2019 pode ser a última chance para essas fabricantes de smartphones
Esse ano será fundamental para muitas fabricantes de smartphones. Os dias de glória de muitas empresas estão por trás deles e elas não vêm tomando as melhores decisões ultimamente. Então, o que será da LG, HTC, Sony ou Motorola? O que o futuro guarda para elas?
As participações das empresas no mercado de smartphones mudaram consideravelmente nos últimos anos. Claro, a Samsung e a Apple ainda estão entre as três maiores do mundo, junto com a Huawei, mas estão seriamente ameaçadas por "novatas" como Xiaomi, OPPO e OnePlus – para citar algumas. 2019 promete ser um ano chave para o setor, com o surgimento do smartphone dobrável e 5G. Essas empresas serão capazes de se manter à tona?
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HTC
A HTC não teve um ótimo ano em 2018. Seus números de vendas em novembro foram devastadores, com um declínio de receita anual de mais de 70%. Isso significa que a empresa ganhará menos de um bilhão de dólares pela primeira vez em mais de uma década. Isso aconteceu em conjunto com uma enorme redução no número de funcionários da empresa, que afetou 25% de sua força de trabalho.
Devemos lembrar também que em 2017, depois de vários trimestres com resultados negativos, a HTC vendeu parte de sua divisão de smartphones para o Google, incluindo 2 mil funcionários, muitos dos quais trabalharam no desenvolvimento do Pixel e do Pixel 2. Foi uma decisão ruim?
O mais recente smartphone topo de gama da HTC foi o U12 +, que foi lançado em maio de 2018. O U12 + foi um dispositivo que não impressionou o público em geral. Apesar dos rumores de que a HTC deixará de fabricar smartphones, a marca de Taiwan vai continuar tentando. Então, o que a HTC vai focar no próximo ano?
Até o momento, a HTC lançou seu original Exodus 1, o primeiro smartphone com tecnologia blockchain – um dispositivo para armazenar sua criptomoeda. A HTC também confirmou sua parceria com a operadora gringa Sprint para o lançamento de um dispositivo 5G, o que parece um pouco confuso.
De acordo com o presidente da HTC Taiwan, a empresa vai se concentrar em dispositivos de gama média e high-end, pelo menos no primeiro semestre de 2019. Isso inclui o recém-lançado HTC Desire 12s.
Mas se as coisas não melhorarem, a HTC poderá concentrar seus esforços no desenvolvimento de seu setor de realidade virtual, onde os fones de ouvido Vive são seus principais produtos (sendo inclusive seu destaque na CES 2019). Então, o futuro da HTC pode estar em realidade virtual.
Sony
Quando falamos sobre a Sony, todos sabemos que eles têm a reputação de uma empresa respeitável. A marca japonesa tornou-se conhecida no mundo da tecnologia graças aos seus televisores, aparelhos de som e, claro, aos Playstations. Mas as coisas são diferentes quando falamos de smartphones. A família Xperia era bastante popular há algum tempo, mas não tem recebido a mesma atenção já faz tempo.
Os mais recentes modelos high-end da Sony não foram tão bem recebidos. Eles são incapazes de competir com telefones Samsung ou Huawei de preço similar. Além disso, sua estratégia de introduzir um novo carro-chefe a cada seis meses não é das melhores. Na minha opinião, apenas os fãs da marca pagarão todo esse dinheiro pedido pelo último Xperia.
A Sony fabrica excelentes sensores de imagem, incluindo o famoso IMX. De fato, alguns dos smartphones com as melhores câmeras do mercado usam sensores da marca japonesa (Pixel 3, Galaxy S9+, Huawei P20 Pro, iPhone, etc.). Então, por que os aparelhos da Sony não se destacam, especialmente quando se trata da câmera?
Parece que os planos da empresa visam unir seu software e hardware para o setor fotográfico. Eles querem que seus dispositivos se destaquem por suas câmeras, o que é vital nos dias de hoje. Parece que o XZ3 começou a tocar as notas certas.
Quais são os planos da Sony para 2019? Lançar o XZ4, que deverá suportar 5G e provavelmente será apresentado no MWC em Barcelona. A Sony também deverá expandir sua série mid-range com o Xperia XA3 e L3. Além disso, está entrando na corrida para apresentar seu primeiro smartphone dobrável, que foi revelado em uma patente recente.
LG
E a LG, então? A gigante coreana não está indo bem em sua divisão móvel, pelo menos em termos de números de vendas. Desde 2016, eles acumularam perdas trimestre após trimestre. A dinâmica tem sido a mesma em 2018, e os números atuais mostraram uma queda de 70% nos lucros, um pesadelo para investidores.
Apesar disso, o resto da empresa está indo bem. Eles tiveram grande sucesso em sua divisão de televisão. Isso significa que, apesar de suas perdas no setor de smartphones, o resto da empresa pode apoiá-los até certo ponto.
A LG está muito esperançosa de que seu mais recente aparelho de ponta, o V40 ThinQ (o primeiro com 5 câmeras integradas), lançado em outubro, levará a empresa a melhorar seus números de vendas, o que não foi possível com o LG G7.
A LG tem planos ambiciosos para 2019, incluindo a introdução de seu primeiro smartphone dobrável. Samsung e Huawei pareciam estar disputando posição para ser o primeiro a lançar esse tipo de dispositivo, mas quem acabou fazendo isso foi a Royole, com o FlexPai.
Ainda assim, não vimos ainda um bom smartphone com tela dobrável, então pode ser que a LG faça isso. Em algum momento, também veremos o G8 e o V50. Esses dispositivos serão integrados com o 5G? Nós vamos ter que esperar e ver.
Motorola
A Motorola está "confusa" há alguns anos. Foi vendida para a Lenovo, e mais tarde se tornou Moto... e agora é a Motorola novamente, nossa velha amiga.
Embora os números não sejam grandes na maioria dos mercados, em países emergentes como o Brasil (onde é a segunda marca mais vendida), a Motorola é forte graças a seus modelos básicos, a linha Moto G, principalmente. Também é bem sucedida nos EUA, em parte devido à ausência da Huawei e da Xiaomi.
A estratégia da empresa é continuar operando separadamente em dois domínios. Na Europa, nos EUA e na América Latina, seus dispositivos são chamados de Moto. Na China e na Índia, seus dispositivos ainda têm o nome da Lenovo. Isso é semelhante à dinâmica da Huawei/Honor.
Suas ambições são priorizar seus dispositivos mid-range em vez de seus flagships. Sem dúvida, seu maior lançamento em 2019 será o Moto G7, que deve chegar em quatro versões diferentes.
Nokia
Pode ser difícil se recuperar quando as coisas dão errado. Neste setor, há um exemplo claro: a Nokia. Alguns de nossos leitores mais antigos podem se lembrar da época em que todos queriam um telefone Nokia. Em 2009, quando os telefones Android e os iPhones ainda eram coisa nova, a Nokia tinha uma participação de mercado de 39%.
Inacreditavelmente, a empresa não soube como lidar com os novos tempos e desde então despencou. Sua venda à Microsoft e sua insistência em usar seu próprio sistema operacional foram decisões desastrosas.
A empresa foi comprada pela HMD Global (formada por ex-executivos da Nokia) e assumiu um compromisso claro com o Android puro e smartphones a preços acessíveis. Os resultados foram bons. Agora, todo mundo está aguardando o lançamento do Nokia 9 em 2019. Ele terá cinco câmeras traseiras?
O que você acha dos planos dessas empresas? Você ainda confia na HTC, Sony, LG ou Motorola?
A esperança eh o Moto G7
A Lg deveria renovar toda sua linha de celulares com um novo sistema e um novo design criando novos e bonitos celulares intermediários e tops, ja a Sony deveria meelhorar um pouco mais o sistema e apostar em celulares tops e claro trabalhar a câmera deles e mostrar que pelo menos em fotos ela é a melhor
a Motorola poderia ser como na época em que o Google era dona (ter um portfólio mais reduzido, nada de g play, g e plus)... a LG poderia realmente sumir do mercado mobile, seu portfólio de aparelhos é terrível, até os tops de linha sofrem muito com os desacertos da marca.
e tirar aquelas bordas gigantescas.
A Nokia, está no caminho certo para em 2019 reassumir posição vantajosa, particularmente torço MUITO para isso! Além do que, nessa lista é a que menos perigo corre.
A pior situação com certeza é a da HTC. E pensar que eles são praticamente os pioneiros do Android... primeiro smartphone Android, primeiro Nexus...
A HTC foi pioneira em muitas coisas, até recursos que outras marcas copiaram depois, como câmera dupla, megapixels maiores, Dolby Atmos, entre outras coisas, mas parece que eles tem um marketing muito ruim.
A melhor forma como sempre é o boicote, por isso o consumidor precisa controlar o ímpeto consumista, sabendo comprar e na hora certa, essas empresas vão ter que mudar essa política de precificação absurda.
A LG não tem salvação..
A LG vem sendo uma piada faz tempo. Só o fato de abandonar seus telefones sem atualizações de sistema e segurança já são um ponto negativo, sem falar do preço surreal dos seus smartphones. Tive um top de linha da LG, pra nunca mais voltar a ter
LG aqui nunca mais, era grande fã justamente por causa da minha primeira TV LED 42" de 8 anos que funciona até hoje, mas depois de um LG G4 H818P e um K10 desisti, precisei suporte no G4 e tiraram corpo fora mesmo eu mostrando vicio oculto após garantia, tela simplesmente passou descolar do G4
Tive exatamente os mesmos problemas com o LG G4 - do descolar da tela - mas meses depois de ter tido o problema do bootloop, e que já havia sido fora da garantia e coberto mesmo assim. Nem me estressei, me livrei e LG nunca mais..
O ideal seria essas fabricantes se reinventarem no setor mobile e as outras tomarem cuidado (Apple e Samsung) uma vez que seus lucros têm tido quedas consideráveis a cada semestre e os investidores se sentem desanimados e inseguros para investir e trabalhar com ações da empresa, os clientes adquirirem seus produtos e isso é um ciclo vicioso... Desejo sorte a todas, porque concorrência é sempre bom! (E MEU PEDIDO À SONY: ABAIXA O PREÇO DOS XPERIAS PELO AMOR [também valido para outras fabricantes]).
Das listadas no post, a única na qual eu creio que irá sobreviver é a HMD/ Nokia , as restantes principalmente a HTC tenderão a extinguir a sua área mobile , em 2019, 2020......
HTC, uma grande marca e ótimos produtos, Sony, do mesmo jeito, o problema é o altíssimo preço cobrado por seus dispositivos top de linha que afeta diretamente na relação custo benefício. A LG está faltando um plano estratégico que possa oferecer produtos de qualidade a preços acessíveis. Uma prova disto é sua linha G, da G5 para cá é só fiasco.