado. Muitas pessoas estão no 4.4 até hoje e baixando praticamente todos os aplicativos, 5.1.1, atualmente com um J1 Mini, até eu comprar outro, também funcionando bem, outros com Android 6, 7 e alguns com 8. É chata essa fragmentação, mas fazer o que? Vou ficar trocando de aparelho ou de carro todo ano por causa de um mero detalhe? Cabe a cada um refletir mais, ficar calmo, sereno, pois já fiquei 4 anos com o famoso Galaxy Y Duos e me atendeu razoavelmente bem nesse período, aposentado em 2017.
Ainda sou a favor de separação. Entregue on sistema na forma mais básica possível e deixe o usuário escolher o que ele quer instalar.
Complicado isso quando estamos falando de usuários leigos, que são os que mais tem por aí.
Uso Google pixel mais não tão radical a ponto de ser contra as modificações. São necessárias e estimulam a inovação, só acho que as empresas deveriam dá uma atenção maior a todo seu portfólio de aparelhos, e não apenas aos topos de linha.
Artigo perfeito!! Eu particularmente só uso Smartfones com alterações feitas pelo Google, mas entendo e acho extremamente necessário que haja opções para todos os gostos. Isso que tem tornado o Android tão acessível e presente em tantos aparelhos conectados ao redor do globo.
todos (ou quase todos) os fabricantes fazem aparelhos com a aparência 1.000x mais bonitos que qualquer Motorola, porem entre boa aparência externa e Android próximo do puro, escolho o mais próximo do puro sem remorso, não sinto saudade nenhuma das interfaces pesadonas* dos meus antigos Samsung's
(*) "aihmm faiz roont... o roont mandô abraçu rçrçrçrç"
não, não quero fazer root, quero comprar o aparelho, ligar e usar, ponto
Android puro é a solução para atualizações mais rápidas?
Não. O que pode tornar as atualizações mais rápidas é a boa vontade das fabricantes.
Mas quando há interesses e políticas internas no meio, pode esquecer!
Isso é verdade.
Confesso que ando bem cansando do "Android Puro" depois de anos com a Motorola. Seja como for quase tudo se pode instalar, mas existem funções como o "knock code" para acordar a tela (LG) e a função "desligar/ligar" (Lenovo) automaticamente em horários específicos (programo pra desligar 23:00 e ligar 7:00) que são vitais pra mim (mas, dependem um pouco do hardware). Mas, isso poderia ser solucionado com um hardware que permitisse um aplicativo gerenciar adequadamente essas funções. Fora isso, o resto a gente pega na Play Store. Inclusive launchers.
Ou seja, o Android Puro precisa contar com determinadas funções nativas (as mais importantes para os usuários), e deixar que a Play Store faça o resto. O problema é que existem limites para a customização. Só isso. Se esses limites caírem, não há motivo para continuarmos debatendo isso.
Mas isso não é nada que um bom acesso root não possa resolver.
Solução é, com certeza, porém eu prefiro um Samsung Experience(No caso da Linha S e Note) ou uma MIUI uma versão atrás, que tem bastante funções agregadas que um "Android Puro" capado, apenas por ser um número atualizado.
o que isto importa para além de ínfimo séquito de usuários? A grande maioria quer aparelhos com telas e câmeras ,uma rede social fluida , quase sempre optam por Samsung, e dificilmente sabem algo além do básico , o nome do dispositivo eo sistema , esta é realidade da grande maioria dos que compram celulares. Parabéns pelo artigo.
A muito tempo já não é, e vindo das OEMs obvio que não.
E a Quantum, a Multilaser e a DL estão aí pra provar que Android próximo do puro não significa mais patches e atualização do Android, muito menos em menor espaço de tempo possível.